Gerenciamento de Escopo
Escopo é a soma dos produtos, serviços e resultados a serem fornecidos na forma de projeto.
Escopo do projeto – O trabalho que deve ser realizado para entregar um produto, serviço ou resultado com as funcionalidades e funções especificadas. As vezes, este termo é visto como incluindo o escopo do produto;
Escopo do produto – As características e funções que caracterizam um produto, serviço ou resultado.
Esta etapa do gerenciamento está relacionada principalmente com a definição e controle do que está e do que não está incluso no projeto, pois pretende-se entregar exatamente o que foi solicitado no projeto.
Existem dois termos que devem ser conhecidos que são práticas inaceitáveis e que podem levar ao fracasso do projeto:
Scope Creep (aumento do escopo) – É o aumento descontrolado do produto do projeto sem ajustes de tempo, custos e recursos. Normalmente ocorre quando uma mudança é feita sem controle algum, partindo do cliente diretamente para a equipe do projeto;
Gold Plating (folheado a ouro?) – Refere-se dar ao cliente mais do que o necessário, ou seja, o que foi especificado e aprovado. Normalmente esse tipo de situação parte do gerente de projeto ou da equipe.
Processos do Gerenciamento de Escopo
Planejar o Gerenciamento de Escopo
É o processo de criar um plano de gerenciamento do projeto que documenta como tal escopo será definido, validado e controlado, e que pode ser sumarizado da seguinte maneira:
Entradas
Plano de Gerenciamento do Projeto
Termo de Abertura do Projeto
Fatores ambientais da empresa
Ativos de processos organizacionais
Ferramentas & Técnicas
Opinião especializada
Reuniões
Saídas
Plano de Gerenciamento do Escopo
Plano de Gerenciamento dos Requisitos
Coletar os Requisitos
É o processo de determinar, documentar e gerenciar as necessidades e requisitos das partes interessadas a fim de atender aos objetivos do projeto, e pode ser sumarizado da seguinte maneira:
Entradas
Plano de Gerenciamento do Escopo
Plano de Gerenciamento dos Requisitos
Plano de Gerenciamento das Partes Interessadas
Termo de Abertura do Projeto
Registro das partes interessadas
Ferramentas & Técnicas
Entrevistas
Dinâmicas de grupo
Oficinas facilitadas (workshops)
Técnicas de tomadas de decisão em grupo
Questionários e pesquisas
Observações
Protótipos
Benchmarking (comparação de produtos)
Diagramas de contexto
Análise de documentos
Saídas
Documentação dos requisitos
Matriz de rastreabilidade dos requisitos
Definir o Escopo
Definir o escopo é o processo de desenvolvimento de uma descrição detalhada do projeto e do produto.
O principal benefício deste processo é que ele descreve os limites do projeto, serviços ou resultados ao definir quais dos requisitos coletados serão incluídos e quais serão excluídos do escopo do projeto.
De forma resumida a definição do escopo tem as seguintes variáveis:
Entradas
Plano de Gerenciamento do Escopo
Termo de Abertura do Projeto
Documentação dos requisitos
Ativos de processos organizacionais
Ferramentas & Técnicas
Opinião especializada
Análise de produto
Geração de alternativas
Oficinas facilitadas
Saídas
Especificação do escopo do projeto
Atualizações nos documentos do projeto
Criar a Estrutura Analítica do Projeto (EAP) (ou Estrutura de Decomposição de Tarefa EDT)
Criar a EAP (ou em inglês, WBS – Work Breakdown Structure) é o processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis.
A EAP é uma decomposição hierárquica do escopo total do trabalho a fim de criar as entregas requeridas.
A seguir temos o exemplo de um EAP de um carro
O EAP pode ser resumido da seguinte forma:
Entradas
Plano de Gerenciamento do Escopo
Especificação do escopo do projeto
Documentação dos requisitos
Fatores ambientais da empresa
Ativos de processos organizacionais
Ferramentas & Técnicas
Decomposição
Opinião especializada
Saídas
Linha de base do escopo
Atualizações nos documentos do projeto
Validar o Escopo
Validar o Escopo é o processo de formalização da aceitação das entregas concluídas do projeto.
O principal benefício deste processo é que ele proporciona objetividade ao processo de aceitação e aumenta a probabilidade da aceitação final do produto, serviço ou resultado, através da validação de cada entrega.
A Validação de Escopo pode ser sumarizado da seguinte maneira:
Entradas
Plano de Gerenciamento do Escopo
Documentação dos requisitos
Matriz de Rastreabilidade dos requisitos
Entregas verificadas
Dados de desempenho do trabalho
Ferramentas & Técnicas
Inspeção
Técnicas de tomada de decisão em grupo
Saídas
Entregas aceitas
Solicitações de mudanças
Informações sobre o desempenho do trabalho
Atualizações nos documentos do projeto
Controlar o Escopo
Controlar o Escopo é o processo de monitoramento do progresso do escopo do projeto e do escopo do produto e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo.
De forma sucinta:
Entradas
Plano de Gerenciamento do Escopo
Documentação dos requisitos
Matriz de Rastreabilidade dos requisitos
Dados de desempenho do trabalho
Ativos de processos organizacionais
Ferramentas & Técnicas
Análise de variação
Saídas
Informações sobre o desempenho do trabalho
Solicitações de mudanças
Atualizações no plano de gerenciamento do projeto
Atualizações nos documentos do projeto
Atualizações nos ativos de processos organizacionais
Gerenciamento de Tempo de Projeto
O gerenciamento do tempo inclui os processos necessários para gerenciar o término pontual do projeto, logo o cronograma é uma das principais restrições dos projetos.
Os 7 processos relacionados ao gerenciamento de tempo são:
Planejar o Gerenciamento do Cronograma — O processo de estabelecer as políticas, os procedimentos, e a documentação para o planejamento, desenvolvimento, gerenciamento, execução e controle do cronograma do projeto.
Definir as Atividades — O processo de identificação e documentação das ações específicas a serem realizadas para produzir as entregas do projeto.
Sequenciar as Atividades — O processo de identificação e documentação dos relacionamentos entre as atividades do projeto. É comum a utilizar de um diagrama de rede (fluxograma) para mostrar a ordem das atividades, com suas precedências, por exemplo. Um exemplo de diagrama de rede é apresentado na imagem a seguir:
Estimar os Recursos das Atividades — O processo de estimativa dos tipos e quantidades de material, recursos humanos, equipamentos ou suprimentos que serão necessários para realizar cada atividade.
Estimar as Durações das Atividades — O processo de estimativa do número de períodos de trabalho que serão necessários para terminar atividades específicas com os recursos estimados. As técnicas de estimativas da duração das atividades são:
Estimativa análoga (top-down): Compara as atividades do projeto atual com as atividades de um projeto que a organização já fez. É usada quando há pouca informação disponível para uma estimativa detalhada. Frequentemente é aplicada no início do projeto. Sua vantagem é porque pode ser feita mais rapidamente, mas por outro lado é menos precisa e os projetos anteriores precisam ser similares de fato.
Estimativa paramétrica: Usa padrões de projetos anteriores e aplica no projeto atual. Pode ser aplicada a uma parte pequena no projeto ou ao projeto inteiro. Sua vantagem pode ser mais precisa que a análoga ou a bottom-up, mas por outro lado precisam ter informações históricas confiáveis de projetos anteriores.
Estimativa de três pontos (PERT): Tem como origem a técnica de revisão e avaliação de programa (PERT). São usadas quando existe um alto grau de incerteza ou riscos envolvido em uma estimativa. Esta técnica usa três estimativas (otimista, pessimista e a mais provável) para definir uma faixa aproximada para a duração de uma atividade.
Desenvolver o Cronograma — O processo de análise das sequências das atividades, suas durações, recursos necessários e restrições do cronograma visando criar o modelo do cronograma do projeto. É nessa fase onde se coletar e junta tudo o que foi feito nos processos anteriores para de fato montar o modelo do cronograma.
Controlar o Cronograma — O processo de monitoramento do andamento das atividades do projeto para atualização do seu progresso e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do cronograma para realizar o planejado.
Fontes:
http://www.diegomacedo.com.br/gerenciamento-do-escopo-do-projeto-pmbok-5a-ed
https://www.totvs.com/mktfiles/tdiportais/helponlineprotheus/portuguese/sigapms_edt.htm
http://www.gp4us.com.br/2016/07/22/?print=print-search
http://www.diegomacedo.com.br/gerenciamento-do-tempo-do-projeto-pmbok-5a-ed/
http://www.kanonphoto.com/ufpe-figura-6-5-diagrama-de-rede-de-projeto-com-datas-cronogramadas/