Amanda Pietra Narita Longo ● Beatriz Lavado Hamann ● Larissa Caroline de Carvalho ● Tatiane Patrícia Amaral
Natural de Curitiba, Lailana Krinski, nascida em 1986, vem atuando no campo artístico desde 2008, quando se graduou no Bacharelado em Artes Visuais pela Universidade de Tuiuti do Paraná, e se especializou em História da Arte Moderna e Contemporânea pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná, em 2019, desde então, trabalha como artista, crítica de arte e arte educadora. (KRINSKI, 2020). Antes mesmo de cursar Artes Visuais, Lailana fazia faculdade de publicidade e já tinha uma grande afeição por desenho, então, por influência de um de seus professores, e seu primo, que também cursava artes, resolveu migrar para esse curso. Lailana Krinski tem trabalhos em múltiplas linguagens, como vídeos, gifs, esculturas, mas ela gosta principalmente dos desenhos que, de certa forma, a levaram a cursar Artes Visuais. (KRINSKI, entrevista, 2021).
Na sua poética ela trabalha com alguns limites da linguagem. Seu trabalho surgiu do pensamento de alteridade no fazer artístico. A partir da relação entre as linguagens e as construções propostas pela política de cada trabalho, suas obras são instigantes pela materialidade visual.
Artista Lailana Krinski
Entre outras atuações, em 2017, fez parte de um coletivo chamado Metrópolis Armila, no qual participavam além de Lailana artistas como Juliana Gisi, Arthur do Carmo, Daniel Duda, Samuel Dicow e Henrique Jacobt.
Como crítica de arte, participou de vários projetos, como o LAB#, uma iniciativa que propunha a produção e discussão de textos críticos de artes visuais na qual Lailana foi coordenadora de 2010 a 2014. (SOBRE O LAB, entre 2010 e 2014). Outro grande marco como crítica veio através do projeto “entrevistascríticas”, uma série de entrevistas com agentes do campo de artes visuais, na qual era discutido um grande arranjo de temas, todos relacionados aos acontecimentos do campo artístico na cidade de Curitiba dos anos 1990 até 2014. (KRINSKI, 2014?).
Seu projeto educativo mais recente, realizado em 2019, foi feito a convite da artista Thelma Vilas Boas, onde, segundo a artista:
“nos deslocamos em viagem com cinco crianças moradoras de Gamboa no Rio de Janeiro para São Paulo nos hospedando na Ocupação nove de julho. Ao todo passamos um mês juntos dividindo vivências e experiências em diferentes contextos educacionais. Junto às crianças elaborei um diário de bordo em que registramos esses aprendizados de forma coletiva”. (KRINSKI, 2019?).
Atualmente, Lailana se concentra em seu mestrado, sendo realizado pela Faculdade de Artes do Paraná (UNESPAR), focado nas experiências e medições nas relações educacionais em artes, na qual a artista busca investigar essa relação entre a arte e educação. (KRINSKI, entrevista, 2021).
Tivemos o privilégio de conversar com a Lailana, onde ela nos conta que em anos recentes ela se interessou por outras possibilidades artísticas de criação, que não necessariamente estão ligadas a exposições em instituições, a partir disso a artista começa a se envolver com a instituição de maneira diferente, que não é necessariamente feita em busca de um produto final de arte. (KRINSKI, entrevista, 2021).
Você poderá conferir a entrevista completa abaixo, onde em junho de 2021 tivemos a oportunidade de entrevistar a Lailana, e conversamos sobre sua trajetória como artista, suas influências, poética, novos projetos, entre outros assuntos.
Intrevista com a artista Lailana Krinski realizada por Amanda Pietra Narita Longo, Beatriz Lavado Hamann, Larissa Caroline de Carvalho e Tatiane Patrícia Amaral feita pela plataforma Google Meets no mês de julho de dois mil e vinte e um.
O LAB# é um laboratório experimental de crítica de arte criado em 2010, em que Lailana Krinski foi coordenadora de 2010 até 2014. O projeto nasceu a partir de encontros numa oficina de crítica de arte ministrada por Clarissa Diniz e Ana Luiza Lima.
A primeira edição foi feita no escritório de arte da Finnacena de Curitiba, coordenada por Ana Rocha, e Lailana Krinski, com uma tiragem de cem exemplares, já a segunda edição teve 500 exemplares e aconteceu a convite do espaço de arte ACASA, com as mesmas coordenadoras. A terceira também teve 500 exemplares e aconteceu dentro da Faculdade de Artes do Paraná como curso de extensão, coordenado por Lailana e Rafael Budni que permaneceram até a quarta edição, que teve 1000 exemplares e foi feita a convite da 5º Bienal Vento Sul de Curitiba (atual Bienal de Curitiba). A quinta edição foi uma publicação comemorativa, feita a convite dos próprios coordenadores, Lailana e Arthur do Carmo para que quem tivesse participado de edições anteriores enviassem textos atuais, e teve apenas 100 exemplares. A sexta edição teve 1000 exemplares também foi coordenada por Lailana e Arthur e foi produzida no IV Simpósio de Artes Visuais da FAP. E a sétima edição foi produzida nos ateliês de Lailana, Ana Paula Theis Pereira e Arthur do Cermo, tendo 100 exemplares.
O laboratório acontece a partir de uma imersão dos participantes em encontros, onde trocam ideias, e posteriormente escrevem seus textos que serão re-discutidos para então serem publicados. A proposta é que cada laboratório aconteça em uma instituição diferente, promovendo assim uma interação entre artistas, profissionais, participantes e instituições. Segundo Lailana e Arthur:
[...] Desde 2010, o Laboratório de Crítica de Arte (LAB#), em seus encontros e conversas, teve sempre em pauta a discussão de temas em arte pertinentes a cada um dos participantes. As falas circundantes preparavam caminho para produções textuais, pelas quais poderiam haver reencontros. Os diálogos se mantinham, através das publicações, de suas diferentes edições e também pelo círculo de pessoas afins que se conheciam e efetuavam trocas de leituras e palavras. As possíveis abrangências temáticas então se mantinham ancoradas em pensamentos de sobrevôo da arte e seus desdobramentos de afetividade.
(KRINSKI; CARMO, 2012, p.1)
Em abril de 2017, em entrevista para a revista Ideias, em nossa opnião Lailana se mostra como um modelo ideal para ser seguido. Apaixonada pela arte e consequentemente pela educação, movida não só pelo seu talento artístico, mas também pela vontade de fazer a diferença na sociedade, relatou que atravessa Curitiba com sua bicicleta para fazer o que mais gosta, que é lecionar arte em uma escola onde ela consegue diminuir o impacto social e garantir uma educação de qualidade, valorizando a cultura.
Artista Lailana Krinski
Todo esse engajamento da artista junto à educação nos faz refletir sobre a qualidade do ensino de arte na educação básica nas escolas. Afinal, não podemos afirmar que toda escola possuí profissionais como a artista em questão. É preciso avaliar um conjunto de fatores desde espaço físico e materiais didáticos apropriados além de professores capacitados.
[...] A Arte está entre as disciplinas obrigatórias desde a Publicação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) – Lei nº 9.394/96, contemplando as linguagens artísticas Música, Dança, Artes Visuais e Teatro. Porém, como já visto, existe um descompasso entre formação e atuação, uma vez que a formação em nível Superior é específica e, nas escolas, ainda se faz presente concepções sobre o ensino da Arte que defendem a polivalência, na qual o professor seria responsável por inserir em seus planos de ensino conhecimentos específico das quatro áreas da Arte. Além disso, existe um agravante, que é a quantidade de horas/aula destinadas ao ensino da Arte, se restringindo normalmente a uma ou duas horas/aula semanais. Estes fatores contribuem para com o enfraquecimento da Arte na escola (BARBOSA, 1989, p.47).
Faz-se necessário pontuar o enfraquecimento do ensino da arte, que resulta numa visão superficial que o brasileiro médio tem com ela. A artista por meio dessa única entrevista concedida a revista Ideias é capaz de proporcionar diversos debates, seja pela questão da sustentabilidade ou incentivo a prática de esportes ao relatar que pedala 90 minutos por dia para lecionar. Poderíamos ainda falar sobre a relação do trajeto e suas inspirações para produzir suas obras, mas é necessário ressaltar o amor e respeito pelo ser artista e o fazer artístico, amor que inclui e aproxima a comunidade por meio da arte, educação e cultura.
Partindo do pressuposto que as mulheres historicamente se encontram em posição de inferioridade e submissão ao patriarcado na sociedade, podendo isso ser entendido como uma forma de opressão de um sistema político cultural que usa de violência simbólica sobre mulheres que se estende ao fato de vivermos no Brasil, um país marcado por desigualdades, seja no campo profissional ou social. Entendemos que isso ocorre porque o Estado possui o direito de monopólio da violência simbólica, e é por meio dele que ela se reproduz. O poder simbólico seria, portanto, legitimado pelo Estado e pelas demais formas de poder que imperam, como o capital (mercado). A partir disso, o poder simbólico passa a ser incorporados nos mais variados “campos” da vida, gerando impactos nas práticas sociais.
Nesse sentido, uma das recorrentes formas de poder e violência simbólica é a dominação masculina.
Trata-se do exemplo por excelência da submissão paradoxal da violência simbólica – violência suave, insensível, invisível – a suas próprias vítimas, que se exerce essencialmente pelas vias puramente simbólicas da comunicação e do conhecimento, ou está no princípio não só da realidade como também da representação da realidade (BOURDIEU, 2002, p. 1-2).
Pensando nesses aspectos, pedimos para a artista Lailana Krinski responder duas questões colocadas por Simone de Beauvoir na obra “O Segundo Sexo”: “... em que o fato de sermos mulheres terá afetado a nossa vida? Que possibilidades nos foram oferecidas, exatamente, e quais nos foram tiradas?”, fazendo uma reflexão voltada para a questão da mulher no mundo da arte. A artista respondeu que a questão de gênero e do racismo é estrutural e quando afeta o meio da arte, acontece em vários sentidos. Também narrou uma situação vivenciada por ela, em que um galerista a “orientou” dizendo que o trabalho dela deveria falar sobre feminismo, sem procurar ver o que havia no trabalho dela, acentuando uma obrigatoriedade de se falar sobre feminismo em suas obras sendo ela mulher, e ainda tendo que afirmar duplamente os aspectos das obras que falam do assunto.
Essa ocasião, mencionada por Lailana nos trás algumas reflexões interessantes sobre a situação da mulher-artista. Primeiramente, temos que abordar o conceito de mansplaining, que é um termo usado para se referir a quando um homem explica algo para uma mulher que não foi solicitado, ou até mesmo quando ela entende do assunto, como quem acredita que ela é intelectualmente incapaz. Nesse caso, o galerista explicou para a artista que ela deveria falar sobre feminismo, sem reparar que o trabalho dela já abordava o tema de alguma forma.
Outra reflexão é que ele vê a necessidade de fazer uma artista mulher se encaixar numa temática específica, como se ela não pudesse abordar outros assuntos. Como se, por ser mulher, ela fosse obrigada a falar sobre feminismo, ou “coisas de mulheres”, que é uma forma de exclusão, uma violência simbólica disfarçada de estímulo.
E essa prática de isolar a mulher dentro do mercado de arte, ou até da história da arte não é nova. Linda Nochlin, em seu texto “Por que não houve grandes mulheres artistas?” fala que a mulher artista não esteve no mesmo patamar que o artista homem durante muito tempo, então não existem mulheres tão lembradas pelos livros de história quando Michelangelo, Monet ou Da Vinci, porque nunca foram vistas como iguais. Elas eram isoladas.
[...] Na verdade, o milagre é, dadas as esmagadoras chances contra as mulheres ou negros, que muitos destes ainda tenham conseguido alcançar absoluta excelência em territórios de prerrogativa masculina e branca como a ciência, a política e as artes. (NOCHLIN, 2016, P.9)
Sendo assim podemos concluir que historicamente a figura masculina sempre ocupou lugar de destaque e/ou poder, seja na história, literatura, ciência, esporte, música, arte, entre outros. Na maioria das vezes coagindo através da violência simbólica e segregação toda mulher pelo simples fato de ser mulher. Assim se faz necessário abrir espaços públicos de reflexão, exposição e valorização das mulheres, visando extinguir esses paradigmas arcaicos de invisibilidade ou inferioridade relacionados ao machismo no meio artístico e social.
Lailana Krinski em exposição
FORMAÇÃO ACADÊMICA
Especialização em História da Arte Moderna e Contemporânea
2010 - 2012 pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná
Título: A crítica de arte nos séculos XVIII e XIX, O modelo clássico em debate nas falas de Hegel e Baudelaire. Orientador: Simone Landal
Graduação em Bacharelado em Artes Visuais
2005 - 2008 pela Universidade Tuiuti do Paraná
Título: LUGAR EM COMUM. Orientador: Carla Vendrami Malucelli
Produção Crítica
Para conferir alguns textos de crítica de arte feitos por Lailana basta acessar o link abaixo:
http://cargocollective.com/lailanakrinski/PRODUCAO-CRITICA
Biografia
KRINSKI, Lailana. Bio. [S.I.] [2020?]. Disponível em: http://cargocollective.com/lailanakrinski/BIO. Acessado em 18/08/2021.
KRINSKI, Lailana. Entrevista realizada concedida para Mapeamento das Artes Visuais em Curitiba, realizada por LONGO, Amanda P. N.; HAMANN, Beatriz L.; AMARAL, Tatiane P.; CARVALHO, Larissa C., na data de 26/07/2021. In: https://youtu.be/kec1ChtyyQM. Acessado em 18/08/2021.
KRINSKI, Lailana. Produção Crítica. [S.I.] [2020?]. Disponível em: http://cargocollective.com/lailanakrinski/PRODUCAO-CRITICA. Acessado em 18/08/2021.
KRINSKI, Lailana. Projetos Educativos. [S.I.] [2019?]. Disponível em: http://cargocollective.com/lailanakrinski/PROJETOS-EDUCATIVOS. Acessado em 18/08/2021.
SOBRE O LAB. [S.I.] [2010?]. Disponível em: http://labcritica.blogspot.com/search/label/Sobre%20o%20Lab. Acessado em 18/08/2021.
Entrevista
KRINSKI, Lailana. Entrevista realizada concedida para Mapeamento das Artes Visuais em Curitiba, realizada por LONGO, Amanda P. N.; HAMANN, Beatriz L.; AMARAL, Tatiane P.; CARVALHO, Larissa C., na data de 26/07/2021. In: https://youtu.be/kec1ChtyyQM. Acessado em 18/08/2021.
O Poder Simbólico do Machismo no Mercado da Arte: reflexão sobre uma situação relatada pela artista Lailana Krinski.
BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo. 2º edição. Rio de Janeiro - RJ: Editora Nova Fronteira, 2009.
BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Rio de Janeiro - RJ: Editora Bertrand, 1989.
BOURDIEU, Pierre. A Dominação Masculina. 11º Edição. Rio de Janeiro - RJ: Editora Bertrand Brasil LTDA, 2012.
KRINSKI, Lailana. Entrevista realizada concedida para Mapeamento das Artes Visuais em Curitiba, realizada por LONGO, Amanda P. N.; HAMANN, Beatriz L.; AMARAL, Tatiane P.; CARVALHO, Larissa C., na data de 26/07/2021. In: https://youtu.be/kec1ChtyyQM. Acessado em 18/08/2021.
NOCHLIN, Linda. Por que não houve grandes mulheres artistas?. PDF. 2016. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5822294/mod_resource/content/1/Linda%20Nochlin_1971%20PORTUGUES.pdf.
A Necessidade de Valorização do Ensino de Arte no Brasil
ROÉFERO, Mileni V. Benefícios da formação continuada em artes. [S.l.]: Revista Nupeart, 2018. Disponível em: http://www.revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/download/13503/9638/49210 . Acesso em: 18 de agosto de 2021
Projeto LAB#
SOBRE O LAB. [S.I.] [2010?]. Disponível em: http://labcritica.blogspot.com/search/label/Sobre%20o%20Lab. Acessado em 18/08/2021.
Informações Adicionais
O ESCAVADOR. Lailana Krinski. 2020. Disponível em: https://www.escavador.com/sobre/1496595/lailana-krinski Acesso em: 18 de agosto de 2021.
Imagens:
Capa:
Imagem 1 – http://cargocollective.com/lailanakrinski/Palavras-como-solidos-2016. Acessado em 17/08/2021.
Fotos da Artista:
Imagem 2 – https://www.facebook.com/hipoteticasim. Acessado em 19/08/2021
Imagem 13 – https://www.revistaideias.com.br/2019/04/17/lailana-krinski/ . Acessado em 19/08/2021
Carrossel de imagens:
Imagem 3 – http://cargocollective.com/lailanakrinski/Morris-para-maos-2014. Acessado em 17/08/2021.
Imagem 4 – http://cargocollective.com/lailanakrinski/Sem-titulo-2014-1. Acessado em 17/08/2021.
Imagem 5 – http://cargocollective.com/lailanakrinski/Sem-titulo-2014-2. Acessado em 17/08/2021.
Imagem 6 – http://cargocollective.com/lailanakrinski/Palavras-como-solidos-2016. Acessado em 17/08/2021.
Imagem 7 – http://cargocollective.com/lailanakrinski/Sem-titulo-2016-2. Acessado em 17/08/2021.
Imagem 8 – http://cargocollective.com/lailanakrinski/No-comeco-eu-ressoava-tudo-que-encontrava-2017. Acessado em 17/08/2021.
Imagem 9 – http://cargocollective.com/lailanakrinski/Sem-titulo-2018-1. Acessado em 17/08/2021.
Imagem 10 – http://cargocollective.com/lailanakrinski/Fixture-2019-Desenhos. Acessado em 17/08/2021.
Imagem 11 – http://cargocollective.com/lailanakrinski/Filmen-2019. Acessado em 17/08/2021.
Imagem 12 – http://cargocollective.com/lailanakrinski/Fixture-2019-Esculturas. Acessado em 17/08/2021.
Exposições:
Imagem 14 – http://cargocollective.com/lailanakrinski/Filmen-2019. Acessado em 19/08/2021.
Imagem 15 – http://cargocollective.com/lailanakrinski/Sem-titulo-2019. Acessado em 19/08/2021.
Gostaríamos de agradecer a artista Lailana Krinski por nos conceder a entrevista com tanta gentileza, e também a professora Lilian Gassen pela sua ótima didática e seu empenho nesse semestre. Esse trabalho foi feito graças a essas duas maravilhosas educadoras.
A elas e a todos os educadores, nosso MUITO OBRIGADA!