Esta sessão terá duas partes:
Uma primeira presencial, realizada em cada colégio.
Outra online, todos os colegios conectados em rede no dia 12 de novembro.
“Vi a aflção do meu povo que está no Egipto, ouvi o seu clamor ….. e desci para os libertar. E agora, vai; Eu te envio ao faraó, e faz sair do Egipto o meu povo ”. EX 3,7-10
AÍ ESTÁ O CLAMOR DOS OPRIMIDOS - (lido em voz alta por um participante)
"Na Jornada de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2023, todos os cristãos foram convidados a contemplar a realidade dos nossos irmãos mais desprotegidos."
"Um olhar ao estilo de Jesus de Nazaré, que foi capaz de reconhecer a dignidade de cada ser humano como criatura de Deus e de sentir compaixão diante da dor e do sofrimento do 'outro'. Um olhar misericordioso e compassivo que nos motive não apenas a ouvir o sofrimento e enxugar as lágrimas da dor, mas também a lutar contra toda injustiça e humilhação. Um olhar como o de Maria, que em silêncio vai ao encontro daqueles que precisam. Um olhar que não seja de indiferença diante do choro e dos gritos deste mundo carente de mais amor.”
"Um novo olhar e uma nova visão representam um germe de esperança: talvez desta vez seja a que nos conduza definitivamente à mudança e marque um antes e um depois."
"Uma jovem olhou e viu as lágrimas dos oprimidos. O vídeo que ela gravou no seu telemóvel do assassinato de George Floyd em maio de 2020 foi visto em todo o mundo e desencadeou uma ira sagrada, levando as pessoas a testemunhar e reconhecer o que os afro-americanos viveram ao longo dos séculos: a subjugação injusta por parte de sistemas opressivos, enquanto muitos transeuntes privilegiados, na sua cegueira, passavam indiferentes, sem querer olhar."
"Reconhecer que esta dolorosa realidade desencadeou uma efusão global de compaixão, expressa tanto através de orações como de protestos contra a injustiça. A evolução de um simples 'ver' para 'olhar e compreender' encoraja-nos a participar ativamente nessa realidade terrena. Precisamos remover as escamas dos nossos olhos para responder de uma maneira nova e sem limites."
"No texto das Bem-Aventuranças, somos apresentados a um Jesus que contempla a multidão. Nessa multidão, Ele deve ter visto os construtores da paz, os pobres de espírito, os simples de coração, os homens e mulheres que choravam, aqueles que tinham fome e sede de justiça. Nessas pessoas bem-aventuradas, Ele não apenas vê o sofrimento, mas atribui-lhe um novo futuro e significado: serem Filhos de Deus, herdeiros do Reino."
Como é o teu compromisso com aqueles que enfrentam a opressão e lutam pela justiça?
"Este vídeo de Nico Montero, inspirado na ação do P. Usera durante a sua intervenção no navio negreiro, coloca-nos diante de uma realidade crua à qual o Papa chama a atenção de todos os crentes."
O barco da morte (Nico Montero)
Que repercussão pode ter este tema no meu colégio?
Imagino um futuro em que todos nos olhamos como irmãos?
Já te questionaste como se sentem os imigrantes no nosso colégio? Qual é o nosso compromisso para com eles?"
Para este ponto, seria interesante convidar um imigrante para vir apresentar a sua experiência de acolhimento na nossa terra e até no nosso colégio. (Podemos dar-lhe 15/20 minutos)
Como me senti na escuta desta partilha?
DINÂMICA: Os quatro monges ou o valor de aprender a escutar
(Fazem-se grupos de 4-5 pessoas por grupo)
Material: Texto Os quatro monges e o questinário de reflexão para cada grupo.
Duração da actividade: 20 minutos.
Operacionalização da actividade
Aqui tens o texto que será trabalhado nesta dinámica cooperativa:
"Os quatro monges decidiram caminhar juntos em silêncio durante um mês. No primeiro dia, tudo correu maravilhosamente. Contudo, após o primeiro dia, um dos monges disse: Estou em dúvida se fechei a porta ao sair do mosteiro. Outro monge disse: Estúpido! Decidimos manter o silêncio durante um mês, e agora vens quebrá-lo com essa parvoice! Então, o terceiro disse: E tu? Também acabaste de quebrá-lo! E o quarto monge disse: Graças a Deus, eu sou o único que não falou!"
QUESTÕES PARA TRABALHAR A DINÃMICA COOPERATIVA
Qual foi a atitude dos monges?
Por que razão achas que agiram dessa forma?
Que exemplo recordas da tua própria experiência que esteja relacionado com o texto?
Qual poderia ter sido a atitude dos outros monges quando o primeiro falou? E dos dois últimos quando o segundo falou?
Poderiam ter reiniciado a contagem do tempo e escolhido um novo caminho?
Imagina uma dinámica/projeto para o teu colégio que possa dar origem a um compromisso de ação.
NOTA: Após o trabalho de grupo, é possível optar por:
Cada porta-voz apresenta as conclusões do seu grupo.
Passado algum tempo para a elaboração da dinâmica em grupos, todos os professores formam um círculo no centro da sala para refletir em conjunto, ouvindo previamente as avaliações de cada porta-voz de todos os grupos.
CONCLUSÃO DA DINÂMICA
Aprender a escutar é uma das aprendizagens mais desafiadoras ao longo da vida. Saber quando devemos ficar em silêncio, quando devemos escutar, quando devemos ponderar, deveria fazer-nos tomar consciência sobre a importância das pessoas que temos ao nosso redor e com as quais convivemos diariamente.
O problema nos dias de hoje é que as pessoas não escutam para compreender, mas sim para responder.
Elaboramos um compromisso do colégio que englobe tudo o que foi discutido sobre o tema, e iremos apresentá-lo na próxima sessão online.
Oração final
(Pode-se terminar Rezando a dois coros el salmo 138)
Senhor, Tu me sondas e conheces;
conheces-me quando me sento ou me levanto.
De longe penetras os meus pensamentos;
distingues o meu caminho e o meu descanso,
todas as minhas veredas Te são familiares.
A palavra ainda não chegou à minha língua,
e já, Senhor, a sabes toda.
Envolves-me por detrás e pela frente,
cobres-me com a Tua palma.
Esse conhecimento ultrapassa-me,
é sublime, e eu não o compreendo.
Para onde irei longe do Teu sopro,
para onde escaparei do Teu olhar?
Se subir aos céus, lá estás Tu;
se me deitar no abismo, lá Te encontro;
se voar até às margens da aurora,
se emigrar até ao confim do mar,
aí a Tua mão me alcançará,
a Tua direita me agarrará.
Se eu disser: "Que pelo menos a escuridão me encubra,
que a luz se torne noite à minha volta",
nem a escuridão é escura para Ti,
a noite é clara como o dia.
Tu criaste as minhas entranhas,
tecias-me no seio materno.
Dou-Te graças,
porque me escolheste de forma assombrosa,
porque as Tuas obras são admiráveis;
conhecias até o fundo da minha alma,
não ignoravas os meus ossos.
Quando, ocultamente, me formavas,
e entrelaçavas no profundo da terra,
os Teus olhos viam as minhas ações,
todas eram escritas no Teu livro;
os meus dias estavam calculados
antes mesmo de existir o primeiro.
Quão insondáveis são os Teus desígnios,
Deus meu, quão vasto é o seu conjunto!
Se eu os contar, são mais numerosos que a areia;
se os dou por terminados, ainda assim estás Tu.
Deus meu, se matares o ímpio,
se afastares de mim os assassinos
que falam perfidamente de Ti,
e se rebelam em vão contra Ti!
Não odiarei os que Te odeiam?
Não me repugnarão os que se rebelam contra Ti?
Eu os odeio com ódio implacável,
considero-os como inimigos.
Senhor, sonda-me e conhece o meu coração,
põe-me à prova e conhece os meus sentimentos,
vê se o meu caminho se desvia,
guia-me pelo caminho eterno.
NOTA: Sessão online com todas as escolas da Congregação – 12 de Novembro de 2024
Após este período de reflexão e partilha, conectamo-nos com as outras escolas e apresentaremos como elaboramos e trabalhamos, que frutos obtivemos, como avaliamos... o plano de ação que desenvolvemos na sessão anterior.