A metodologia que usaremos este sexenio no trabalho de Missão Partilhada, tem as mesmas iniciais da metodologia que se utilizou no XVI Capítulo Geral, e da que o Papa nos propõe no PEG, embora tenhamos dado um significado e conteúdo diferente a duas delas: Reconhecer, Imaginar e Experimentar.
Na proposta de trabalho, são levantadas questões ou sugestões para ajudar a desenvolver cada parte do método.
Para esta sessão, vamos levar a cabo uma série de dinâmicas que nos ajudarão a alcançar o que se pretende. Estas dinâmicas podem ser realizadas em pequenos grupos se o corpo docente for muito numeroso.
A pessoa que dirigir a dinâmica poderá referir-se, na forma que desejar, aos textos e vídeos que acompanham a dinâmica. Se estes já foram trabalhados na sessão anterior, só será necessário relembrá-los.
Os passos são os seguintes:
Reconhecer
Imaginar
Experimentar
Partimos do seguinte vídeo:
Que tipo de pessoa aparece no vídeo?
E tu? Que tipo de pessoa es? Qual gostarias ser?
Dinâmica 1: O leque
Tempo: 15 minutos
Objetivos:
Reconhecer os aspetos positivos dos outros.
Fomentar a confiança para reconstruir vínculos.
Identificar os aspetos e qualidades que tornam possível trabalhar em conjunto.
Material:
Papéis coloridos (um para cada), marcadores ou canetas.
Desenvolvimento:
O grande grupo é dividido em subgrupos de 6/7 pessoas e cada uma recebe uma folha de cores diferentes.
Colocando a folha na horizontal, cada elemento escreve o seu nome de um dos lados da mesma. Seguidamente, deverá dobrar e passar o papel para a próximo membro do grupo, que escreverá uma característica positiva da pessoa a quem o nome corresponde. Posteriormente, esse participante dobrará e passará a folha para o próximo colega. No final, quando o papel chegar ao proprietário, este abri-lo-á e lerá tudo o que escreveram.
Reconheço-me nas qualidades que os outros veem em mim?
Observamos as diferentes cores dos leques. Reconhecemos a nossa diversidade neles?
Reconhecemos em nós todos os valores da pessoa em todas as suas dimensões?
(Ver DC.N. 59-60)
CHAMADOS A SER LUZ
“Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo” (Mt. 5, 13-16)
Acredito que os cristãos, para serem sal e luz, são chamados a transformar a sociedade, não só para serem boas pessoas, mas também para saírem ao encontro dos pobres (e dos ricos), dos imigrantes (com ou sem papéis), dos desesperados, dos homossexuais, das prostitutas, dos doentes, dos "sem--abrigo", de mulheres agredidas, dos desempregados, dos trabalhadores explorados e até dos empregadores. Somos chamados a pregar onde quer que estejamos, a não permanecermos calados perante a injustiça (e se o sal se tornar brando, com que se salgará?), a mergulharmo-nos nas profundezas de uma sociedade em sofrimento, a comprometermo-nos com o coração, a tornarmo-nos pessoas com critérios, pessoas credíveis, solidárias, pessoas que dão o exemplo, que dão esperança, pessoas que denunciam para anunciar (não se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire.).
Há algum tempo, ouvi um frade muito sábio dizer: "Todo o ser humano fala de Deus", isto é, tudo o que magoa o irmão ao meu lado magoa-me, porque Deus está nele.
O que vós acabastes de ler não é uma novidade, mas vale a pena não esquecermos estas verdades porque só assim é possível ser Sal e Luz, só assim podemos transformar-nos em Sabor e Vida (A tua Luz brilha assim...).[1]
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Dinâmica 2: A dificuldade de um consenso e o valor das pessoas
Objetivos:
Imaginar que é possível chegar a um consenso.
Clarificar valores e conceitos morais.
Provocar um exercício de consenso, a fim de demonstrar a sua dificuldade, especialmente, quando estão em jogo os valores e conceitos de "pessoa" e de "valor".
Tempo: 15 minutos
Material:
Texto fotocopiado para cada grupo: "O refúgio subterrâneo".
Desenvolvimento:
A coordenadora explica os objetivos do exercício. Uma cópia do documento "O refúgio subterrâneo" será, então, distribuída a todos os participantes para que possam tomar uma decisão individual, escolhendo seis pessoas da sua preferência. Em seguida, serão organizados subgrupos de 5/7 elementos para tomar uma decisão de grupo, até que se chegue a um consenso. Voltamos ao grande grupo de modo a que cada subgrupo explique o resultado da sua decisão. Termina-se com um debate sobre a experiência vivida.
Texto. Refúgio subterrâneo
PREGUNTAS:
Que vínculos foram quebrados em nós?
Que oportunidades temos para os unir e chegar a ser e a educar pessoas integrais?
Vimos na introdução o vídeo do Papa que nos convidava a lutar por uma sociedade mais humana. Recordamos as suas palavras.
Dinâmica 3: Um plano de ação
Objetivo:
Elaborar um plano de ação para o Centro Educativo.
Tempo: 15 minutos para o elaborar e 30 minutos para o partilhar
Material:
Folhas e canetas para cada grupo, uma caixa de legos para cada grupo.
Desenvolvimento:
Cada pessoa, individualmente, identifica uma realidade positiva e algo que falta, considerando os três níveis: pessoal, Comunidade Educativa e Casa Comum.
Num segundo momento, organizam-se em grupos de quatro ou cinco pessoas e cada uma partilha o que descobriu.
Num terceiro momento, juntos identificam, no conjunto do que falta, uma realidade que tem de ser alterada, escolhendo um dos níveis anteriores: pessoal, Comunidade Educativa ou Casa Comum.
Após a partilha, cada grupo terá de representar com os legos o que é necessário alterar. Seguidamente, redigirão um plano, respeitando os seguintes passos:
Reconhecer o que precisa de ser mudado;
Imaginar como pode ser a realidade sonhada;
Elaorar um plano de ação.
No final, todos juntos passam pelos diferentes grupos para ouvir o plano de ação que o grupo desenvolveu. Seguidamente, um deles será escolhido e será realizado até à próxima sessão. Este será apresentado às restantes escolas na próxima sessão.