HEROIS

Leonard Ravenhill - 1907-1994

Leonard Ravenhill nasceu em 1907 na cidade de Leeds, em Yorkshire, Inglaterra. Após sua conversão a Cristo, ele foi treinado para o ministério na Faculdade Cliff. Logo tornou-se evidente que evangelismo era seu forte, e ele se envolveu nisto com muito vigor e poder. Depois ele veio a se tornar um dos pioneiros em evangelismo ao ar livre da Inglaterra no século 20. Suas reuniões nos anos da Guerra arrastaram multidões na Inglaterra, e grande número dos seus convertidos não apenas seguiram o Salvador para o Reino, mas também para o ministério e para o campo missionário no mundo. Em 1939 casou-se com uma enfermeira irlandesa chamada Martha. Juntos eles tiveram três filhos. Paul e David são pastores e Philip é professor. Ao contrário de muitos evangelistas de hoje, as conversões causadas pela pregação de Leonard eram geralmente conversões duráveis. Isto foi porque ele não diminuiu a força e a eficácia do evangelho enquanto pregava. Quando idoso, Leonard e sua família se mudaram para os Estados Unidos, onde trabalhou com a Bethany House Publishers. Nos anos 80, Leonard e sua família se mudaram para perto de Lindale, Texas, a uma curta distância do Last Days Ministries. Leonard regularmente dava aulas no Last Days Ministries, e foi um mentor do falecido Keith Green.

A. W. Tozer, que foi um amigo de Leonard, diz sobre Leonard: "O débito que o povo de Deus tem para com esses servos dele é tão vultoso que nunca poderá ser pago. E o curioso é que eles raramente pensam em saldá-lo enquanto esses indivíduos estão vivos. Em compensação, a geração seguinte o exalta, escreve livros sobre seus feitos, como se, instintivamente e meio sem jeito, quisesse desincumbir-se de uma obrigação que a geração anterior praticamente ignorara. "Quem conhece Leonard Ravenhill vê nele esse especialista espiritual, esse homem enviado por Deus, não para realizar um ministério na obra regular da igreja, mas para fazer frente aos profetas de Baal, desafiando-os em seu próprio território, para envergonhar os negligentes sacerdotes que oficiam no altar, para enfrentar os falsos profetas, e advertir o povo que está sendo desviado do caminho certo por influência deles. "Um homem como esse às vezes não é companhia muito apreciada”.

O evangelista profissional que sai correndo do culto assim que ele se encerra, e vai para um restaurante de luxo contar piadinhas com os amigos, talvez o considere uma presença embaraçosa. Pois ele não é desses que conseguem silenciar a voz do Espírito Santo em seu coração como quem fecha uma torneira. Ele insiste em ser um crente fiel o tempo todo, onde quer que esteja. E nisso também distinguese de muita gente.”Eu o conheci em 1989, quando ele estava com 82 anos de idade e com a saúde fragilizada. À primeira vista, eu não pensei que Deus poderia ainda usar este frágil homem de cabelos brancos. Ele caminhava sem firmeza e lentamente, e algumas vezes precisava de ajuda para se levantar e sentar em sua cadeira. Porém, assim que abriu sua boca, eu imediatamente notei que minha impressão inicial estava errada. Com 82 anos, Leonard ainda falava com fogo e convicção, e parecia que seu olhar estava penetrando bem dentro da minha alma. Durante os últimos anos de sua vida, Leonard liderou uma reunião de oração que ocorria uma vez por semana (depois uma vez por mês), e era frequentada primeiramente por pastores e evangelistas. Alguns destes homens viajavam cerca de 4 horas para participar destas reuniões de oração. Eu compareci a estas reuniões de 1989 até que eles terminaram no verão de 1994, poucos meses antes da morte de Leonard. Durante os anos que frequentei a estas reuniões, eu nunca saia de lá sem haver sido profundamente desafiado pelo que Leonard havia dito.

Um dos dons de Leonard era a habilidade de espontaneamente formular frases espiritualmente impactantes enquanto falava. Essas eram curtas e memoráveis observações acerca de Deus, da igreja e do mundo.

POSTADO POR:HIPOLITO CESAR

Fonte: Pérolas do Evangelho

Guido de Bres (1522 – 1567)

Esta é uma parte da carta que Guido de Bres, o autor da Confissão Belga, escreveu a sua esposa enquanto estava preso no Black Hole de Brunain por sua fé protestante.

Minha querida e mui amada esposa em nosso Senhor Jesus, seu sofrimento e angústia são a causa de escrever esta carta. Eu peço encarecidamente para que não se entristeça além da conta... Nós sabíamos, quando nos casamos, que poderíamos não ter muitos anos juntos, e o Senhor nos deu graciosamente sete. Se o Senhor tivesse desejado que vivêssemos juntos por mais tempo, ele poderia facilmente fazê-lo assim. Mas tal não era o seu prazer. Deixe a Sua boa vontade ser feita... Além disso, considere que eu não caí nas mãos dos meus inimigos por acaso, mas pela providência de Deus... Todas essas considerações fizeram meu coração alegre e pacífico, e peço-vos, minha querida e fiel companheira, para que se alegre comigo, e agradeça ao bom Deus pelo que está acontecendo, pois ele não faz nada que não seja totalmente bom e correto... Imploro-te, então, que sejas confortada no Senhor, dedicando a si mesma e os seus afazeres a Ele. Ele é o esposo da viúva e o pai do órfão, e Ele nunca te deixará e nem te desamparará.

Em 31 de maio de 1567, Guido de Bres, 47 anos, foi enforcado publicamente na Praça do Mercado de Valenciennes. Ele foi empurrado para fora do cadafalso enquanto exortava a multidão a ser fiel às Escrituras e respeitosa aos magistrados. Seu corpo foi enterrado em uma cova rasa de onde foi posteriormente desenterrado e dilacerado por animais selvagens.

Agradeço a Deus pelo exemplo de coragem e firmeza de Bres. Aqui está outro "homens dos quais o mundo não era digno" (Hebreus 11:38). Sou grato também pela Confissão Belga. E sempre que leio esta comovente e inspiradora carta, sou grato por ele ter escrito a sua esposa da prisão.

POSTADO POR:HIPOLITO CESAR

William Booth

Houve um inglês de origem humilde que, em 1878, declarou guerra contra duas poderosas frentes: a pressão da pobreza e o poder do pecado. Doze anos mais tarde, ele publicaria seu único livro: “In Darkest England -- and the Way Out” (Na Inglaterra mais escura -- e o caminho de saída). Trata-se de William Booth (1829-1912), o pastor metodista que fundou o Exército de Salvação. Quando alguém lhe perguntou quais seriam os maiores perigos doutrinários do século 20, ele respondeu de pronto: “Religião sem Espírito Santo, cristianismo sem Cristo, perdão sem arrependimento, salvação sem novo nascimento, política sem Deus e céu sem inferno”.

Rosa Parks

"Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks (Tuskegee, 4 de fevereiro de 1913 - Detroit, 24 de outubro de 2005), foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do Movimento dos Direitos Civis. Ficou famosa, em 1º de dezembro de 1955, por ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no ônibus a um branco.

Nascida em Tuskegee, no estado do Alabama, Estados Unidos da América, Rosa era filha de James e Leona McCauley, e cresceu em uma fazenda. Devido a problemas de saúde na família, foi obrigada a interromper os seus estudos e começou a trabalhar como costureira.

Em 1932 casou-se com Raymond Parks, membro da National Association for the Advancement of Colored People (NAACP), uma organização que luta pelos direitos civis dos negros, da qual Rosa se tornou militante.

Foi através dessa atitude que o então jovem pastor negro Martin Luther King, Jr., concordando com a atitude de Rosa Parks, incentivava em seus sermões os negros fiéis a fazerem o mesmo, ou seja, rejeitar o transporte oferecido pelos brancos sem o devido respeito.

Este movimento teve grande repercussão na década de 50 nos Estados Unidos, pois o tal pastor pregava pelos direitos civis do negros americanos através da teoria "say at less... I'm black, I'm proud", que mudou completamente a história dos Direitos Civis para os negros americanos e influenciou gerações de negros no mundo inteiro. A atitude solitária de Rosa Parks, ao ser acolhida por Martin Luther King Jr., nunca mais foi uma atitude solitária. Depois de se aposentar, escreveu sua autobiografia. Os anos finais de sua vida foram marcados pelo Mal de Alzheimer, e no ano de 2005 morreu de causas naturais."

O mundo precisa de mais pessoas como Rosa Parks. Esta mulher encorajou homens e mulheres a lutarem pelos seus ideais. Heróis como esta mulher, que se levantou contra a injustiça social, discriminação racial e abuso de poder, são necessários na nossa nação. Que se levantem novos(as) Rosa ParKS

S

William Carey

Inglaterra, século XVIII. Um sapateiro e pregador leigo chamado William Carey sente-se chamado para o trabalho transcultural na Índia. Após muito trabalhar, Carey conseguiu comprar as passagens e embarcou para a Índia numa viagem de navio que durou 5 meses, juntamente com sua esposa Doroty e cinco filhos, o menor com cerca de 3 meses de idade. Permaneceu naquele País durante 41 anos. Traduziu a Bíblia inteira para o Bengalês, Sanscrito e Marathí, e o Novo Testamento para várias outras línguas; fundou escolas cristãs, foi usado na conversão de grande número de hindus e na formação de várias Igrejas, além de discipular vários pregadores nativos. Sem dúvida, ele fez a Índia sentir a mensagem do Evangelho, porém, nestes 41 anos de trabalho Missionário. o que poucos sabem é que ele e sua família tiveram tempos críticos: doenças, mortes, fome, falta de um teto onde pudessem dormir e a falta de sustento financeiro por parte de inúmeras igrejas Inglesas. Mas não esmoreceu. Através de suas habilidades e profissões, conseguiu diversos empregos. Mas a Igreja Inglesa perdeu uma rica oportunidade de financiar a Evangelização da Índia.

Hoje Carey é chamado de "O Pai das Missões Modernas", e, entre os poucos na Inglaterra que auxiliaram a obra, haviam duas mulheres que reconheceram nele a vontade de DEUS naquele país, e o sustentaram naquela obra de Evangelização.

Será que você pode fazer várias coisas de uma só vez e fazer todas bem feitas? William Carey, uma menino inglês, aprendeu fazer sapatos com seu pai. Certo dia encontrou um Novo Testamento escrito com letras estranhas. Ao indagar seu idoso professor, ele lhe explicou que eram palavras gregas.

William ficou tão interessado na língua antiga que procurou outros livros escritos em grego até que aprendeu a ler esta língua. Ele sustentava a família fazendo sapatos e ao mesmo tempo estudava outras línguas tais como Hebraico, Latim, Grego, Alemão e Francês.

- Talvez algum dia Deus vai me usar. Não devo perder tempo - pensou ele.

William tornou-se professor. Durante o dia ensinava e continuou fazendo sapatos à noite. Ensinando, fazendo sapatos e estudando. Fazia tudo de uma vez e não tinha tempo a perder!

Ensinava em uma classe de geografia um dia, quando teve uma idéia e arrumou pedaços de couro de várias cores, emendou-os um ao outro, fazendo um globo do mundo. Ele o pendurou na sua sala de aula. Enquanto ele olhava os países, reconheceu que existiam outras línguas que ele não conhecia. Então começou a estudar Holandês e Italiano estando logo apto para ler e falar em oito línguas. Enquanto estudava o globo, Deus começou a falar ao seu coração dando-lhe grande compaixão pelas almas perdidas. Deus o estava preparando para seu próximo trabalho. Seria um missionário do evangelho.

Ele leu a história da vida de David Brainerd, missionário aos índios norte americanos. Enquanto lia, sentiu vontade de gastar sua vida assim. Dizem que neste tempo ele nunca fazia uma oração sem implorar a Deus para deixá-lo ir ajudar os pagãos. Naquela tempo, 200 anos atrás, as igrejas na Inglaterra não enviavam missionários. De fato, ninguém parecia se importar que milhões de pessoas ainda não tinham ouvido que Jesus morreu na cruz para salvar os pecadores. Ele orava por estas pessoas perdidas.

Ninguém prestou atenção quando Carey disse que queria ser missionário. Um pastor lhe disse:

- Rapaz, quando agradar a Deus converter os pagãos, Ele o fará sem o seu auxílio.

Mas ele não desistiu pois sabia que Deus assim desejava. "Escreva um folheto mostrando a necessidade de missões. Eu pagarei a conta para publicá-lo." Ele resolveu que, se ninguém o ajudasse a ir ao campo missionário, ele deveria seguir e confiar em Deus para seu sustento. Agora ele pôde ver a razão dos longos anos de estudo. Todas as línguas aprendidas seriam necessárias para seu trabalho! Ninguém estava mais bem preparado para ser um missionário do que Carey.

Logo no começo sua esposa recusou-se a ir com ele. Ela nunca tinha visto o mar, e tinha tanto medo que preferia ficar em casa. Disse:

- Como posso deixar meus amigos, minha família e meu lar? Não vou!

Carey insistiu que Deus o tinha chamado para ser um missionário e, finalmente, Dorotéia consentiu acompanhar o seu marido.

Eles partiram para a Índia em 1793. Willian estava entusiasmado e alegre quando chegaram nas praias desta terra desconhecida. Era aqui que Deus queria que Ele pregasse o Evangelho. Numa carta à sua terra ele escreveu:

- Eu nunca me senti tão feliz.

Este pobre sapateiro, com amor às almas perdidas, tornou-se um dos maiores missionários batistas. Ele batizou o primeiro convertido numa terra onde agora há milhões de cristãos. Ele traduziu a Bíblia, ou partes da Bíblia em mais de uma dúzia de línguas. Ele é conhecido hoje como "o Pai das Missões Modernas".

John Harvard

John Harvard (26 de Novembro de 1607 - 14 de Setembro de 1638), foi um pastor congregacional calvinista nascido em Londres e que foi viver nas colónias americanas, no Massachusetts, tendo feito uma importante doação à instituição que hoje tem o seu nome: a Universidade Harvard.

Nasceu e cresceu em Londres, no borough (distrito) de Southwark, condado de Surrey, no quarto de nove crianças, filho de Robert Harvard, um açougueiro, e a esposa, Katherine, nativa de Stratford-upon-Avon. No Verão de 1625, o seu pai, uma meia-irmã, e dois irmãos morreram vítimas de uma praga. Apenas a sua mãe e um irmão, Thomas, na sua família sobreviveram.

Ele entrou para o Emmanuel College, em Cambridge, então uma praça forte puritana, em Dezembro de 1627 e recebeu o seu grau de Bacharel em Artes em 1632. Katherine faleceu em 1635 e Thomas na Primavera de 1637. John casou com Ann Sadler, de Ringmer, Sussex, em Abril de 1636.

Em 1637 ele emigrou com a mulher para a Nova Inglaterra e estabeleceu-se em Charlestown, no Massachusetts. Curiosamente, um terço dos primeiros 100 licenciados da Nova Inglaterra eram pelo Emmanuel College.

John Harvard faleceu sem crianças em 14 de Setembro de 1638. Ele legou em testamento £800 (metade do seu património) e a sua biblioteca de cerca de 400 volumes ao "New College" na localidade próxima de Cambridge, uma instituição que tinha sido fundada em 8 de Setembro de 1636.

A escola mudou de nome para "Harvard College" a 13 de Março de 1639, e Harvard passou a ser referido como Universidade (em vez de College) em 1780, pela constituição de Massachussetts desse ano.

John Wycliffe

John Wycliffe (ou Wyclif) (1320 — 31 de dezembro 1384) foi professor da Universidade de Oxford, teólogo e reformador religioso inglês, considerado precursor das reformas religiosas que sacudiram a Europa nos séculos XV e XVI. Trabalhou na primeira tradução da Bíblia para o idioma inglês, que ficou conhecida como a Bíblia de Wycliffe.

Wyclif organizou um projeto de tradução das Escrituras, defendendo que a Bíblia deveria ser a base de toda a doutrina da Igreja e a única norma da fé cristã. Sustentava que o papa ou os cardeais não possuíam autoridade para condenar suas 18 teses, pois Cristo é a cabeça da Igreja e não os papas.

“A verdadeira autoridade emana da Biblia, que contém o suficiente para governar o mundo”, cita Wycliffe em seu livro De sufficientia legis Christi. Wycliffe afirmava que na Bíblia se encontra a verdade, a fonte fundamental do Cristianismo e que, por isso, sem o conhecimento da Bíblia não haveria paz na Igreja e na sociedade. Com isso, contrapunha a autoridade das escrituras à autoridade papal: "Enquanto temos muitos papas e centenas de cardeais, suas palavras só podem ser consideradas se estiverem de acordo com a Bíblia". Idêntico princípio seguiria Lutero mais de 100 anos depois, ao liderar a Reforma Protestante.

Os Lolardos

Contrário à rígida hierarquia eclesiástica, Wycliffe defendia a pobreza dos padres e os organizou em grupos para divulgar os ensinos de Cristo. Estes padres (mais tarde chamados de “lolardos”) não faziam votos nem recebiam consagração formal, mas dedicavam sua vida a ensinar o Evangelho ao povo. Estes pregadores itinerantes espalharam os ensinos de Wycliffe pelo interior da Inglaterra, agrupados dois a dois, de pés descalços, usando longas túnicas e carregando cajados nas mãos.

Em meados de 1381 uma insurreição social amedrontou os grandes proprietários ingleses e o rei Ricardo II foi levado a crer que os lolardos haviam contribuído com ela. Ele ordenou à Universidade de Oxford (que havia sido reduto de líderes insurretos) que expulsasse Wyclif e seus seguidores, apesar destes não haverem apoiado qualquer movimento rebelde. O rei proibiu a citação dos ensinos de Wycliffe em sermões e mesmo em discussões acadêmicas, sob pena de prisão para os infratores.

O Legado

Wycliffe então se retirou para sua casa em Lutterworth, onde reuniu sábios que o auxiliaram na tarefa de traduzir a Bíblia do latim para o inglês. Enquanto assistia à missa em Lutterworth, no dia 28 de dezembro de 1384, foi acometido por um ataque de apoplexia, falecendo 3 dias depois, no último dia do ano.

A influência dos escritos de Wyclif foi muito grande em outros movimentos reformistas, em particular sobre o da Boêmia, liderado por Jan Huss e Jerônimo de Praga. Para frear tais movimentos, a Igreja convocou o Concílio de Constança (1414 – 1418). Um decreto deste Concílio (expedido em 4 de maio de 1415) declarou Wycliffe como herético, recomendou que todos os seus escritos fossem queimados e ordenou que seus restos mortais fossem exumados e queimados, o que foi cumprido 12 anos mais tarde pelo Papa Martinho V. Suas cinzas foram jogadas no rio Swift, que banha Lutterworth.

John Harper

Pr. John Harper - O último herói do Titanic

Enquanto as águas escuras e geladas do Atlântico enchiam lentamente o convés do Titanic, John Harper gritava: "Deixem as mulheres, crianças e descrentes subirem nos barcos salva-vidas." Harper tirou seu salva-vidas - a última esperança de sobrevivência - e o entregou a outro homem. Depois que o navio desapareceu sob a água escura, deixando Harper se debatendo nas águas geladas, ouviram-no incentivando os que estavam à sua volta a confiar em Jesus Cristo.

Era a noite de 14 de abril de 1912. uma noite de heróis, e John Harper foi um deles. Apesar das águas que o tragavam serem extremamente frias e do mar à sua volta estar escuro, John Harper deixou este mundo numa resplandecente glória.

A Parte Mais Difícil do Seu Heroísmo

Nunca é fácil assumir tais ações heróicas, e para John Harper foi excepcionalmente difícil. Sua filha pequena, Nana, estava viajando com ele. Quatro anos antes, a mãe dela adoeceu e morreu. Agora, Harper sabia, Nana ficaria órfã aos seis anos de idade.

Quando o alarme indicou o fim do Titanic, Harper imediatamente entregou Nana a um capitão do convés com ordens para colocá-la num barco salva-vidas. Então ele saiu para socorrer os outros. Nana foi resgatada e mandada de volta à Escócia, onde cresceu, casou-se com um pastor, e dedicou toda a sua vida ao Senhor a quem seu pai tinha servido.

Certa vez, depois de Harper escapar por pouco de se afogar aos 26 anos, ele disse: "O medo da morte não me preocupou em momento algum. Eu acreditava que a morte súbita seria glória súbita, mas havia uma menininha sem mãe em Glasgow". Agora, essa menininha ficaria sem mãe e sem pai. Com certeza essa foi a parte mais difícil para Harper.

O Herói em Contraste

O heroísmo altruísta desse escocês é acentuado pela conduta contrastante de muitos colegas passageiros nessa viagem mortal. Enquanto Harper entregava seu colete salva-vidas, um banqueiro americano conseguiu colocar um cachorro de estimação num barco salva-vidas, deixando 1.522 pessoas sem ajuda. Não havia um espírito de "afundar com o navio". Dos 712 salvos, 189 eram, inclusive, homens da tripulação. O coronel John Jacob Astor tentou escapar com sua mulher num barco salva-vidas e foi detido pelo segundo-oficial Charles Lightoller. Astor era o homem mais rico do mundo, mas isso foi insuficiente para forçar a sua entrada num simples barquinho salva-vidas. Daniel Buckley se disfarçou de mulher na tentativa de conseguir um lugar no barco. Os passageiros da primeira classe, no primeiro barco salva-vidas a ser baixado, se recusaram a voltar e recolher pessoas que estavam se afogando, apesar de haver espaço para muitos outros serem salvos. A Sra. Rosa Abbott, a única mulher a afundar com o navio e sobreviver, disse que um homem tentou subir nas suas costas forçando-a para baixo da água e quase afogando-a.

O Sr. Bruce Ismay, um dos donos do Titanic, diretor administrativo da Companhia White Star e o responsável por não haver barcos salva-vidas [suficientes] a bordo, tornou-se o marinheiro mais infame desde o Capitão Bligh. Ele subiu num barco salva-vidas enquanto centenas de mulheres permaneceram no navio condenado. O Capitão Smith ordenou a seus homens: "Façam o melhor que puderem para as mulheres e crianças, e cada um cuide de si". Ao mesmo tempo, John Harper mandava os homens fazerem o que podiam para as mulheres e crianças e cuidarem dos outros.

O Último Convertido de John Harper

Duas horas e quarenta minutos depois do Titanic colidir com o iceberg, ele afundou nas águas geladas. Centenas se ajuntaram em barcos e botes salva-vidas, e outros se agarraram a pedaços de madeira esperando sobreviver até que chegasse socorro. Durante cinqüenta minutos horríveis os gritos de socorro encheram a noite. Eva Hart disse: "O som das pessoas se afogando é algo que năo posso descrever para você. E ninguém mais pode. É um som horrível. E há um silêncio terrível que o segue". O sobrevivente coronel Archibald Gracie chamou isso de "a cena mais lastimável e horrível de todas. Os gritos comoventes dos que estavam à nossa volta ainda soam nos meus ouvidos, e eu me lembrarei deles para o resto da minha vida".

Durante aqueles 50 minutos, um homem agarrado a uma tábua chegou perto de John Harper. Harper, que estava se debatendo na água, gritou: "Você é salvo?" A resposta foi: "Năo". Harper gritou as palavras da Biblia:

"Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo". Antes de responder, o homem sumiu na escuridăo.

Mais tarde, a correnteza os aproximou novamente. Mais uma vez Harper, que estava morrendo, gritou a pergunta: "Você é salvo?" Mais uma vez ele recebeu a resposta: "Năo". Harper repetiu as palavras de Atos 16.31: "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo".Harper, que estava se afogando, soltou, entăo, as măos do objeto em que se segurava na água gelada e desceu para seu túmulo no oceano. O homem que ele tentou evangelizar confiou em Jesus Cristo. Mais tarde ele foi socorrido pelos barcos salva-vidas do navio S.S. Carpathia. Em Hamilton, Ontario, este sobrevivente testemunhou que foi o "último convertido" de John Harper.O último convertido de Harper foi alcançado pelas últimas palavras de Harper: "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo".Houve muitos heróis no Titanic, mas ajudando os outros enquanto se afogava, John Harper foi o último.

Charles Haddon Spurgeon

Houve época em que o simples fato de optar pela religião evangélica equivalia a colocar a cabeça a prêmio. No século 15, Carlos V, o imperador espanhol, queimou milhares de evangélicos em praça pública. Seu filho, Filipe II, vangloriava-se de ter eliminado dos países baixos da Europa cerca de 18 mil "hereges protestantes". Para fugir da perseguição implacável, outros milhares de cristãos foram para a Inglaterra. Dentre eles, estava a família de Charles Haddon Spurgeon (1834-1892), o homem que se tornaria um dos maiores pregadores de todo o Reino Unido. Charles obteve tão bom resultado em seu ministério evangelístico que, além de influenciar gerações de pastores e missionários com seus sermões e livros, até hoje é chamado de Príncipe dos pregadores.

O maior dos pecadores - Spurgeon era filho e neto de pastores que haviam fugido da perseguição. No entanto, somente aos 15 anos, ocorreu seu verdadeiro encontro com Jesus. Segundo os livros que contam a história de sua vida, Spurgeon orou, durante seis meses, para que, "se houvesse um Deus", Este pudesse falar-lhe ao coração, uma vez que se sentia o maior dos pecadores. Spurgeon visitou diversas igrejas sem, contudo, tomar uma decisão por Cristo.

Certa noite, porém, uma tempestade de neve impediu que o pastor de uma igreja local pudesse assumir o púlpito. Um dos membros da congregação - um humilde sapateiro - tomou a palavra e pregou de maneira bem simples uma mensagem com base em Isaías 45.22a: "Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra". Desprovido de qualquer experiência, o pregador repetiu o versículo várias vezes antes de direcionar o apelo final. Spurgeon não conteve as lágrimas, tamanho o impacto causado pela Palavra de Deus.

Início de uma nova caminhada - Após a conversão, Spurgeon começou a distribuir folhetos nas ruas e a ensinar a Bíblia na escola dominical para crianças em Newmarkete Cambridge. Embora fosse jovem, Spurgeon tinha rara habilidade no manejo da Palavra e demonstrava possuir algumas características fundamentais para um pregador do Evangelho. Suas pregações eram tão eletrizantes e intensas que, dois anos depois de seu primeiro sermão, Spurgeon, então aos 20 anos, foi convidado a assumir o púlpito da Igreja Batista de Park Street Chapel, em Londres, antes pastoreada pelo teólogo John Gill. O desafio, entretanto, era imenso. Afinal, que chance de sucesso teria um menino criado no campo (Anteriormente, Spurgeon pastoreava uma pequena igreja em Waterbeach, distante da capital inglesa), diante do púlpito de uma igreja enorme que agonizava?

Localizada em uma área metropolitana, Park Street Chapel havia sido uma das maiores igrejas da Inglaterra. No entanto, naquele momento, o edifício, com 1.200 lugares, contava com uma platéia de pouco mais de cem pessoas. A última metade do século 19 foi um período muito difícil para as igrejas inglesas. Londres fora industrializada rapidamente, e as pessoas trabalhavam durante muitas horas. Não havia tempo para as pessoas se dedicarem ao Senhor. No entanto, Spurgeon aceitou sem temor aquele desafio.

Tamanha audiência - O sermão inaugural de Spurgeon, naquela enorme igreja, ocorreu em 18 de dezembro de 1853. Havia ali um grupo de fiéis que nunca cessou de rogar a Deus por um glorioso avivamento. No início, eu pregava somente a um punhado de ouvintes. Contudo, não me esqueço da insistência das suas orações. As vezes, parecia que eles rogavam até verem a presença de Jesus ali para abençoá-los. Assim desceu a bênção, a casa começou a se encher de ouvintes e foram salvas dezenas de almas, lembrou Spurgeon alguns anos depois.

Nos anos que se seguiram, o templo, antes vazio, não suportava a audiência, que chegou a dez mil pessoas, somada a assistência de todos os cultos da semana. O número de pessoas era tão grande que as ruas próximas à igreja se tomaram intransitáveis. Logo, as instalações do templo ficaram inadequadas, e, por isso, foi construído o grande Tabernáculo Metropolitano, com capacidade para 12 mil ouvintes. Mesmo assim, de três em três meses, Spurgeon pedia às pessoas, que tivessem assistido aos cultos naquele período, que se ausentassem a fim de que outros pudessem estar no templo para conhecer a Palavra.

Muitas congregações, um seminário e um orfanato foram estabelecidos. Com o passar do tempo, Charles Spurgeon se tornou uma celebridade mundial. Recebia convites para pregar em outras cidades da Inglaterra, bem como em outros países como França, Escócia, Irlanda, País de Gales e Holanda. Spurgeon levava as Boas Novas não só para as reuniões ao ar livre, mas também aos maiores edifícios de 8 a 12 vezes por semana.

Segundo uma de suas biografias, o maior auditório em que pregou continha, exatamente, 23.654 pessoas: este imenso público lotou o Crystal Palace, de Londres, no dia 7 de outubro de 1857, para ouvi-lo pregar por mais de duas horas.

Sucesso - Mais de cem anos depois de sua morte, muitos teólogos ainda tentam descobrir como Spurgeon obtinha tamanho sucesso. Uns o atribuem às suas ilustrações notáveis, a habilidade que possuía para surpreender a platéia e à forma com que encarava o sofrimento das pessoas. Entretanto, para o famoso teólogo americano Ernest W. Toucinho, autor de uma biografia sobre Spurgeon, os fatores que atraíam as multidões eram estritamente espirituais: O poder do Espírito Santo, a pregação da doutrina sã, uma experiência de religioso de primeira-mão, paixão pelas almas, devoção para a Bíblia e oração a Cristo, muita oração. Além disso, vale lembrar que todas as biografias, mesmo as mais conservadoras, narram as curas milagrosas feitas por Jesus nos cultos dirigidos pelo pregador inglês.

As pessoas que ouviam Spurgeon, naquela época, faziam considerações sobre ele que deixariam qualquer evangélico orgulhoso. O jornal The Times publicou, certa ocasião, a respeito do pastor inglês: Ele pôs velha verdade em vestido novo. Já o Daily Telegraph declarou que os segredos de Spurgeon eram o zelo, a seriedade e a coragem. Para o Daily Chronicle, Charles Spurgeon era indiferente à popularidade; um gênio, por comandar com maestria, uma audiência. O Pictorial World registrou o amor de Spurgeon pelas pessoas.

Importância - O amor de Spurgeon tinha raízes. Casou-se em 20 de setembro de 1856 com Susannah Thompson e teve dois filhos, os gêmeos não-idênticos Thomas e Charles. Fazíamos cultos domésticos sempre; quer hospedados em um rancho nas serras, quer em um suntuoso quarto de hotel na cidade. E a bendita presença do Espírito Santo, que muitos crentes dizem ser impossível alcançar, era para nós a atmosfera natural. Vivíamos e respirávamos nEle, relatou, certa vez, Susannah.

A importância de Charles Haddon Spurgeon como pregador só encontra parâmetros em seus trabalhos impressos. Spurgeon escreveu 135 livros durante 27 anos (1865-1892) e editou uma revista mensal denominada A Espada e a Espátula. Seus vários comentários bíblicos ainda são muito lidos, dentre eles: O Tesouro de Davi (sobre o livro de Salmos), Manhã e Noite (devocional) e Mateus - O Evangelho do Reino. Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas. Na ocasião em que ele morreu - 11 de fevereiro de 1892 -, seis mil pessoas leram diante de seu caixão o texto de Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra.

Veneno do mundo - União Soviética - 1977

"O professor ateu sorriu para a foto de Lênin, que estava pendurada acima do quadro-negro, e depois caminhou para perto de uma bacia de água que estava sobre a mesa diante dos alunos. Ele pegou uma sacola contendo um pó e, à medida que o derramava na bacia, a água se tornava vermelha. "Esse é o milagre", ele começou a ensinar. "Jesus escondeu em sua mão um pó com esse e, assim, fingiu ter transformado a água em vinho por milagre. Mas eu posso fazer até melhor que Jesus, eu posso transformar o vinho em água denovo."

Ele pegou outra sacola com o pó e pôs na água vermelha. Ela imediatamente ficou clara. Pôs o primeiro pó novamente, e a água voltou a ficar vermelha. Equanto todos estavam admirados, um dos estudantes balançava a cabeça não concordando com o que via.

Finalmente, ele desafiou o professor:

- Você nos surpreendeu a todos, camarada professor. Agora, só lhe peço mais uma coisa: por favor, beba o seu vinho!

O professor estremeceu e disse:

- Isso eu não posso fazer, pois o pó é venenoso.

O estudante cristão respondeu:

- Aqui está toda a diferença entre você e Jesus: o Filho de Deus, com seu vinho, só nos tem dado alegria, enquanto você, com seu falso vinho, nos envenena a todos.

O professor, irado e envergonhado, agarrou o jovem cristão e o lançou na prisão. Mas a notícia desse incidente se espalhou por muitas universidades e escolas e fortaleceu a fé de muitos."

Extraído: BARRETO, Lúcio Júnior. Loucos Por Jesus: cristãos que marcaram o mundo. Volume 2. Belo Horizonte, Independente, 2006.

A história de Mary Jones

Levar a bíblia a todos os povos, em uma língua que possam entender e a um preço que possam pagar - teria sido inspirado na humildade, determinaçao e coragem de Mary Jones.

A admirável determinaçao de uma menina galesa em conseguir um exemplar da Bíblia inspirou a fundaçao da primeira Sociedade Bíblica. Conta-se que a Sociedades Bíblicas, entidades dedicadas à produçao e distribuiçao do Livro Sagrado, em atividades no mundo todo, tiveram sua origem na bela história de uma menina. O lema das Sociedades Bíblicas - levar a bíblia a todos os povos, em uma língua que possam entender e a um preço que possam pagar - teria sido inspirado na humildade, determinaçao e coragem de Mary Jones, que viveu no Pais de Gales (Gra-Bretanha), durante o século XVIII. Em 1792, aos 8 anos de idade, Mary Jones começou a acalentar um sonho: ter a sua própria Bíblia. Ela queria poder ler, em sua casa, aquelas histórias tao bonitas que costumava ouvir na igreja. Esse desejo, no entanto, parecia impossível de ser realizado. Mary, que morava em uma pequena vila chamada Alan, ainda nao sabia ler - e, infelizmente, nao havia escolas nas redondezas. Além disso, naquele tempo, as Bíblias - assim como os demais livros - eram muito raras e caras. Só poucos privilegiados podiam ter um exemplar das Escrituras Sagradas. E este nao era o caso da menina, cuja família era muito pobre. Mesmo assim, Mary Jones fez uma promessa a si mesma: um dia, ele teria a sua própria Bíblia.

O Primeiro Passo

Ao completar 10 anos, a menina viu surgir uma oportunidade de aprender a ler. Seu pai foi vender tecidos numa vila próxima, chamada Aber, e soube que ali seria aberta uma escola primária. Tempos depois, quando a escola começou a funcionar, Mary foi uma das primeiras crianças a se matricular. Muito motivada, ela logo se tornou uma das primeiras alunas de sua classe. Em pouco tempo, aprendeu a ler.

Enquanto isso, a menina continuava firme em seu propósito de conseguir a sua Bíblia. Agora que já sabia ler, a grande dificuldade era conseguir a quantia necessária para comprá-la. Para isso, fazia pequenos trabalhos, com os quais ganhava alguns trocados. Pegava lenha na mata para pessoas idosas e cuidava de crianças. Depois, com a intençao de ganhar um pouco mais, a menina comprou algumas galinhas e passou a vender ovos.

Passado o primeiro ano de economias, Mary abriu o cofre para conferir quanto havia guardado. Mas chegou a uma triste conclusao: havia conseguido economizar apenas uma pequena parte do que precisava para comprar a sua Bíblia. Durante o segundo ano em que estava juntando dinheiro, Mary aprendeu a costurar. Com isso, conseguiu guardar um valor maior - embora nao o suficiente, ainda para concretizar o seu sonho.

Mais um ano

Entao, no correr do terceiro ano, Mary teve de enfrentar uma acontecimento imprevisto - seu pai, ficou doente e deixou de trabalhar. Por isso, ele teve que dar tudo o que havia economizado durante aquele ano para sua família. E, desta vez, Mary nao pode colocar nada no cofre. Mas continuou trabalhando e, no final do quarto ano, conseguiu completar a quantia de que precisava para comprar a Bíblia. Nessa época, Mary tinha 15 anos de idade.

Ela já podia, entao, comprar a sua tao sonhada Bíblia. Mas onde iria encontrá-la? O pastor de sua igreja lhe informou que nao era possível comprar Bíblias em Alan, nem nas vilas vizinhas. Ela só conseguiria encontrar um exemplar na cidade de Bala, que ficava a 40 quilômetros dali. Naquela cidade, morava o Rev. Thomas Charles, que costumava ter em sua casa alguns exemplares das Escrituras Sagradas, para vendê-los as pessoas da regiao.

Com esta informaçao, Mary foi para casa e pediu a seus pais que a deixassem ir a cidade de Bala. No inicio, eles nao queriam que ela fosse sozinha. Mas a mocinha insistiu tanto, que os pais acabaram concordando.

Sem sapatos

A longa viagem de Mary Jones foi feita a pé. Pensando em poupar seus sapatos da dura caminhada, a fim de poder usá-los na cidade, ela resolveu ir descalça. Depois de caminhar o dia todo, por fim, no inicio da noite, Mary chegou à casa do Rev. Thomas Charles. Ali, no entanto, mais uma dificuldade a esperava: o Rev. Thomas havia vendido todas as suas Bíblias. Ele ainda tinha alguns poucos exemplares, mas esses já estavam todos encomendados.

Ao receber essa noticia, Mary começou a chorar. Em seguida, mais calma, ela contou toda sua longa história ao Rev. Thomas Charles. Entao o pastor, comovido, dirigiu-se até um armário, retirou de lá uma das Bíblias vendidas e entregou-a à Mary.

Impressionado com a história daquela menina, o Rev. Thomas resolveu contar o que tinha ouvido aos diretores da Sociedade de Folhetos Religiosos, uma entidade Crista local. Profundamente tocados com a luta de Mary Jones para conseguir seu exemplar da Bíblia, os diretores daquela organizaçao chegaram à conclusao de que experiências como a dela nao deveriam mais se repetir. Decidiram, entao, fazer alguma coisa para tornar a palavra de Deus acessível a todos. E, depois de muito estudo e oraçao, resolveram organizar uma nova sociedade, com a finalidade de traduzir, imprimir e distribuir a Bíblia. Foi assim que, no dia 7 de dezembro de 1802, foi fundada a primeira sociedade Bíblica, que recebeu o nome de Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira.

"Quem me dera se os cristão de hoje tivessem metade do amor de Mary Jones pela a Bíblia. O mundo já teria se convertido á Jesus!" Pr. Lúcio Barreto Jr.

SBB: Sociedade Bíblica do Brasil

Thomas Hauker - Inglaterra - 1555

Um amigo de Thomas o procurou na prisão às véperas de sua execução e disse:

- Thomas, tenho que lhe pedir um favor. Preciso saber se o que todos dizem a respeito da graça de Deus é real. Amanhã, quando você for queimado na estaca, se a dor que sentir for suportável e a sua mente estiver em paz, erga as mãos sobre a cabeça. Faça isso logo antes de morrer.

Thomas, eu preciso saber.

Thomas Hauker respondeu:

- Farei o que você pediu.

Seu amigo precisava presenciar a graça de Deus operando visivelmente na vida de alguém para comprovar por si mesmo e, assim, entregar-se a Jesus.

Na manhã seguinte, Hauker foi amarrado à estaca e o fogo foi aceso. As chamas o queimaram por muito tempo, mas Hauker não se movia nem dizia nada. Sua pele ficou inteiramente tostada e seus dedos caíram. Todos os que assistiam à cena achavam que ele estava morto. De repente, por milagre, Thomas Hauker, ainda sendo consumido por fogo, ergueu as mãos sobre a cabeça bem alto e bateu palma três vezes, enquanto dava glória a Deus em voz alta. Os presentes explodiram em gritos de louvor e aplausos e o amigo de Thomas obteve a resposta que desejava.

Sabe por que muitos nãos se convertem a Jesus? Porque quando olham para os seguidores de Cristo percebem que estes reclamam da vida tanto quanto os não cristãos. Muitas vezes o que domina nosso vocabulário é o discurso de derrota e murmuração da vida, e isso só afasta as pessoas do evangelho.

De que adianta ser cristão se, no meio das chamas dos problemas da vida, praguejamos e reclamamos como se não tivéssemos fé em Deus?

Você quer ganhar vidas pra Jesus? Então use a infalível tática dos Jesus Freaks: dê glória a Deus seja qual for a situação. Assim o mundo se renderá ao Cristo que pregamos e crerá no evangelho que vivemos.

Extraído do livro: BARRETO, Lúcio Júnior. Loucos por Jesus. Volume 1.

Pecadores nas Mãos de um Deus Irado

Pecadores nas Mãos de um Deus Irado foi o sermão pregado por Jonathan Edwards em 8 de julho de 1741, em Enfield, Connecticut.

O sermão foi baseado em Deuteronômio 32.35, "...a seu tempo quando resvalar o seu pé" e proclamava a ira de Deus contra o pecado e uma petição aos ouvintes para viver uma vida santa.

Edwards não era bom orador, mas, enquanto ele pregava, houve pessoas que choravam e clamavam por arrependimento, enquanto que outros se agarravam às colunas da igrejas, como se estivessem sentindo sendo engolidos pelo inferno. Ele teve que esperar as pessoas se acalmarem para terminar o sermão. Após o sermão, Edwards fez um apelo à unidade cristã e também contribui para O Grande Despertamento (prometo falar sobre isso em breve). Na opinião de Wesley L. Duewel, este sermão contribuiu para a continuação do avivamento.

Veja algumas partes do famoso sermão do pregador:

"Não falta poder a Deus para lançar os ímpios no inferno a qualquer momento. A mão dos homens não é suficientemente forte quando Deus se levanta. O mais forte deles não tem poder para resistir-lhe, e ninguém consegue se livrar de suas mãos. Ele não só pode lançar os ímpios no inferno, como pode fazê-lo com a maior facilidade."

"Não há força que resista ao seu poder. Mesmo que as mãos se unam, e que enormes multidões de inimigos do Senhor juntem suas forças e se associem, serão todos facilmente despedaçados. São como montes de palha seca e leve diante de um furacão, ou como grande quantidade de restolho perto de chamas devoradoras. Nós achamos fácil pisar e esmagar uma lagarta que se arrasta pelo chão."

"Eles merecem ser lançados no inferno. Assim, a justiça divina não se interpõe no caminho dos ímpios; nem faz objeção pelo fato de Deus usar seu poder para destruí-los a qualquer momento. Muito pelo contrário, a justiça fala assim da árvore que produz frutos maus: "... pode cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra?" (Lc 13.7). A espada da justiça divina está o tempo todo erguida sobre suas cabeças, e somente a mão de absoluta misericórdia e a mera vontade de Deus podem detê-la."

O sermão completo pode ser achado site Monergismo.com.

George Whitefield

"Pregava para as multidões ao ar livre, porque as igrejas na Inglaterra do século 18 não o recebiam"

Em 1740, na época em que George Whitefield chegou da Inglaterra, a primeira de suas sete viagens aos Estados Unidos, o avivamento já estava a caminho. Edwards observou que “na primavera e no verão (de 1735), a cidade parecia cheia da presença de Deus e ela nunca estivera tão cheia de amor ou de alegria”.8 Embora, por volta de 1736, Edwards informasse que convertera mais trezentas pessoas, foi a pregação propagadora de fé de Whitefield que ligou, de norte a sul, todo o movimento. Naquela época, os evangelistas não tinham microfones. Whitefield não precisava de um. Afirmava-se que em Bristol, Inglaterra, ele pregara certa vez para vinte mil pessoas. Até Benjamin Franklin, que não era cristão, mas deísta, não acreditava no fato de que tantas pessoas pudessem escutar Whitefield fora da área prevista a ser ocupada pela multidão, e que fosse possível calcular a quantidade de pessoas por metro quadrado. A uma distância de quatrocentos metros do estrado do pregador, Franklin subiu em uma árvore e empoleirou-se, esperando não poder ouvir o palestrante. Contudo, quando Whitefield começou a pregar, a força de sua voz era tão potente que quase derrubou Franklin da árvore! Franklin comentou ainda que Whitefield era tão persuasivo para levantar dinheiro para seu orfanato que ele, de propósito, deixara sua bolsa (era como chamavam na época) em casa para que não fosse movido pelo apelo de Whitefield. No entanto, de acordo com Franklin, ele ficou tão comovido pelo pedido de fundos de Whitefield que correu para casa, pegou a bolsa e deu tudo que tinha! Este é um dos sinais de um avivamento! A genialidade de George Whitefield consistiu em sua capacidade de ligar todo o avivamento. Em suas viagens às colônias, ele visitou todas as treze colônias do Maine até a Geórgia. Quando juntamos os esforços de pregação de Whitefield na Inglaterra, Irlanda, Escócia, País de Gales e os Estados Unidos, chegamos ao números de mais de dezoito mil reuniões! Até sua morte aos 56 anos por causa de asma, em Newbury Port, Massachusetts, Whitefield fazia uma média de dez sermões por semana.

"Desejo, todas as vezes que subir ao púlpito, considerar essa oportunidade como a última que me é dada de pregar; e a última dada ao povo para ouvir a Palavra de Deus. Curiosamente ele, raramente, pregava sem chorar: Vós me censurais por que choro. Mas como posso conter-me, quando não chorais por vós mesmos, apesar das vossas almas mortais estarem à beira da destruição? Não sabeis se estais ouvindo o último sermão, ou não, ou se jamais tereis outra oportunidade de chegar a Cristo." George Whitefield

João Ferreira de Almeida

"Conhecido pela autoria de uma das mais lidas traduções da Bíblia em português, ele teve uma vida movimentada e morreu sem terminar a tarefa que abraçou ainda muito jovem."

Entre a grande maioria dos evangélicos do Brasil, o nome de João Ferreira de Almeida está intimamente ligado às Escrituras Sagradas. Afinal, é ele o autor (ainda que não o único) da tradução da Bíblia mais usada e apreciada pelos protestantes brasileiros. Disponível aqui em duas versões publicadas pela Sociedade Bíblica do Brasil - a Edição Revista e Corrigida e a Edição Revista e Atualizada - a tradução de Almeida é a preferida de mais de 60% dos leitores evangélicos das Escrituras no País, segundo pesquisa promovida por A Bíblia no Brasil (ver número 158).

Se a obra é largamente conhecida, o mesmo não se pode dizer a respeito do autor. Pouco, ou quase nada, se tem falado a respeito deste português da cidade de Torres de Tavares, que morreu há 300 anos na Batávia (atual ilha de Java, Indonésia). O que se conhece hoje da vida de Almeida está registrado na "Dedicatória" de um de seus livros e nas atas dos presbitérios de Igrejas Reformadas (Presbiterianas) do Sudeste da Ásia, para as quais trabalhou como pastor, missionário e tradutor, durante a segunda metade do século XVII.

De acordo com esses registros, em 1642, aos 14 anos, João Ferreira de Almeida teria deixado Portugal para viver em Málaca (Malásia). Ele havia ingressado no protestantismo, vindo do catolicismo, e transferia-se com o objetivo de trabalhar na Igreja Reformada Holandesa local.

Perseguido pela Inquisição, ameaçado por um elefante

O tradutor permaneceu em Málaca até 1651, quando se transferiu para o Presbitério da Batávia, na cidade de Djacarta. Lá, foi aceito mais uma vez como capelão, começou a estudar teologia e, durante os três anos seguintes, trabalhou na revisão da tradução das partes do Novo Testamento feita anteriormente. Depois de passar por um exame preparatório e de ter sido aceito como candidato ao pastorado, Almeida acumulou novas tarefas: dava aulas de português a pastores, traduzia livros e ensinava catecismo a professores de escolas primárias. Em 1656, ordenado pastor, foi indicado para o Presbitério do Ceilão, para onde seguiu com um colega, chamado Baldaeus.

Ao que tudo indica, esse foi o período mais agitado da vida do tradutor. Durante o pastorado em Galle (Sul do Ceilão), Almeida assumiu uma posição tão forte contra o que ele chamava de "superstições papistas", que o governo local resolveu apresentar uma queixa a seu respeito ao governo de Batávia (provavelmente por volta de 1657). Entre 1658 e 1661, época em que foi pastor em Colombo, ele voltou a enfrentar problemas com o governo, o qual tentou, sem sucesso, impedi-lo de pregar em português. O motivo dessa medida não é conhecido, mas supõe-se que estivesse novamente relacionado com as idéias fortemente anti-católicas do tradutor.

A passagem de Almeida por Tuticorin (Sul da Índia), onde foi pastor por cerca de um ano, também parece não ter sido das mais tranqüilas. Tribos da região negaram-se a ser batizadas ou ter seus casamentos abençoados por ele. De acordo com seu amigo Baldaeus, o fato aconteceu porque a Inquisição havia ordenado que um retrato de Almeida fosse queimado numa praça pública em Goa.

Foi também durante a estada no Ceilão que, provavelmente, o tradutor conheceu sua mulher e casou-se. Vinda do catolicismo romano para o protestantismo, como ele, chamava-se Lucretia Valcoa de Lemmes (ou Lucrecia de Lamos). Um acontecimento curioso marcou o começo de vida do casal: numa viagem através do Ceilão, Almeida e Dona Lucretia foram atacados por um elefante e escaparam por pouco da morte. Mais tarde, a família completou-se, com o nascimento de um menino e de uma menina.

Exemplares destruídos

Escolhidos os revisores, o trabalho começou e foi sendo desenvolvido vagarosamente. Quatro anos depois, irritado com a demora, Almeida resolveu não esperar mais - mandou o manuscrito para a Holanda por conta própria, para ser impresso lá. Mas o presbitério conseguiu parar o processo, e a impressão foi interrompida. Passados alguns meses, depois de algumas discussões e brigas, quando o tradutor parecia estar quase desistindo de apressar a publicação de seu texto, cartas vindas da Holanda trouxeram a notícia de que o manuscrito havia sido revisado e estava sendo impresso naquele país.

Em 1681, a primeira edição do Novo Testamento de Almeida finalmente saiu da gráfica. Um ano depois, ela chegou à Batávia, mas apresentava erros de tradução e revisão. O fato foi comunicado às autoridades da Holanda e todos os exemplares que ainda não haviam saído de lá foram destruídos, por ordem da Companhia das Índias Orientais. As autoridades Holandesas determinaram que se fizesse o mesmo com os volumes que já estavam na Batávia. Pediram também que se começasse, o mais rápido possível, uma nova e cuidadosa revisão do texto.

Apesar das ordens recebidas da Holanda, nem todos os exemplares recebidos na Batávia foram destruídos. Alguns deles foram corrigidos à mão e enviados às congregações da região (um desses volumes pode ser visto hoje no Museu Britânico, em Londres). O trabalho de revisão e correção do Novo Testamento foi iniciado e demorou dez longos anos para ser terminado. Somente após a morte de Almeida, em 1693, é que essa segunda versão foi impressa, na própria Batávia, e distribuída.

ÚLRICO ZWÍNGLIO (1484-1531)

Paralela à reforma de Lutero, surgiu na Suíça um reformador chamado Úlrico Zwínglio. Era mais novo do que Lutero apenas 50 dias, mas tinha formação e idéias diferentes do reformador alemão.

Úlrico Zwínglio nasceu na Suíça, no dia 1º de janeiro de 1484. Seu pai era magistrado provincial. Sua família tinha uma boa posição social e financeira, o que lhe permitiu estudar em importantes escolas daquela época. Estudou na Universidade de Viena, de Basiléia e de Berna. Graduou-se Bacharel em Artes, em 1504, e Mestre dois anos depois.

Em 1506 Zwínglio tornou-se padre, embora o seu interesse pela religião fosse mais intelectual do que espiritual. Em 1520 Zwínglio passou por uma profunda experiência espiritual, causada pela morte de um irmão querido. Dois anos depois iniciou um trabalho de pregação do evangelho, baseando-se tão somente na Escritura Sagrada. O Papa Adriano VI proibiu-o de pregar. Poucos meses depois, o governo de Zurique, na Suíça, resolveu apoiar Zwínglio e ordenou que ele continuasse pregando.

Em 1525 Zwínglio casou-se com uma viúva chamada Ana Reinhard. Nesse mesmo ano Zurique tornou-se, oficialmente, protestante. Outros cantões (estados) suíços também aderiram ao protestantismo. As divergências entre estes cantões e os que permaneceram fiéis a Roma iam-se aprofundando.

Em 1531 estourou a guerra entre os cantões católicos e os protestantes, liderados por Zurique. Zwínglio, homem de gênio forte, também foi para o campo de batalha, onde morreu no dia 11 de outubro de 1531.

Zwínglio morreu, mas o movimento iniciado por ele não morreu. Outros líderes deram continuidade ao seu trabalho. Suas idéias foram reestudadas e aperfeiçoadas. As igrejas que surgiram como resultado do movimento iniciado por Zwínglio são chamadas de igrejas reformadas em alguns países, e igrejas presbiterianas em outros. Dentre os líderes que levaram avante o movimento iniciado por Zwínglio destacam-se Guilherme Farel e João Calvino.

Estêvão - Jerusalém 34 d.C.

A morte de Estêvão foi tão importante para o cristianismo que o Espírito Santo fez questão de registrá-la na Bíblia, com todos os detalhes.

Diante de todos os líderes políticos e religiosos da nação, aquele jovem diácono falou com imensa intrepidez sobre como Deus conduziu o povo de Israel, desde Abraão até aqueles dias. Sua ousadia causava inquietação a todos que o ouviam. À medida que falava, a multidão dos líderes judeus ficava ainda mais agitada. De repente, o jovem cristão afirmou:

"Povo rebelde, obstinado de coração e ouvidos! Vocês são iguais aos seus antepassados: sempre resistem ao Espírito Santo! Qual dos profetas os seus antepassados não perseguiram? Eles mataram aqueles que prediziam - vocês, que receberam a Lei por intermédio de anjos, mas não lhe obedeceram."

A fúria e ódio tomaram conta dos ouvintes, de forma que começaram a ranger os dentes como se fossem cachorros prontos para a rinha. Todavia, Estêvao fez pouco caso da ira de seus acusadores e, com os olhos fitos no alto, disse: "Vejo os céus abertos e o Filho do Homem em pé, à direita de Deus".

Ao ouvir isso, todos taparam os ouvidos, gritaram e, juntos, deixaram seus lugares e se lançaram sobre o moço, arrastando-o para fora da cidade. Tiraram o manto com o qual se cobria e colocaram aos pés de outro jovem chamado Saulo, que ficou assistindo, admirado, observando os líderes da nação e seus seguidores atirarem pedras contra Estêvão.

Ainda de pé, Estêvão disse: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito". A chuva de pedras aumentou. Ele caiu de joelhos, clamando: "Senhor, não os considere culpados deste pecado", e morreu.

Enquanto os homens pegavam de colta seu manto e iam embora, Saulo se viu sozinho, olhando para o corpo inerte do jovem pregador. Saulo fora a Jerusalém para ajudar a silenciar os seguidores de Jesus, cujo número crescia cada vez mais. Apesar do ódio que sentia pelos fanáticos seguidores do Nazareno, as palavras daquele jovem cristão ecoaram-lhe na mente. Ele não conseguia entender como alguém estaria disposto a morrer por aquela seita mentirosa.

A Bíblia sempre retrata Jesus assentado à direita de Deus. Mas há somente uma ocasião em que vemos o Senhor em pé ao lado do Pai. Isso se deu na morte de Estêvão. O próprio Cristo se põe de pé para receber nas mansões celestiais aqueles que se recusam negá-lo nesta Terra. Só Jesus Freaks têm esse privilégio.

Doutrina de John Wesley

-Wesley ensinava que a conversão a Jesus é comprovada pela prática (testemunho), e não pelas emoções do momento.

-Valorização dos pregadores leigos que participavam lado a lado com os clérigos da Missão de evangelização, assistência e capacitação de outras pessoas.

-Afirma que o centro da vida cristã está na relação pessoal com Jesus Cristo. É Jesus quem nos salva, nos perdoa, nos transforma e nos oferece a vida abundante de comunhão com Deus.

-Valoriza e recupera em sua prática a ênfase na ação e na doutrina do Espírito Santo como poder vital para a Igreja.

-Reconhece a necessidade de se viver o Evangelho comunitariamente. John Wesley afirmou que "tornar o Evangelho em religião solitária é, na verdade, destruí-lo".

-Preocupa-se com o ser humano total. Não é só com o bem-estar espiritual, mas também com o bem-estar físico, emocional, material. Por isso devemos cuidar do nosso próximo integralmente, principalmente dos necessitados e marginalizados sociais.

-Podemos afirmar que o bem-estar espiritual é o resultado da paz de Cristo que alcança todas as áreas da vida do cristão. É o resultado do bem-estar físico, emocional, econômico, familiar, comunitário. Tudo está nas mãos de Deus, nEle confiamos e Ele é fiel em cuidar de nós. Sua salvação alcança-nos integralmente.

-Enfatiza a paixão pela evangelização. Desejamos e devemos trabalhar com paixão, perseverança e alegria para que o amor e a misericórdia de Deus alcancem homens e mulheres em todos os lugares e épocas.

-Aceita as doutrinas fundamentais da fé cristã, conforme enunciadas no Credo Apostólico (Cremos na Bíblia, em Deus, em Jesus Cristo, no Espírito Santo, no ser humano, no perdão dos pecados, na vitória por meio da vida disciplinada, na centralização do amor, na segurança e na perfeição cristã, na Igreja, no Reino de Deus, na vida eterna, na segunda vinda de Jesus, na graça de Deus para todos, na possibilidade da queda da graça divina, na oração intercessória, nas missões mundiais. Cremos profundamente no AMOR. Amor de Deus em nossa vida, amor dos irmãos.) , enfatizando o equilíbrio entre os atos de piedade (atos devocionais) e os atos de misericórdia (a prática de amor ao próximo).

Inácio de Antioquia: o portador de Deus

"Por volta do ano 107, por motivos desconhecidos, o ancião bispo de Antioquia, Inácio, foi acusado ante as autoridades e condenado a morrer por ter negado a adorar os deuses do Império. A caminho do martírio, Inácio escreveu sete cartas que constituem um dos mais valiosos documentos do cristianismo antigo.

Inácio nasceu provavelmente por volta do ano 30 ou 35, e por tanto, já era ancião quando selou sua vida com o martírio. Em suas cartas, ele mesmo nos diz repetidamente que leva o apelido de "Portador de Deus", o qual é índice do respeito que gozava na comunidade cristã.

De algum modo, Inácio havia recebido notícias de que alguns cristãos de Roma planejavam fazer gestões para livrá-lo da morte. Mas Inácio não vê tal projeto com bons olhos. Ele já estava pronto para selar seu testemunho com seu sangue, e qualquer gestão que os romanos pudessem fazer seria, para ele, um empecilho. Por essa razão o bispo ancião escreve aos seus irmãos de Roma: 'Temo vossa bondade, que pode me causar dano. Pois vós podeis fazer com facilidade o que projetais; mas se vós não prestardes atenção ao que vos peço, ser-me-á, muito difícil alcançar a Deus.' Romanos 1.2

O propósito de Inácio, como ele mesmo diz, é ser imitador da paixão de seu Deus, isto é, de Jesus Cristo. Assim via a sua morte aquele atleta do Senhor, que marchava com alegria em direção às presas dos leões." GONZALEZ, Justo L. A era dos Mártires. 3. ed. São Paulo: Vida Nova, 1991.

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Que Deus coloque nos nossos corações o sentido de viver o verdadeiro cristianismo, onde que o "viver é Cristo, e o morrer é lucro". Que nós deixemos de ser espectadores da história e passemos a protagonistas dela, segundo Cristo nos ensinou a viver, ou morrer!

"Sou trigo de Deus, e os dentes das feras hão de me moer, para que possa ser oferecido como pão limpo de Cristo."

Inácio de Antioquia

POSTADO POR HIPOLITO CESAR