Impactos de bivalves invasores: revisão sistemática e resposta funcional comparada entre presas nativas e não-nativas e suas interações
Juliani Giselli Prestes, Raul Rennó Braga
& Jean Ricardo Simões Vitule
Compreender a forma como as espécies se distribuem pelo planeta é um objetivo central da ecologia. Os correlatos ambientais e os fatores intrínsecos que determinam os limites geográficos das espécies já foram abordados inúmeras vezes, mas o uso do fator filogenético neste tipo de investigação ainda é incipiente. O desenvolvimento recente dos métodos filogenéticos comparativos e o avanço na construção de filogenias bem estruturadas permitem que grandes perguntas possam ser refeitas considerando a história evolutiva das espécies. O padrão de relação entre abundância e área de distribuição é considerado consistente entre as espécies, mas é também um exemplo de padrão que deve ser corroborado à luz dos métodos filogenéticos comparativos. Após observarmos que tanto a área de distribuição quanto a abundância das espécies são características com um sinal filogenético considerável, propomos explorar a relação entre elas utilizando como objeto de estudo espécies de mamíferos. O grupo de estudo é provavelmente o clado com maior qualidade de informação, tanto em termos de distribuição e abundância quanto em termos de relações filogenéticas. Para este trabalho, iremos utilizar dados de abundância da base de dados TetraDensity, área de distribuição calculadas a partir dos mapas de distribuição de espécies da IUCN e dados de tamanho de corpo estão sendo obtidos em múltiplas bases de dados. Um conjunto de filogenias propostas por Upham et al. (2019) permitirão a performance de análises atuais de correlação filogenética. Com os nossos resultados, pretendemos esclarecer e atualizar um importante aspecto na compreensão dos fatores que moldam a distribuição geográfica das espécies.