Efeitos metabólicos causados pelo choque térmico de alta temperatura em Psalidodon bifasciatus (Garavello & Sampaio, 2010)
Ana Paula N. Corrêa & Lucélia Donatti
O aumento da temperatura média dos ambientes aquáticos proveniente das alterações climáticas globais causa impactos e desencadeia o aumento na resposta estressora dos organismos ectotérmicos, além desses ecossistemas apresentarem baixa concentração de oxigênio dissolvido. Em peixes, o estresse desencadeia várias respostas fisiológicas buscando ajustar a homeostase. Tais respostas podem ser mensuradas através de biomarcadores que são utilizados para monitorar a qualidade dos ambientes aquáticos. Psalidodon bifasciatus é uma espécie de peixe com distribuição geográfica ampla, possui boa adaptação a diferentes habitats e é utilizada em estudos ecotoxicológicos por ser sensível as alterações físicas e químicas da água, tornando-o um bom bioindicador. Diante disto, o estudo tem como objetivo avaliar a atividade dos biomarcadores do sistema antioxidante e das enzimas do metabolismo energético de proteínas no coração, músculo e encéfalo de Psalidodon bifasciatus expostos a choque térmico de 31ºC durante períodos de 2, 6, 12, 24 e 48 horas. Os animais controle foram mantidos à 21ºC. O número de animais por experimento foi de 12 indivíduos retirados de dois aquários diferentes, caracterizando duplicata. Com isso, hipotetizamos que os indivíduos de P. bifasciatus expostos ao estresse térmico (31°C) apresentam maior atividade enzimática quando comparados com o grupo controle; e que, os órgãos de P. bifasciatus apresentam capacidades metabólicas diferentes frente ao estresse térmico (31C), sendo que encéfalo e o coração apresentam maiores alterações enzimáticas quando comparados com músculo. O experimento foi realizado no Centro de Pesquisa e Extensão em Aquicultura Ildo Zago, localizado no município de União da Vitória – PR. As amostras foram armazenadas em nitrogênio líquido e estão sendo processadas no Laboratório de Biologia Adaptativa – Departamento de Biologia Celular – UFPR. Após obtenção dos dados obtidos serão realizados os cálculos de atividade enzimática bem como, as análises estatísticas apropriadas.