(1995) Acrílico em papel
O poder da mudança positiva na nossa vida.
De inspiração biográfica, com tentativa de autorretrato contemporâneo da época, a obra permite uma leitura mais ampla.
A figura humana da direita, é resgatada da sombra pela luz do sol, em grande destaque central. Tal resgate pode ser visto desde a ação salvífica de Deus sobre o nosso pecado, como um instante de inspiração iluminada, de mudança fecunda ou qualquer outra ocorrência feliz existencial.
As impressões da mão e da folha representam respetivamente a ação humana e da natureza, ambas sujeitas às circunstâncias e ao tempo. Suas cores também podem ser elementos interpretativos, de vida, de morte, de contraste e contradição, os acontecimentos e na própria história e personalidade.
Se as flores, à esquerda, são reveladoras de primavera, a cor da folha aponta para o outono, com os significados existências que possam ter.
Essas mesmas flores, para as quais a pessoa olha tanto podem ser frutos ou causa da mudança. A pluralidade das mesmas, no número e espécie, indica a fecundidade e variedade da beleza e do bem que transformam nossos desertos em jardins. Essa é a mensagem central da obra: a influência decisiva e positiva do bem e do belo sobre as sombras da nossa existência.