2.0.INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

Os campos magnéticos do Sol e da Terra variam, distendem-se, dinamizam-se ao longo do

tempo, e, sobre a maior parte do Brasil são anômalos, esta influi nos Cinturões de Radiação de

Van Allen, que se aproximam mais da superfície. Isso ocorre devido ao fluxo reverso na região de

encontro do manto e do núcleo terrestre, que se reflete numa área da região sul do Atlântico [1].

Nesta, a intensidade magnética, gira em torno de 50% do que se esperaria para tal latitude, pois

as maiores intensidades deveriam ser nos pólos e as menores próximas ao equador (Figura 1)

Figura 1: Em azul região da AMAS, quanto mais escura a cor azul, menos intenso o

campo. (Fonte NASA-ESA)

O fenômeno foi detectado a partir de 1940, quando iniciou o mapeamento magnético da

Terra, chamado SAA (South Atlantic Anomaly), ou, Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS)

[3].

A Terra, em torno de si, tem uma “teia magnética” de proteção formada pelas linhas de

campo, sua forma, observando-se do ponto de vista da espessura, é muito parecida com uma

cebola, isto é disposta em camadas, no ponto de vista esférico é semelhante a uma “mexerica”,

disposta em gomos (figura 2).

Figura 2 Interação entre o Sol e a Terra as linhas de campo magnético da Terra estão

dispostas em “camadas e gomos”. (Fonte NASA – ESA)

Nas regiões de campo magnético de baixa intensidade, sobre o Brasil, estas se comportam

da mesma forma que “buracos”, isto é, existe uma falha de proteção contra fluxo de partículas

provindas do espaço que não são capturadas pela magnetosfera. Quando ocorrem fortes

distúrbios no Sol, com “ejeção de massa coronal” (CME – Coronal Mass Ejection Figura 2), tanto

radiação eletromagnética nos mais diversos comprimentos de onda, quanto partículas pesadas e

eletricamente carregadas atingem a magnetosfera. Estando, no momento de chegada da massa

coronal, a face da Terra onde se encontra a região da AMAS voltada para o Sol, ocorrerão os mais

diversos fenômenos, muitos, no hemisfério sul, ainda não estudados, dentre estes, os mais

facilmente percebidos são os danos em equipamentos embarcados em espaçonaves [7], [10].