2.1.4.EFEITOS GENERALIZADOS

coronal, sabe-se que aumentam as condições de ionização na alta atmosfera, assim, ocorre um

incremento de elétrons livres, conseqüentemente, na baixa atmosfera aumenta o número de

descargas elétricas, tempestades eletromagnéticas, o índice de chegada de radiação UV também

se altera significativamente, além dos Raios-X. Sabe-se, por exemplo, que sobre a Região Sul do

Brasil (E América do Sul), existe o chamado “buraco na camada de Ozônio”. Este não possibilita a

retenção de radiação UV na alta atmosfera, por conseqüência, populações são atingidas por

maior radiação, propiciando assim maior incidência de câncer de pele. Durante as tempestades

solares, radiações UV têm aumento significativo, assim, populações com a pele desprotegida

também podem sofrer maior irradiação, aumentando assim ainda mais os índices de câncer de

pele.

No Hemisfério Sul, estudos sobre os efeitos biológicos de tempestades solares, ainda não

conclusivos, estão a ser realizados por diversos pesquisadores. Importante de nota são as

pesquisas realizadas pela NASA sobre os eventos de CME em astronautas. Ocorre um fenômeno

chamado de “brilho das estrelas” quando estes fecham os olhos durante as tempestades solares,

pois enxergam pequenos flashes cuja causa ainda é desconhecida. Também aeronautas e

passageiros de aeronaves são atingidos por partículas pesadas quando de sobrevôo sobre a

região da AMAS. O efeito é semelhante a diversas “chapas de raios-X” de dentista tiradas de

corpo inteiro. Embora a quantidade de radiação ionizante não seja exageradamente maior do que

a radiação sofrida na superfície do planeta, o impacto de partículas pesadas é significativamente

maior [10].

2.1.4 Efeitos generalizados.

Conforme os estudos vão se aprofundando, cada vez mais se descobre que os efeitos que

ocorrem das grandes explosões solares atingem todos os sistemas, e não somente pontos

isolados. Assim, se torna de importância estratégica o seu estudo, o que vem sendo feito há

muitas décadas no Hemisfério Norte (Figura 7.a)

Figura 7.a:Imagem elucidativa os múltiplos efeitos da ejeção de massa coronal em todos

os sistemas. (Fonte: NASA)