A religião tanto pode ser uma força conservadora quanto inovadora da vida social. Algumas formas de crença e de prática religiosa actuaram como travão da mudança, realçando acima de tudo a necessidade de perfilhar valores e rituais conservadores.
Uma influência cultural especialmente importante, que afecta o carácter e o ritmo da mudança, é a natureza dos sistemas de comunicação. A invenção da escrita, por exemplo, influenciou a mudança social de várias maneiras. Permitiu a manutenção de registos, tornando possível um controlo crescente sobre os recursos materiais e sobre o desenvolvimento de organizações em grande escala. Alem disso, a escrita alterou a percepção que as pessoas tinham da relação entre passado, presente e futuro. As sociedades com escrita têm um registo dos acontecimentos passados e sabem que possuem uma história. A compreensão da história pode servir para desenvolver um certo sentido do movimento geral ou linha de desenvolvimento que uma sociedade tem vindo a seguir, aspecto que os indivíduos podem procurar activamente promover.
Ainda no que diz respeito aos factores culturais, devemos também referir a influência da liderança. Houve lideres com uma influência enorme na história do mundo. Basta pensar em grandes figuras religiosas (como Jesus) ou em chefes militares e políticos (como Júlio César) ou personagens inovadores em matérias de ciência e de filosofia (como Isaac Newton), para confirmar esse facto. Um chefe capaz de implementar politicas dinâmicas e capaz de gerar um séquito de seguidores ou alguém que consegue alterar radicalmente os modelos de pensamento pré-existentes, pode derrubar a ordem estabelecida.