André Galvão

Desde cedo a leitura sempre me cativou, o que despertou também o interesse pela escrita. Minhas primeiras experiências com o ato de escrever foram poemas na adolescência. Com o tempo e com o contato cada vez maior com obras literárias, essa atividade foi se tornando cada vez mais constante. Assim, aos 21 anos, publiquei meu primeiro livro de poesia, em coautoria, cujo título é Redescobrir-se: poesias de fim de século (Selo Editorial Letras da Bahia / FUNCEB, 1998).

Após muito tempo sem publicar, mas continuando a escrever, principalmente poesia, publiquei o meu primeiro livro solo de poemas, A Travessia das Eras (Editora Penalux, 2018) e em seguida publiquei Depois do sonho (Editora Penalux, 2020), também livro de poemas. Em 2021, publiquei o livro de poemas Ansiedades: relatos poéticos de incompletude, pelo Selo Editorial Starling. Participei de várias antologias literárias, publicando principalmente poemas, mas também contos.

Escrever, pra mim é uma necessidade. Ao escrever, consigo traduzir como vejo o mundo ao meu redor, além dos meus sentimentos e inquietações. É como eu consigo me libertar do que me aflige, percorrendo as múltiplas possibilidades de significação das palavras no texto. É, ao mesmo tempo, um exercício de purificação e de labor, que me traz muita paz.

A minha prática de escrita, hoje, bem diferente de quando comecei, está lastreada em duas etapas fundamentais: ideia e labor. Procuro não perder a ideia de um poema (talvez o que pra muitos seria a inspiração). Depois, é o momento de aperfeiçoar o texto, finalizá-lo. Assim construo meus textos conforme as ideias vão surgindo. E isso acontece com frequência, pois sinto que a Poesia está em tudo, não só na beleza das flores ou dos mais nobres sentimentos. A Poesia nos circunda, nos acompanha e faz parte de tudo o que nos rodeia, e ver o mundo sob sua perspectiva o torna menos árido e tenso.

Enfim, escrever representa um encontro íntimo comigo mesmo, um mergulho nas emoções, medos e reflexões mais pessoais, de onde tiro fôlego e inspiração para construir os textos que tanto me ajudam a viver. Escrever é um ato de libertação!