Espaço

Nos confins do Universo - O espaço que nossos olhos não vêem: 23/10/2008

O universo é um lugar grande, tanto que ao fixarmos nossos olhos lá no alto, nosso cérebro não consegue enquadrar os 78 bilhões de anos-luz que o separam de ponta a ponta. Para os astrônomos, que sempre vasculham o espaço em busca de novidades, esses números já não impressionam tanto.

Ao olharmos para uma noite de céu nítido podemos perceber muito mais além da beleza que o brilho dos astros nos proporciona. Estamos olhando para algo que ainda não conseguimos enxergar. O escuro do espaço, o vazio, não conseguimos ver nada. Mas ali pode existir milhares de galáxias recheadas por bilhões de estrelas com seus respectivos planetas.

A astronomia sempre utiliza números imensos para calcular o universo. Para colocar esses números em uma calculadora seria necessário utilizar uma com as mesmas proporções. É fascinante saber que essas medidas são tão grandes, pois nem sonhamos com o que possa existir no meio desse universo profundo.

Que sentido pode ter um universo tão imenso para seres tão insignificantes? O mundo da astronomia está repleto de números e de perguntas que deixam a mente de qualquer ser vivo normal em curto circuito.

Não importa que tipo de vida há no Universo, inteligente ou não, a vida pode estar em toda parte, só que ainda não conseguimos perceber. Num Universo tão grande, descobrir outras formas de vida é como encontrar uma agulha no palheiro. E as distâncias? Às vezes fico olhando uma estrela em determinado ponto do céu e outra, mais distante. São dois pontinhos luminosos lá no alto separados por milhões de anos-luz. Esse Universo é fantástico para sermos considerados a única forma de vida encontrada no meio de tantas dezenas de galáxias, de centenas de milhares de planetas e de trilhões de estrelas.

O universo é importante e os números são grandes. Como fazer para nos focalizarmos no meio do espaço, um vazio absurdamente negro e distante? Nossos olhos são pequenos demais para ter uma base. Daqui da terra o máximo que conseguimos do espaço visível são algumas estrelas sob as nossas cabeças. Mas e o que está naquele vazio onde nossas vistas não alcançam? Quem sabe a tecnologia produzida pelo homem possa nos responder em parte, o que existe por lá.

Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras. Talvez, olhando para a Galáxia do Catavento, na constelação Ursa Maior, possamos compreender e entender um pouco sobre o espaço além da nossa visão. Essa Galáxia é bem parecida com a nossa. Cada um dos pontos luminosos da imagem são estrelas, milhões delas. Algumas são maiores, outras menores que o nosso Sol. Muitas dessas estrelas possuem planetas em suas órbitas.

Com tantas Galáxias, estrelas e planetas, é muita pretensão e arrogância da nossa parte imaginar que somos os únicos habitantes desse Universo infinito. Nossa Galáxia é apenas mais uma dentro desse Universo de luzes e cores.

Quando olhamos para o vazio negro do espaço poderemos estar olhando diretamente para um local onde existem milhares de Galáxias. Não conseguimos enxergá-las, mas elas estão lá, repletas de milhões de estrelas, cintilando como as luzes de uma árvore de natal.

Al Avec

Imagem: Galáxia Catavento (captada pelo telescópio Hubble).

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