Defesa

Segurança nacional - o melhor ataque é a defesa: 06/08/2011

"Estamos acostumados com a penúria".

Em entrevista ao Canal Livre da Rede Bandeirantes de televisão nos últimos dias, o General Heleno falou a respeito dos cortes do orçamento para o exército, a má política de segurança nacional e o perigo que ronda o país pela falta de modernização e investimentos na área militar.

Os economistas anunciaram que em breve o país se tornará a quinta economia do mundo, os mais otimistas, que será a quarta.

Com imensas riquezas naturais é praticamente impossível imaginar que não sejamos alvo de cobiça internacional. Com tanta riqueza em jogo, é imprescindível que o país se preocupe com a defesa das suas fronteiras.

Para outras informações, estima-se que a maioria dos equipamentos do exército brasileiro está em desuso. Algo absurdo. Existem máquinas e armamentos do exército, como os rifles de fabricação nacional iA2, com cerca de 50 anos de uso. Apesar de ainda ser uma arma de excelentes qualidades, cobiçada por organizações criminais, é um produto desatualizado.

Uma outra ameaça perigosa constatada é a chamada guerra cibernética. O uso da tecnologia digital por meio da rede de computadores pode ser uma arma terrível para os países desfavorecidos de proteção. O resultado dessa vulnerabilidade veio a público quando um grupo de hackers invadiram as páginas do governo dias atrás.

O desafio para o hacker não é invadir um site de supermercado. Segundo o General Heleno, a ameaça digital é fato. É necessário que haja uma política de combate à chamada ameaça cibernética. No exército cerca de 20 mil tentativas de ataques ocorrem todos os meses. A maioria dessas ocorrências são frustradas.

O contingente militar brasileiro precisa de modernização com urgência. Não é algo para se providenciar hoje ou amanhã, é algo que deveria ter sido feito ontem.

O projeto de compra de caças para modernização da força aérea se arrasta por 15 anos, enquanto países vizinhos como a Venezuela se equipa com máquinas modernas de combate, principalmente as fornecidas pelos russos.

O grande entrave nessa negociação é a transferência tecnológica. Entre as 3 alternativas de aquisição dos aviões de combate, a única que se predispôs a transferir integralmente a tecnologia de fabricação foi a fornecedora francesa Dassault responsável pela fabricação dos caças Rafale. Os outros concorrentes restantes, Super Hornet e Gripen, das empresas norte americanas e suecas, respectivamente, prometeram transferir parte da tecnologia.

Transferência de tecnologia é algo a pensar, pois ninguém revela a receita secreta do bolo. E quando, raramente isto acontece, é necessário que haja alguém habilitado para executá-la. Não adianta ter uma arma na mão sem saber atirar.

O General Heleno defende a ideia de que um país para ser uma potência militar precisa investir em seus próprios conhecimentos e gabaritar engenheiros. Todas as outras nações com potencial militar investiram maciçamente em pesquisas para alcançarem o posto que ocupam hoje no mundo.

Ainda há o interesse do Brasil em fazer parte do Conselho de Segurança das Nações. Para que isto ocorra não há outra alternativa a não ser atualizar as forças militares. Do contrário quem irá respeitar uma nação fragilizada militarmente?

Al Avec

Imagem: http://www.defesanet.com.br/seguranca

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