ESCOLA SECUNDÁRIA DE PALMELA
PROJECTO DE SUBSTITUICAO
METODOLOGIA DE PROJECTO
A necessidade de substituição integral das antigas instalações desta escola, há muito que se fazia sentir devido ao elevado estado de degradação a que tinham chegado os seus antigos pavilhões pré-fabricados construídos em meados dos anos 70.
Esta escola, antes da presente intervenção era constituída por pavilhões de prefabricação pesada que ocupavam quase integramente o terreno escolar que era urgente a sua substituição. Dado que a nova escola de substituição, por forca das circunstancias de falta de terreno livre, deveria ser implantada no mesmo espaço físico da antiga escola, houve necessidade de conceber um projecto desenvolvido em diversas fases de construção.
Foi elaborado um Plano Global, contendo a metodologia de articulação entre as sucessivas fases de construção / demolição, que deveria assegurar a integridade da intervenção. Tendo por objectivo a substituição integral desta Escola, este processo iniciou-se com a construção do edifício da Fase 1, em 1992/93, num terreno adjacente a Norte, disponibilizado pela Câmara Municipal de Palmela o que permitiu a demolição do 1º nível dos antigos blocos, de forma a libertar espaço para construção da Fase 2 em 2002. A demolição dos últimos antigos blocos iria permitir a realização da Fase 3, assim como a construção do novo Pavilhão Desportivo.
Fase 1 – Edifício de Expansão com Refeitório e Aulas, construído em terreno adjacente então disponibilizado em 1992/93.
Fase 2 – Edifício das Artes: Núcleo Central (Direcção, Serviços Administrativo, Centro de Recursos), Núcleo das Artes, (Auditório, Exposições, Salas de Professores), Núcleo de Aulas (Oficinas de Artes e Aulas) – Construído em 2000/02.
Fase 3 – Pavilhão Desportivo – Projecto não realizado.
Fase 4 – Edifício das Ciências: Núcleo de Convívios de Alunos, Bufete, Laboratórios e Aulas - Projecto não realizado.
CARACTERIZACAO DO CONJUNTO EDIFICADO
A solução de Edifício Final e uma escola concebida com um todo coerente, composta basicamente por diversos corpos relativamente autónomos na sua funcionalidade e caracterização volumétrica, interligados por outras unidades construtivas (módulos de ligação).
Optou-se por localizar os espaços mais públicos com carácter mais social, tais como o Auditório, Convívios de Alunos e Professores, Centro de Recursos, Serviços Administrativos e Refeitório, numa posição mais chegados a rua de acesso, e susceptíveis de ser abertos a comunidade exterior.
Segundo o Plano Global, a caracterização volumétrica do conjunto edificado permite destacar visualmente os diversos corpos em função do tipo de funcionalidades. Salientam-se o dois Corpos de Aulas respectivamente com o núcleo das Artes (Fase 2) e o núcleo das Ciências (Fase 3) assim como os restantes Corpos de natureza mais social, tais como o Corpo do Auditório /Exposições o Corpo do o edifício Administrativo / Centro de Recursos e Direcção e o Edifício do Pavilhão Desportivo.
O edifício da Fase 2, ficou interligado fisicamente com o edifício da Fase 1 através estreita galeria de passagem superior “em ponte”. Para articulação física com o edifício da Fase 3 está prevista a construção de uma galeria com rampas.
A solução adoptada, ajustada a topografia de forte pendente a Norte (cerca de 11%), e uma solução desnivelada, de encosta, que se desenvolve em plataformas sucessivas. O edifício escolar e assim constituído no seu conjunto por 6 níveis altimétricos (piso 1 a 6) onde e sempre possível uma ligação de nível dos diversos pisos com o terreno exterior.
Foi dado especial relevo as circulações internas deste edifício. No que diz respeito as circulações verticais esta previsto um elevador de ligarão entre o piso 3 e o piso 6. A instalação do Elevador e a realização das Galerias em rampa entre o edifício da Fase 2 e o da Fase 3, irão permitir uma boa utilização do total deste edifício por pessoas com mobilidade condicionada.
Na concepção da fachada voltada a sul do projecto da Fase 2, para controlo da iluminação natural, utilizou-se um vocabulário de Palas Sombreadores e Difusoras, conforme experiencia adquirida no anterior projecto experimental da Escola EB 2,3 de Valongo do Vouga de 1989.
O Arquitecto
Joao do Rosário Mateus
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