TRANSTORNO DO PÂNICO

Data de postagem: Oct 13, 2009 7:54:25 AM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

TRANSTORNO DO PÂNICO

EUNÁPOLIS, BA

2016

LIDIANE DA PENA SILVA

MARCELLA MARIAH RODRIGUES

TRANSTORNO DO PÂNICO

Trabalho apresentado ao curso de graduação em Enfermagem das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, como requisito para avaliação na disciplina de Saúde Mental II, orientado e Supervisionado pelo o professor Diego Leal.

EUNÁPOLIS, BA

2016

RESUMO

Vivemos em um mundo onde não priorizamos a nossa saúde mental e bem estar, colocamos sempre em primeiro lugar as nossas rotinas diárias o trabalho, a casa, a família. Porém essas rotinas acabam gerando problemas o que é normal, sempre temos problemas nas nossas vidas, mas muitas pessoas não sabem lidar com situações difíceis e acabam adoecendo por conta disso.

Sem saber que o problema não está no médico que não quer atendê-los, o problema está no enfrentamento, na forma que a pessoa lida com as diversas situações de estresse cotidiano.

1INTRODUÇÃO

A ansiedade é um transtorno antigo, que já havia descrição de relatos bem antes do século XIX, onde já existiam pessoas que relatavam sintomas como angustia caracterizados como uma patologia (Locatelli, 2010). O quadro de ansiedade muitas vezes pode ser compreendido como um estado de humor desconfortável, pois, o indivíduo passa a apresentar preocupação com o futuro, associando a esse quadro agitado, falta de paz, nervosismo e insatisfação. A ansiedade também altera a fisiologia humana, podendo desenvolver sérios agravos, alterando o bom funcionamento de órgãos vitais, dessa forma alguns sinais e sintomas podem ser observados, como a dispnéia, taquicardia, vasoconstrição ou dilatação, tensão muscular, parestesias, tremores, sudorese, tontura, náuseas, fraqueza etc. e manifestações psíquicas inquietação interna, apreensão que nos seus casos mais intenso leva a crise de pânico (Dalgalarrondo, 2000).

A síndrome do pânico é uma patologia que atinge muitas pessoas na atualidade e mesmo com sua abrangência existem pessoas que desconhecem a doença. Frente a problemática o objetivo do estudo é alertar sobre o que é a síndrome do pânico, os fatores predisponentes, os tratamentos, fazendo com que as pessoas se conscientizem e priorizem seu bem-estar.

2METODOLOGIA

Vivemos em uma sociedade doente, onde a saúde é colocada como última prioridade. Este estudo tem o intuito de mostrar a importância de se viver bem, fazendo com que as pessoas diminuam esse quadro de “agorafobia”, e procurem o bem-estar físico e psicológico, de forma que entendam mais sobre a ansiedade e a síndrome do pânico e possam prevenir/ reduzir os sintomas.

3O QUE É?

A síndrome do pânico é um distúrbio psicológico que leva as pessoas a terem várias crises de medo, angústia e terror. É causado pela ansiedade patológica, por uma soma de fatores predisponentes, podendo ser adquirida por um fator hereditário, por uma situação traumática. Geralmente acomete mais mulheres do que homens na fase adulta, podendo acometer também idosos e crianças.

O transtorno do pânico é uma situação em que os indivíduos apresentam crises intensas de ansiedade, na qual ocorre descarga no sistema nervoso autônomo, levando o paciente a sintomas de tremores, taquicardia, desconforto respiratório, suor frio, náusea e formigamento de membros e lábios, sendo que em crises intensas o paciente pode chegar ao quadro de despolarização que é quando o paciente apresenta sensação de cabeça leve, de que o corpo fica estranho, sensação de perda de controle e estranha a si mesmo (Dalgalarrondo, 2000).

O medo exagerado em situação que não oferecem risco ao paciente, junto com a ansiedade torna o quadro mais complicado, passando a ser reconhecido como patológico, provocando desconforto emocional podendo atrapalhar suas atividades diárias (MANFRO; ASBAHR, 2002). O paciente que apresenta esse transtorno pode se manifestar por várias formas como: aglomeração, medo de ter novas crises, situações traumáticas, preocupações sobre possível implicação da crise e sofrimento subjetivo significativo (Dalgalarrondo, 2000).

Para que seja realizado diagnostico de ansiedade é preciso também relacionar os riscos ou alguma ameaça real, então, há evidências dos sintomas físicos do transtorno do pânico (TAWNSEND; 2002)

Os ataques são inesperados, podem durar de 10 a 20 minutos, e tem casos que se estendem por horas o medo intenso vivenciado pelo paciente poderá influenciar nas alterações fisiológicas e metabólicas. Pessoas com síndrome do pânico tendem a ser negativas, se sentem desprotegidas, pressionadas.

Os casos de crise do pânico vêm aumentando na população nos últimos tempos e se manifestando devido à situação de limite vivida pela população. O paciente nesta situação relata o problema de forma dramática (Aquino, 2000).

Ainda para esse tão renomado autor, que afirma em definir que a ansiedade torna o estado de humor um desconforto. Para os pacientes, existe uma preocupação constante, como se algo fosse acontecer, essas sensações estão associadas a acontecimentos do dia-a-dia (Mascella, 2013).

Para Lea (2010) o transtorno do pânico é considerado como uma entidade clínica bem recente, em períodos anteriores, era chamada de neurastenia cardiocirculatório.

O transtorno ou síndrome do pânico implica a vivência inadequada de um elevado estado de excitação equivalente ao que o corpo produziria na preparação para enfrentar um perigo real ou fugir dele. Essa resposta hiper-reativa do sistema nervoso autônomo pode levar a pessoa a sentir sintomas físicos associados á reação de’ lutar ou fugir’ em situações cotidianas completamente inofensivas (SHEEHAN, 2000, p.15).

Para o autor, os ataques de pânico, ocorrem de acordo com a situação vivenciada por determinadas pessoa, muitas vezes, o medo súbito faz a pessoa reagir de forma inesperada, um inofensivo animal passa a ser a causa desse ataque de pânico.

Segundo Baker (2007), o paciente apresenta os ataques de pânico e ansiedade sem nenhum motivo aparente, a pessoa passa toda sua vida sem apresentar nenhum sinal ou sintoma, porem a qualquer hora seu organismo poderá sofre algum tipo de ameaça e passa a responde de forma súbita, provocando no individuo alterações fisiológicas capaz de muitas levarem a pessoa apensar ate mesmo que poderá morrer, em virtude dos ataques de a pânico.

É comum á presença de paciente que sofrem de síndrome do transtorno de pânico em unidades de emergência ou instituições psiquiátricas, essas pessoas estão sempre em busca de alivio para sua angústia e sofrimento, essas instituições tem grandes significadas nas vivências dos pacientes, pois é lá onde estão pessoas capacitadas, e sempre dispostas a ajudar, a solucionar seus problemas e afastar seus medos (Tawnsend, 2002).

4 TRATAMENTO

Muitos médicos, psicólogos e psiquiatras defendem a idéia da utilização de fármacos, pois acreditam que a síndrome do pânico é desencadeada por uma falha de comunicação dos neurotransmissores, que pode ser corrigida com fármacos, porém atualmente temos outros métodos que podem ser úteis além do fármaco. Um exemplo é a psicoterapia, quem tem como objetivo permitir ao paciente autoconhecimento, para que ele possa descobrir o que está acontecendo em sua vida que pode estar desencadeando essas crises e como enfrentá-los, de forma que não ocorram as crises. Temos também a terapia cognitiva e comportamental, que consiste em técnicas de relaxamento e respiração, que vai auxiliar na redução dos sintomas das crises.

Têm profissionais que escolhem a Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (é diferente do eletro choque) é um tratamento que vai atingir o cérebro por corrente elétrica induzida por pulsos magnéticos com variação rápida do campo magnético no tecido cerebral, ou seja, de forma não invasiva.

5 REFERENCIAS

AQUINO, Tereza. Transtorno do Pânico. 2000. Disponível em: http://www.cerebromente.org.br/n12/doencas/panico.htm. Acesso em: 27/05/2016.

KAPCZINSKI, Flávio; QUEVEDO, João; IZQUIEDO, Iván Antonio. Bases Biológicas dos Transtornos Psiquiátricos. 2ªed. Porto Alegre: Artmed, 2004, 503p.

BAKER, Roger. Ataques de Pânico e medo: mitos, verdades e tratamentos. Petrópolis, RIO De Janeiro: Vozes, 2007, 154p.

SHEEHAN, Elaine. Ansiedade, Fobias e Síndrome do Pânico: Esclarecendo suas Dúvidas. São Paulo: Ágora, 2000, 112p.

Mascella, Vivian. Resenha do livro Ansiedade: terapia cognitivo-comportamental para crianças e jovens. 2013. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v15n1/06.pdf. Acesso em: 27/05/2016.