DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Data de postagem: Oct 28, 2016 6:20:6 PM

DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Rosemeire Matos*

meirematos2016.1@gmail.com

Ariane Porto Leal*

leal.ariane10@gmail.com

RESUMO

A mulher no período puerperal necessita de grandes cuidados especiais direcionados á mesma, que possui alguns estágios marcantes que é: gerar, parir, e cuidar, na qual passa por várias etapas que estão ligadas uns aos outros que envolve mudanças físicas e emocionais. O sofrimento mental é considerado uma doença na qual está entre a individualidade e o exterior.Neste sentido, a angústia psíquica representa uma síndrome ou um tipo de enfermidade, encontrada entre a individualidade e a realidade de fora, constituindo a manifestação de experiência de formas distintas de sentimentos, incomodo agrupados nas situações de isolamento e exclusão. A atividade das equipes multidisciplinares é indispensável na prevenção, nessa etapa, pois pode possibilitar à nova mãe a ajuda de que precisa para conseguir enfrentar os ocasionais eventos de depressão.

PALAVRAS-CHAVE: Saúde mental, Depressão Pós-Parto, Puerpério.

INTRODUÇÃO

A depressão tem afetado 2 a 5% da população brasileira no total,se tornando dessa forma um problema que merece a atenção da saúde pública, possuindo a predominância de mulheres,que normalmente pode ser antecedida pelo período após o parto.Neste sentido, das puérperas afetadas por essa depressão, menos de 25% destas conseguem ter acesso ao tratamento, e apenas 50% dessas atingidas são diagnosticadas na clínica diária (SILVA;SOUZA;MOREIRA;GENESTRA, 2003).

A mulher no período puerperal exige grandes cuidados especiais direcionados a mesma , que possui alguns fatores marcantes que é: gerar, parir, e cuidar, na qual passa por várias etapas que estão ligados uns aos outros que envolve mudanças físicas e emocionais, e requer uma atenção e acompanhamento contínuo da família e dos profissionais de saúde(COUTINHO;SARAIVA, 2003).

O puerpério é o período que vai do momento que pariu até o retorno do organismo materno ás condições antes de engravidar. Essa fase tem um período de tempo de 6 a 8 semanas que se divide em três etapas: imediato, tardio e remoto.São fases caracterizadas por momentos ricos e intensos vividos emocionalmente para a puérpera. Nesse período ocorrem algumas modificações do corpo, alterações hormonais e acostumar-se ao bebe, a amamentação, as noites mal dormidas, a nova vida e carecimento sentimental (COUTINHO; SARAIVA 2003).

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Esse artigo aborda sobre a depressão da mulher, focando no sofrimento da mãe depois do bebê nascer, envolvendo os sintomas mais relevantes e aspectos relacionados. Neste sentido, esse artigo justifica-se pela necessidade dos profissionais de saúde que lidam com pessoas afetadas por depressão após o parto, obterem um maior conhecimento e começarem a refletir sobre as suas técnicas, através de um esboço teórico que possa auxiliar em seu procedimento profilático direcionado ao conteúdo dos programas de saúde da mulher (FRIZZO; PICCININ, 2005).

Metodologia

Trata-se de um estudo bibliográfico especializado, em artigos e base de dados, visando a busca de referencial teórico para referendar o estudo.

REVISÃO DE LITERATURA

Manifestações clínicas

Os sentimentos de pesar e dor são individuais, visto que se surgem no meio afetivo, na angustia psíquica , nas circunstâncias fisiológicas de forma completa.Neste sentido a angustia psíquica representa um síndrome ou um tipo de enfermidade, encontrada entre a individualidade e a realidade de fora, constituindo a manifestação de experiência de formas distintas de sentimentos, incomodo, agrupados nas situações de isolamento e exclusão (COUTINHO;SARAIVA, 2003).

Devido a pouca atenção a mãe e pouco apoio da família e social, nesse período de adaptação ao novo, e de grandes cobranças e todas outras alterações, deixa a mulher mais suscetível a desenvolver um transtorno mental.

Neste sentido, a depressão pós-parto (DPP) é caracterizada como um transtorno do humor que surge, geralmente, nas primeiras quatro semanas depois do parto, obtendo seu grau máximo nos seis primeiros meses, conseguindo ser de grau leve e temporário ou progredir até uma neurose ou distúrbio psicótico (HIGUTI; CAPOCCI, 2003).

As manifestações clínicas mais frequentes são: falta de animo persistente, sentimentos de pesar, variações do sono, pensamentos suicidas, medo de ferir o filho, diminuição do apetite e da libido, decréscimo do grau de desempenho mental e aparecimento de pensamentos obsessivos (JUNIOR;SILVEIRA;GUALDA,2009).

Segundo as pesquisas, a prevalência da DPP em mulheres depois do parto está por volta de 18 a 39,4%, conseguindo ter oscilação dependendo das especificações diagnósticas. As manifestações clínicas mais frequentes são: falta de animo persistente, sentimentos de pesar, variações do sono, pensamentos suicidas, medo de ferir o filho, diminuição do apetite e da libido, decréscimo do grau de desempenho mental e aparecimento de pensamentos obsessivos (FRIZZO;PICCININ,2005).

Tratamento

O tratamento pode ser de três formas de cuidados: psiquiátrico, ginecológico e psicológico. Além disso, os profissionais de saúde devem estar atentos aos cuidados sociais e ao problema que podem estar relacionados com a depressão pós-parto. Neste sentido, é necessário que no tratamento tenha um foco não apenas na qualidade de vida da puérpera, mas também precavendo transtornos na evolução do bebê e mantendo um bom grau de relacionamento com a família e o conjugue. Existem estudos que apontam que associação da progesterona, que possui finalidades curativas ou profiláticas, com o cortisol tem reduzido antecipadamente no período puerperal em pacientes que foram afetadas com depressão pós-parto (SILVA; SOUZA;MOREIRA;GENESTRA, 2003).

Consequências

A mulher que sofre de depressão possui risco de suicídio e/ou infanticídio, relações interpessoais prejudicadas, sofrimento conjugal, podendo levar a separação, mudanças nas interações precoces da com o bebê, podendo prejudicar o prognóstico cognitivo-comportamental do bebê (SILVA;SOUZA;MOREIRA;GENESTRA, 2003).

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CONCLUSÃO

Procurando entender a depressão na puérpera, ficou notório que a depressão, com a manifestação da angustia e da dor na pessoa, tem afetado as mulheres no período pós-parto e com isso tem desenvolvido manifestações psicobiossociais.

Neste sentido, isso pode ter consequências para o convívio da mãe com o seu bebe e com os seus familiares. Neste sentido, há uma precisão de discorrer sobre os programas de saúde pública, direcionado saúde holística da mulher. As mudanças de humor no puerpério precisam ser analisadas, relacionado aos aspectos individuais da depressão após o parto.

Portanto, o trabalho profilático das equipes multidisciplinares é imprescindível, nesse estágio, pois pode possibilitar a nova mãe o auxilio de que precisa para conseguir enfrentar os ocasionais episódios de depressão. Além disso, é importante promover o acolhimento antecipado a essa mãe, oferecendo um apoio, envolvendo não só as pessoas próximas a paciente,como também os profissionais de saúde como enfermeiro e médicos que devem ter uma atenção maior a mesma e se necessário deve falar com a família se tiver algo que não está certo com a mãe com depressão, fazendo com que a mesma se sinta acolhida, ajudada e confiante para expressar seus sentimentos.

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ABSTRACT

The woman in the period post-partum needs of large special care directed to the same, that has some stage striking is to: generate, give birth, and care, which goes through several steps that are connected to each other that involves physical and emotional changes.The mental suffering is considered to be a disease in which is between the individuality and the outside.

In this sense the anguish of mental illness represents a syndrome or a type of illness, found between the individuality and the reality of the outside, constituting the manifestation of the experience of distinct forms of feelings, persistence grouped in situations of isolation and exclusion. The activity of the multidisciplinary teams is essential in the prevention, in this step, since it can allow the new mother the help that you need to be able to tackle the occasional.

KEYWORDS: Mental Hearth, Baby Blues, Puerperium.

REFERENCIAS

COUTINHO, M.P.L; SARAIVA ,E.R.A. Depressão pós-parto: considerações teóricas. Rev Enferm ,UNISA, 2003; 4: 46-50.

JUNIOR H.P.O.S, SILVEIRA M.F.A, GUALDA D.M.R. Depressão pós-parto: um problema latente. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2009 set;30(3):516-24.

COUTINHO,M.P.L;SARAIVA,E.R.A. As representações sociais da depressão pós-parto elaboradas por mães puérperas. Psicol. cienc. prof. vol.28 no.2. Brasília , 2008.

CRUZ, E.B. S.; SIMÕES, G. L.; CURY, A.F. Rastreamento da depressão pós-parto em mulheres atendidas pelo Programa de Saúde da Família. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 27, n. 4, p. 181-188, 2005.

HIGUTI, P.C.L;CAPOCCI, P.O. Depressão pós-parto. Rev Enferm UNISA 2003; 4: 46-50.

FRIZZO,G.B; PICCININ,C.A. Interação mãe-bebê em contexto de depressão materna: aspectos teóricos e empíricos. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 1, p. 47-55, jan./abr. 2005.

SILVA, D.G; SOUZA, M.; MOREIRA, V.;GENESTRA, M. Depressão pós-parto: prevenção e consequências. Rev. Mal-Estar Subj. v.3 n.2 Fortaleza set. 2003