TRANSTORNO DE ANSIEDADE

Data de postagem: Oct 20, 2016 2:9:15 AM

TRANSTORNO DE ANSIEDADE

Adlazia Pedreira de Oliveira (lazia_9@hotmail.com)

Gildete Alves (agilalvesp@gmail.com)

Saúde Mental – Professor Diego Leal

Resumo – O transtorno de ansiedade caracteriza-se por uma preocupação ou ansiedade excessiva, por vários motivos sem sentidos, que dura mais de seis meses, que na maioria das vezes é crônico e duradouro. Esse trabalho foi realizado através de um estudo bibliográfico e tem como abordagem um conhecimento específico com o objetivo de diminuir a confusão com outros distúrbios, contribuindo para uma melhor qualidade de vida para esses indivíduos portadores de transtorno de ansiedade. Além de ser um veículo de desmistificação que favorece um conhecimento mais especificado do transtorno e, a grande aceitação de um tratamento adequado, beneficiando os portadores do transtorno, bem como todas as pessoas envolvidas, uma vez que o transtorno de ansiedade traz sofrimento e consequências pra toda sociedade (CASTILO etal. , 2000).

Palavras chave – Ansiedade, transtorno, sofrimento

Introdução

Quando uma pessoa possui algum tipo de ansiedade patológica pode ter a sua ação socialmente restringida. Devido a isso o maior conhecimento do transtorno de ansiedade é um meio de desmistificação que favorece um conhecimento mais profundo do mesmo e, a completa aceitação de um tratamento apropriado, beneficiando os portadores do transtorno, assim como todos os comprometidos, uma vez que o transtorno de ansiedade generalizada traz desgosto e consequências para todo o espaço social (CASTILO etal. , 2000).

O Transtorno de Ansiedade Generalizada é caracterizado por uma obsessão ou ansiedade excessiva com motivos sem sentido, que dura mais de seis meses; geralmente crônico e duradouro. A pesquisa, de natureza bibliográfica, foi baseada em autores com consultas diretas a livros e meios eletrônicos. O transtorno de ansiedade generalizada é uma inquietude ou ansiedade excessiva com motivos injustificáveis ou desiguais ao nível de ansiedade analisada (CASTILO etal. , 2000).

Indivíduos que sofrem dessa ansiedade estão repetidamente temerosos do futuro, a todo o momento esperam o pior, por exemplo, um atraso qualquer, um telefonema não esperado, e até mesmo um telegrama são vistos como a notícia de uma tragédia ocorrida com um ente querido. Nesse estado de ansiedade a visão é perturbada que a pessoa tem a respeito de si mesma e a respeito do que acontece no ambiente. Essa preocupação exagerada e incontrolável deve durar pelo menos seis meses para que se possa diagnosticar o transtorno (CASTILO etal. , 2000).

Esse transtorno costuma ser crônico, duradouro, com curto espaço de remissão dos sintomas e geralmente faz com que o paciente sofra com o estado de ansiedade elevado durante anos. Pode vir a ceder espontaneamente em algumas situações onde não há meios de se prever quando isso acontecerá. Os sintomas variam muito ao longo do tempo, em que algumas pessoas se sintam bem em algum momento e mal em outros (BAPTISTA etal. , 2005).

A obsessão com a possibilidade de vir a adoecer com algo grave ou tolerar um acidente, enquanto não existam indicativos de que essas coisas possam vir a ocorrer, é o centro mais comum das obsessões das pessoas com ansiedade generalizada. Algumas pessoas preocupam mais que os entes queridos sofram algum desses males, como os pais, ou filhos. Estas pessoas estão sempre imaginando situações como essas e repetidamente se consideram incapazes de lidar com elas caso possam acontecer de verdade (BAPTISTA etal. , 2005).

Seguindo essas condições alguns dos sinais de ansiedade generalizada podem ser emocionais, mentais e físicos. Os sintomas emocionais e mentais se reduzem em dificuldade para relaxar ou a sensação de que está a ponto de explodir, está no limite do nervosismo, obsessão e tensão crônicas e exageradas, excitabilidade, dificuldade de concentração e esquecimentos com frequência, dificuldade de ingerir ou sensação de um nó na garganta, tem facilidade de assustar-se de maneira mais intensa (BAPTISTA etal. , 2005).

E os sintomas físicos se limitam em se cansar facilmente, fadiga, tensão muscular, dor de cabeça, insônia ou sono insatisfatório, boca seca, mãos ou pés úmidos, náuseas ou incontinência fecal, aumento da frequência urinária, suor excessivo, tremores, taquicardia, vertigem, desconforto abdominal, respiração acelerada, palpitações. Foi percebido que este transtorno pode aparecer em qualquer fase da vida, na infância, na fase adulta ou ainda no decorrer da terceira idade (BAPTISTA etal. , 2005).

Em cada fase o transtorno surge de forma característica e quase sempre está presente no indivíduo agregado a outros transtornos mais graves. Nas crianças as características e os sintomas são idênticos ao adulto com esse transtorno. Estão sempre tensas e dão a sensação de que qualquer coisa pode deixa-las transtornada. Estão sempre ansiosos com o julgamento dos outros em relação ao seu próprio desenvolvimento e precisam que estejam com frequência reforçando a confiança nelas (VIANA etal.,2009).

Nas pessoas acima dos 60 anos de idade, o transtorno de ansiedade generalizada está relacionado a uma maior frequência de diagnóstico de episódio depressivo. Associa-se, também, à menor entusiasmo com a vida e aos piores padrões de qualidade de vida. Além da saúde geral, mental e dos aspectos físicos, observa-se também um pior escore no campo da vitalidade e das perspectivas sociais. Outra relação concretizada foi do transtorno citado com a úlcera péptica (BORGES etal. , 2008).

Esta relação ainda está sendo avaliada por diversos pesquisadores, mas sabe-se de que há uma relação, porém não se sabe qual variante aparece primeiro, se é o transtorno que estimula a úlcera péptica ou a úlcera que estimula o transtorno. É possível ainda que ansiedade permanente e severa e, agentes infecciosos, possam ajudar para o desenvolvimento de úlceras pépticas. Esse cenário é explanado por descobertas laboratoriais que o estresse, agregado ao distúrbio de ansiedade generalizada, pode atingir a resposta do sistema imunológico, dando maior contingência de ação ao Helicobacter pylori (BAPTISTA etal. , 2005).

O tratamento do transtorno de ansiedade generalizada deve ser realizado com psicoterapia e se preciso farmacoterapia, propiciando manter o individuo em um estado equilibrado de ansiedade. Foi provável verificar que o Transtorno de Ansiedade Generalizada é pouco conhecido pela população de modo em geral, pois costuma ser fundido com sintomas de outros transtornos, até porque este vem rodeado de outros transtornos mais graves (CASTILO etal. , 2000).

A visão que se tem a respeito deste transtorno é de ter um problema de “nervoso”. Com relação ao tratamento é muito interessante que a pessoa procure ajuda médica e psicoterapêutica para que facilite trata-lo desde sua etiologia. Desta forma, é possível controlar e diminuir o nível de ansiedade. Enfim, foi possível verificar que o TAG não tem uma preponderância de idade, ou seja, ele pode acontecer em todas as idades, seja na infância, adolescência, idade adulta ou velhice (CASTILO etal. , 2000).

Este trabalho traz como contribuição, um entendimento específico que vai além do senso comum, que desfigura este transtorno confundindo-o. Propõe-se organizar e sistematizar os conceitos de transtorno de ansiedade generalizada, como também, indicar tratamentos adequados, que no futuro irão trazer benefícios para os portadores e todos os envolvidos, uma vez que este transtorno traz desgosto para todo o âmbito social. Para isso é importante que o profissional esteja atencioso aos sintomas que muitas vezes passam despercebidos ou são diagnosticados de forma modificada (CASTILO etal. , 2000).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VIANA, Renata Ribeiro Alves Barbosa; CAMPOS, Angela Alfano ; FERNANDEZ, Jesus Landeira. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA: UMA REVISÃO. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, Rio de Janeiro 2009. Disponível em: pepsic.bvslud.org>scielo>script_a...Acesso em: 27 set. 2016.

BORGES, Ana Ines; MANSO, Dina Susana; TOMÉ, Gina; MATOS, Margarida Gaspar. Ansiedade e coping em crianças e adolescentes: Diferenças relacionadas com a idade e gênero. Análise Psicologica, 2008. Scielo.mec.pt

CASTILO, ana Regina GL; RECONDO, Rogéria; ASBAHR, Fernando R.; MANFRO, Gisele. Transtornos de ansiedade. Revista Brasileira de Psiquiatria, vol. 22, 2000. Disponivel em: www.scielo.br>script=sci_arttext. Acesso em: 14 set. 2016.

BAPTISTA, Américo; CARVALHO, Marina; LORY, Fátima. O medo, a ansiedade e as suas perturbações. Scielo 2005. Disponível em: www.scielo.mec.pt>scielo. Acesso em: 12 set. 2016.