Página do Clube UNESCO da Cidade do Porto
NOVO CICLO SOBRE SANTIAGO DE COMPOSTELA
“RECORDAR CAMINHOS”
Clube UNESCO da Cidade do Porto 2018/2021
Ao falarmos de Santiago não podemos deixar de reflectir, sobre o riquíssimo e multifacetado leque de saberes e vivências que perpetuam ao longo dos séculos e que, ainda hoje, nos desafiam!É certo que, quem se deixa tocar por esta causa, qualquer que seja a sua convicção, não fica indiferente às inexplicáveis vontades e mistérios que ocasionaram a imensurável movimentação de massa humana que, ao longo dos séculos, povoaram e povoam a velha Europa Cristã de outros tempos, até ao desconcertante mundo de hoje…Por tudo isto e muito mais, o Clube UNESCO da Cidade do Porto atento à vontade dos seus associados, vai iniciar um novo Ciclo sobre Santiago com múltiplas actividades, integrando neste projecto um vasto leque de assuntos relacionados com o Património Cultural material e imaterial, comemorando assim o Ano Europeu do Património Cultural que se celebra este ano.
Arminda Santos
PROJECTO SANTIAGO 2018 / 2021
“Recordar Caminhos”
ANO 2018
21 JULHO 15h00
Slide Show - Vários Caminhos, Lendas, etc
Local: Salão Nobre - Junta de Freguesia do Bonfim
Exposição de livros alusivos ao tema.
Colaboração do Centro de Estudos Jacobeus e
do Rancho Folclórico do Porto.
23 SETEMBRO 09h00
1ª CAMINHADA
Saída da Sé do Porto rumo à Ramada Alta.
Visita ao Albergue
Ver Fotos de José Carlos Monteiro
20 OUTUBRO (Sábado) | 15h00
Ciclo de Santiago “Recordar Caminhos”
Apresentação do livro intitulado “O Peregrino” e depoimento pelo autor Dr. Luís Ferreira
Entidade convidada: Coro de São Bento
Local: Salão Nobre da Junta de Freguesia do Bonfim
Campo 24 Agosto, 294 - 1º
Responsável pelo projecto: Arminda Santos Telem.: 91 725 99 17
“Diogo Filipe, o prestigiado líder de uma empresa de consultoria
financeira, é um homem que possui tudo, mas que embarca nesta
viagem para redescobrir a sua natureza e acaba por enfrentar os
seus maiores medos: “O Peregrino” relata a transformação
de um Viajante singular, retratado num itinerário desde León até
Santiago de Compostela.”
Coro de São Bento
Iniciou as suas atividades em 20 de Fevereiro de 1983, na Igreja da Irmandade de S. Crispim e S. Crispiniano - Porto, animado pela intensa espiritualidade do seu Reitor, à época, D. Gabriel de Sousa, Abade Emérito do Mosteiro Beneditino de Singeverga. Atualmente é composto por vinte e oitocoralistas. Anima quinzenalmente a Eucaristia das onze horas dos Domingos e Solenidades na sua Comunidade, em alternância com o Coro de S. Crispiniano.
Até hoje promoveu largas dezenas de concertos de Música Sacra, quer na Igreja de S. Crispim, quer em diversas igrejas e auditórios do Pafs. Tem participado em inúmeras celebrações litúrgicas para as quais é frequentemente convidado. É de salientar a realização de "Concertos Espirituais" com intuitos formativos, entre outros, quer na sua comunidade quer noutros locais.
Fazem parte do seu repertório obras de autores universalmente consagrados (Palestrina, Victoria, Schutz, Viadana, Monteverdi, Bach, Haendel, Hassler, Mozart, Bruckner, Rachmaninov, Kodály, Kedrov, Perosi, Rutter...), Canto Gregoriano e procura dar uma particular atenção a compositores portugueses. Entre estes, contam-se Estêvão de Brito, Frei Manuel Cardoso, Duarte Lobo, Diogo Dias Meigas, D. Pedro de Cristo, Rodrigues Esteves, D. João IV, Manuel Faria, Manuel Lufs, Ferreira dos Santos e António Cartageno.
Tem estabelecido intercâmbios com diversos coros e músicos e com eles desenvolvido uma intensa e variada atividade musical. Preocupa-se em promover a formação litúrgica, musical e vocal dos seus elementos. Por outro lado, com o intuito de cultivar o relacionamento entre os seus membros, familiares e amigos, dinamiza diversas atividades recreativas e culturais.
Em colaboração com a Associação dos Amigos do Arquivo Distrital do Porto tem promovido regularmente concertos de no respetivo Auditório, espaço de notável beleza arquitetónica e riqueza patrimonial (Mosteiro de S. Bento da Vitória) e que permite excelente enquadramento sonoro para uma formação coral.
O Maestro Emanuel Mesquita, natural da cidade do Porto, estudou Plano e Formação Musical com a Professora Aurélia de Sousa; prosseguiu os seus estudos musicais com o Professor António Pinho Vargas. Foi aluno de órgão do Cón. Dr. Ferreira dos Santos na Sé Catedral do Porto. Licenciou-se em Teologia e profissionalizou-se em Ensino de EMRC pela Universidade Católica Portuguesa, exercendo a sua atividade profissional como Professor no Ensino Público.
Inserido no plano de formação para dirigentes de Coros da Diocese do Porto, frequentou um Curso de Direção Coral dirigido pelo Prof. HúbertVelten. Participou nos Cursos Internacionais de Direção Coral de Sines, da responsabilidade dos Mestres Anton de Beer, Edgar Saramago (Direção Coral) e vlaney da Cruz (Técnica Vocal). Frequentou um curso de aperfeiçoamento de interpretação de órgão promovido pela HochschulefOrMusik Franz Liszt, em Weimar (Alemanha), sob a orientação do Professor Ferdinand Klinda.
O Maestro Emanuel Mesquita dirige o Coro de S. Bento desde a sua fundação (1983).
Programa:
1- Victimae paschali laudes - Canto Gregoriano (Sequência Pascal Medieval)
2- Riu, rui, di/u - Mateo Flecha (?) (Vllancico do final do Sec. XV.
3-Jánõo podeis ser contentes - Cancioneiro de Elvas (composições anteriores ao Séc. XVI.
4- Se do mal que me quereis - Idem.
5 - Venid a sospirar al verde prado - Idem.
6-A la villa voy- Idem.7 - Exultate Justl In Domino - Ludovico da Viadana (156* - 1645)
ANO 2019
26 JANEIRO (Sábado) | 14h45
Conferência na Casa do Infante
Ciclo de Santiago “Recordar Caminhos”
Tema: A rede de caminhos de Santiago em Portugal
(vias medievais, principais santuários e ponto
de passagem, “caminhos fortuitos”)
Conferencista: Prof. Paulo Almeida Fernandes
Apresentação: Dr. Manuel Luís Real
Preço: Grátis (oferta do CUCP)
23 MARÇO | 09h00
Ciclo de Santiago “Recordar Caminhos”
Segunda Caminhada - conhecer o percurso do Caminho da Costa na nossa cidade.
Local de encontro: À porta da Sé.
Percurso
09h30 Saída do Terreiro da Sé
Visita à Capela de Nª Sª das Verdades, recente equipamento de apoio aos peregrinos de Santiago, casco antigo do velho burgo, rua da Baínharia, Largo de S. Domingos, Foz do Douro e Castelo do Queijo.
Ver fotografias de José Carlos Monteiro
Ver fotografias de Maria Vitória G. Rafael
Ver vídeo de Fernando Conceição
Estimados Companheiros de muitas aventuras, desafios, quilómetros calcorreados, risos e resmunguices... ao iniciarmos um novo ciclo” sobre os Caminhos de Santiago”, é impossível, não recordar algo que marcou o nosso espírito, apelou à entre ajuda e partilha de momentos que mantiveram coesa esta pequena família Santiagueira. Ao longo de anos caminhámos para Santiago e fomos capazes de vencer limites físicos que, cada um superou, de forma estóica e resiliente! com sol, chuva e vento agreste que nos impossibilitava de sermos mais céleres, chegámos por vezes vencidos pelo cansaço ao fim de penosas e difíceis etapas, mas não convencidos e com vontade de continuar!
Esta é a nossa 2.ª Caminhada, dado que a 1.ª já foi realizada em julho de 2018, nela percorremos o antigo e tradicional caminho que nos levou até à Ramada Alta, localidade que, em tempos idos ficava muito longe e fora de portas do velho burgo portuense.
Conhecer o caminho da moda, o questionável “Caminho da Costa” e da atualidade, suscita curiosidade naqueles que ainda não o conhecem portanto, vamos percorrer alguns dos seus “tramos” desde o Terreiro da Sé rumando à Rua da Bainharia até ao Largo de S. Domingos, imaginando atravessar a desaparecida ponte sobre o rio da Vila, a movimentada rua dos Caldeireiros onde exímios mestres trabalhavam o cobre, a casa onde se editava um polémico Jornal, fundado pelos invasores aquando das Invasões Francesas. Era este então, um meio comunicação e propaganda que, dava a conhecer erroneamente, o bom acolhimento que o povo do burgo lhes proporcionava. Este, surda e engenhosamente, tentava ocultar quanto os repudiavam como era óbvio... também o movimentado e airoso largo de S. Domingos, com a sua bela fonte onde calmamente se conversava, ria e “tricotava na vida alheia”! ficam no nosso percurso. Amorosos, ingénuos e sensuais olhares eram trocados quando se namorava junto da fonte... a célebre rua das Flores descrita pelos nossos escritores era fértil em acontecimentos e intrigas nesses tempos. Descida a velha e desaparecida rua da Congostas onde existiu uma fonte, atravessaremos para a rua que D. João I, mandou abrir a dando-lhe o nome “da minha querida rua Fermosa” aqui, também noutros tempos era local movimentado, teve uma importante feira com alguns privilégios a nível de cobrança de impostos, onde tudo se negociava.
Mais à frente, numa confusão de casario alpendrado e acobertado, ficava a rua onde nasceu em 1839 Júlio Dinis e em 1744 António Tomás Gonzaga, mais abaixo encostada ao paredão da rua nova da Alfandega, ficava a fonte do Comércio do Porto. O célebre e rico Convento de S. Domingos já não nos faz companhia. Será a igreja de Francisco que, com o seu importante legado arquitectónico e artístico - seus belos altares barrocos - nos informa que estamos perto do rio. A profusão arquitetónica acompanhava o antanho habitante até à Praia de Mira Gaia, era confusa. Pescadores, calafates, talhadores de madeira, pintores e os pregões das peixeiras dominavam o local. Enquanto se talhavam as estruturas das embarcações, as peças dos barcos, onde pez cobria as juntas da madeira, preparava-se a partida para novos mundos – os Descobrimentos - e Ceuta. Era um local de árduo trabalho aquele que ficava perto da Porta Nobre da cidade. Aqui uma “fonte de chafurdo” (séc.XIII), dava de beber a quem passava e precisava. Hoje uma outra fonte conhecida pela fonte da Colher, uma das mais antigas da cidade (séc.XIV), com muitas histórias interessantes para nos contar ainda lá está! também a fonte do Peixe, do Borges ou do Macaco serviu esta laboriosa comunidade, assim como mais tarde a fonte de Ulsenbos ou da “Protectora”. Mas... era o Convento de Madre de Deus de Monchique, mandado construir e fundado por uma abastada família do burgo Cunha Coutinho, que se imponha imponentemente na paisagem. Naquela altura as águas do rio Douro que batiam nos robustos muros, também guardavam segredos e dramas que desconhecemos! Um só não ignoramos, aquele que Camilo Castelo Banco sentimentalmente nos narrou. Os judeus também por aqui deixaram as sua marcas e narrações. S. Pedro de Mira Gaia ainda lá está, mas a Colegiada do Espírito Santo desapareceu com o decorrer do tempo. É hoje a Alfândega do Porto que nos encobre o rio que, pela sua grandeza arquitetónica e múltipla operacionalidade é notória. Massarelos espera por nós com o seu interessante e bem conservado chafariz, assim como a encosta de Vilar. Era esta outrora cenário agitado, povoada de velas brancas dos seus moinhos, dada a abundante riqueza das suas condições hídricas. Foi um importante centro de moagem que tornava o grão em pó ... puxados por carros de bois os macerados cereais, alimentavam os habitantes da cidade recolhidos em sacos de serapilheira. O limite da cidade era ali, em Carreiros, onde a presença poderosa do granito barrava a passagem por terra. Perto no Cais do Bicalho ficava a velha fonte do Bicalho, dela restam algumas peças que ainda hoje são utilizadas. A geologia, os múltiplos afloramentos graníticos que se estendem até à Foz do Douro, tem a sua importância geográfica até Castelo do Queijo, onde terminaremos a nossa etapa. Passaremos por locais de grande riqueza histórica, cultural, ambiental, tradicional e até estética da nossa cidade, na qual a fruição é indispensável. As terras do Ouro e da Cantareira eram ricas e férteis, produziam alimento à população que aqui se fixara, a faina piscatória e a proliferação estaleiros de barcos faziam parte da vida das gentes destes locais. As fontes da Praia do Ouro, do Ouro e Cantareira assim como vários tanques que por ali existiam, eram bem o testemunho destes laboriosos habitantes. O simbólico “Banho de S. Bartolomeu” arreigada tradição popular, ainda hoje se comemora quer faça chuva ou sol! O Castelo de S. João da Foz assim vulgarmente chamado cuidava da cidade. As novas vias urbanas junto ao mar, o “Americano”, e o uso do automóvel proporcionou às gentes da beira rio e mar, uma fixação em aglomerados populacionais de construção modesta, mas também de requintadas habitações de influencia Inglesa e Francesa que davam um toque de refinado gosto ao extremo da cidade nos séc. XVIII, XIX, XX. Eram lares de famílias abastadas que se refugiavam do agitado centro da cidade, atraídos pela beleza da paisagem. A cidade fervilhava e crescia em inovação e desafios graças a Revolução Industrial que animava toda a Europa. A bela “Pérgula” situada no jardim bem junto ao mar, é testemunho de muitos passeios de Verão, reuniões familiares, brincadeiras de crianças, enfim de lazer, que a população do Porto passou a frequentar. O arrojado desenho do Jardim da Avenida Montevideu assim como a sua ousada e moderna fonte inaugurada em 1904, fazem parte dos últimos passos da nossa caminhada. É, no entanto, o “Castelo do Queijo “por todos chamado ou o forte de S. Francisco Xavier, imponente, forte e invencível, referência de muitos episódios históricos relevantes. É também a garbosa estátua do rei D. João VI, que marcam o fim da nossa 2.ª caminhada.
Nota: Apelo à importância da presença dos elementos que fazem parte das nossas caminhadas, estarem presentes nas diversas palestras que, ao longo deste projeto se vão realizando. Elas são imprescindíveis para melhor compreendemos os Caminhos de Santiago. A rica e diversificada temática que vamos explorando, é sem dúvida ocasião privilegiada a não perder.
Arminda Santos,
23 de março 2019
25 / 28 Abr - Caminhos de Santiago, viagem à província de Leon: Astorga e Ponferrada – (Caminho Francês)
MAIO
25 05 (manhã) - Caminhos de Santiago, Conferência: A basílica e o “locus” de Santiago desde a fundação ao século XI, pelo Doutor, José Suarez Otero
25 05 (tarde) – Caminhos de Santiago, Conferência: A iconografia de Santiago no Portugal medievo, pela Doutora Carla Varela Fernandes
JUNHO
15 06 - Caminhos de Santiago, Viagem a Compostela: visita às ruínas arqueológicas da primitiva catedral e à basílica românica, guiada pelos Doutores José Suarez Otero e Rocio Sanchez Ameijeiras
JULHO
13 07 - Caminhos de Santiago, 3ª Caminhada “Recordar caminhos”- Caminho da Costa - Saída do Farol Boa Nova (Matosinhos), até Angeiras.
SETEMBRO
21 09 Caminhos de Santiago, 4ª Caminhada “Recordar caminhos”- Variante Caminho da Costa – Vilar do Pinheiro até Vairão.
Visita ao Mosteiro, Capela de S. João Baptista do séc. XIV ( Monumento Nacional), área envolvente ao Mosteiro, visita ao albergue jantar, queimada no Claustro do Mosteiro.
OUTUBRO
12 10 Caminhos de Santiago, 5ª Caminhada “Recordar caminhos”- Caminho da Costa - Saída de Angeiras até Labruje.
Saída para Vila do Conde. Almoço livre. Visita ao Museu da Renda de Bilros e ao Albergue.
NOVEMBRO
16 11 Caminhos de Santiago, Conferência: Chaves - Santiago, um testemunho (via da prata) – Dr. Pinto Correia
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2020
MARÇO
14/15 03 – Caminhos de Santiago – 6ª Caminhada, VIA DA PRATA – Saída de Verin, visita ao albergue (Casa do Assistente) caminhada até ao Castelo de MONTERREI, visita a Ourense. Dormida em Ourense
ABRIL
Tarde: Conferência: Albergues nos Caminhos de Santiago, Dr. Manuel Pinto
MAIO
09 05 - Caminhos de Santiago – 7ª Caminhada, Tamel (Barcelos) Barroselas (Viana), almoço em Viana, visita à catedral e Museu do Traje com Dr. Manuel Pinto
JUNHO
06 06 JUN - Conferência: Igreja de Santiago em Samora Correia, um exemplo a seguir, Arq. Antunes Estevão
JULHO
18/19 07 Caminhos de Santiago - 8.ª Caminhada Caminho de Santiago em Samora Correia – Ribatejo
17 10 Caminhos de Santiago, 9ª Caminhada “Recordar caminhos” - visita a Rio Mau e Rates – templos românicos e Centro de Interpretação de S. Pedro de Rates
DEZEMBRO
05 12 – Homens da pedra e do minério, Conferência: O trabalho do canteiro na Idade Média: Luís Caballero Zoreda ou Manuel Luís Real
2021
XX MAR - 10 ª Caminhada - Caminho Sanabrês - por Vinhais, (rota do contrabando), caminhada Ferreiros a Souto Chão Drº Manuel Pinto
XX ABR - Conferência: " D. Manuel nos Caminhos de Santiago " Drº Manuel Araújo
XX MAI - 11 ª Caminhada - Visita ao Mosteiro de Grijó e Albergue. Caminhada até o Porto.
XX JUN - Conferência: Caminho de Torres - Dr. Paulo Almeida Fernandes depoimento