Entrevista do Presidente ao etcetaljornal

CLUBE UNESCO DA CIDADE DO PORTO – UM PROJETO VIVO E COM FUTURO… À PROCURA DE GENTE JOVEM PARA LHE DAR CONTINUIDADE!

O Clube UNESCO da Cidade do Porto é uma referência no seio das instituições suas congéneres espalhadas um pouco por todo o mundo e ligadas, autonomamente, à Organização das Nações Unidades (ONU). Idealizado e, posteriormente, fundado por Sílvio António de Matos, o Clube UNESCO da Cidade do Porto (CUCP) agrega, hoje, cerca de uma centena de associados, sob a presidência de Fernando Guedes Pinto, que, na Direção, vai tudo fazendo para que o crescimento da instituição seja uma realidade, ainda que a matéria não seja de fácil resolução, dada uma certa apatia da juventude para com o projeto.

Seja como for, não é por aí que o futuro do CUCP é colocado em causa. Nada disso! 

Há programas a desenvolver, intercâmbios a pôr em prática e muitas outras metas a atingir, independentemente, dos problemas criados pela pandemia, que veio a adiar algumas iniciativas.

José Gonçalves                    Carlos Amaro

(texto)                                         (fotos)

E, depois de uma história repleta de estórias que dão corpo a um passado digno de registo do Clube UNESCO da Cidade do Porto, o seu presidente da Direção, Fernando Guedes Pinto, engenheiro de profissão, revela, relevando, um trabalho com duas vertentes específicas.

“Posso dizer que foi, logo de início, algo complicado suceder a um dos fundadores e que foi presidente do clube desde o início, ou seja, desde 1991, o doutor Sílvio Correia de Matos. Era uma pessoa muito dada e enérgica. Este clube, recorde-se, iniciou-se com tertúlias, e através delas, oito pessoas juntaram-se para criar um clube muito interessante e que faz falta, pelo facto de desenvolver algo de muito importante: a Cultura.

O desenvolvimento foi rápido e consistente até que foi atingido o principal desiderato, aquando da sua ligação oficial à UNESCO, cujos objetivos são, fundamentalmente, a contribuição para a paz no mundo através do Conhecimento e da Educação. Temos, no fundo, poucos clubes para o desenvolvimento das pessoas. As associações que, sendo necessárias em determinadas alturas, não têm, em boa verdade, uma perspetiva de desenvolvimento das pessoas. Existem por existir, nada mais do que isso. Não são interventivas!”, começou por referir Fernando Guedes Pinto.

E a verdade, é que o nome do já falecido Sílvio de Matos continua a ter um enorme peso na vida da coletividade, uma vez que, e de acordo com o nosso entrevistado, “o clube, com o doutor Sílvio tomou logo um caminho diferente, começando por fomentar uma das vertentes iniciais, que foi a descoberta e exploração dos Caminhos de Santiago, dos quais não se falava na altura. Não existia, oficialmente, o Caminho Português para a Santiago de Compostela, e, assim, ele organizou caminhadas. Nem caminhos marcados existiam. Era ele que, antecipadamente, ia marcar o caminho a tinta amarela… foi, no fundo, uma iniciativa pioneira”.

Fernando Guedes Pinto, que não esteve presente nos primeiros anos de vida do clube, já que nele entrou “em 1997”, reconhece a importância “dessas caminhadas, que eram organizadas de uma forma interessante. Elas realizavam-se por etapas, cada uma com cerca de 20 quilómetros. As pessoas deslocavam-se de autocarro até ao sítio onde se iniciava a caminhada e, quando chegavam ao final da etapa, voltavam. Isso fazia-se uma vez por mês. até se chegar a Santiago de Compostela. Estas caminhadas demoravam dois anos… por forma a chegarmos à capital da Galiza a 25 de julho, Dia do Jubileu”.

“Esta iniciativa foi, assim”, realça o presidente do CUCP, “marcante no início da vida do clube. Depois disso, ainda fizemos mais quatro caminhadas até Santiago, chegando a encher três camionetas…”

“FIZEMOS UM LEVANTAMENTO SOBRE AS FONTES DO PORTO QUE NUNCA TINHA SIDO FEITO”

Mas, para além das caminhadas, o Clube UNESCO da Cidade do Porto tem vindo a desenvolver um outro leque de atividades. Como fez questão de frisar Fernando Guedes Pinto, e já tendo em conta o trabalho realizado, e a realizar, aquando da sua presidência. “O clube promove, normalmente, atividades de visitas relacionadas com o património. Fizemos, por exemplo, a rota do românico. Aliás, temos uma pessoa que nos apoia de uma forma muito intensa, o doutor Manuel Luís Real, que foi, até há poucos anos, diretor do Arquivo Municipal do Porto, na Casa do Infante. Através dele temos acesso a uma grande comunidade arqueológica e histórica, que nos permite fazer visitas culturais, e destinadas ao desenvolvimento do Conhecimento”. Com este tipo de iniciativas, “não pretendemos fazer da Cultura algo de enfadonho, muito, pelo contrário. Pretendemos torná-la interessante, ativa”.

“Mas”, continua o presidente do CUCP, “também temos outro tipo de atividades, como a que diz respeito às «edições». Nesse aspeto, temos uma secção, o Observatório do Património do Porto, o qual reúne um grupo de associados e que conseguiu fazer uma coisa que penso ser muito válida, ou seja, o levantamento das Fontes do Porto. Levantamento esse que nunca tinha sido feito, e tão importantes que as fontes foram, sobretudo no passado, pela distribuição da água, e também pela sua maior ou menor monumentalidade. Editamos dois volumes, em conjunto com as Edições Afrontamento”.

Mas há mais:

“Temos ainda uma forte ligação com a Comissão da UNESCO. O doutor Sílvio Matos, como personalidade muito exigente e de visão larga, chegou a ser secretário-geral dos Clubes UNESCO, e, assim, mantivemos uma importante relação com os outros países. Mantivemos um bom relacionamento com França, onde este movimento é muito divulgado, e com Itália, o Clube de Modena, com o qual temos um relacionamento muito especial. Assim como, com Espanha, mais concretamente, com a Catalunha. Há assim um importante intercâmbio internacional.”

“FALTA UMA MAIOR ADESÃO DOS ASSOCIADOS À VIDA DA COLETIVIDADE”

Com “cem associados”, o Clube UNESCO da Cidade do Porto vive, como revela Fernando Guedes Pinto, “quer através da quotização, quer dos próprios eventos que realizamos”. A verdade, porém, e de acordo com o nosso interlocutor, é que “os associados não participam tanto quanto nós gostávamos, mas, ainda assim, continuamos a promover a interação”, salientando, a propósito, “a intervenção que temos no Ambiente, através de visitas que têm tido boa adesão”. Aliás, “a questão do Ambiente faz parte das nossas preocupações”.

E nesse campo, Fernando Guedes Pinto releva o facto de ter “alguma experiência”, já que antes de ser presidente do CUCP, “fui dirigente de uma outra associação, a «Terra Solta», que promovia, exatamente, o Ambiente. A propósito, a Junta de Freguesia de Campanhã, cedeu-nos um espaço na Quinta de Vila Meã, que o dinamizamos de forma a disponibilizá-lo à comunidade, para culturas básicas em hortas, etc.”

Independentemente dos esforços, o presidente do Clube UNESCO da Cidade do Porto relembra a principal dificuldade da instituição: “como referi falta maior adesão ao clube. Uma maior adesão dos associados à vida da coletividade. Nestes dois últimos meses paramos devido á pandemia, mas tínhamos um plano que era bastante interessante. Nós temos, praticamente, duas atividades mensais, através de conferências na Casa do Infante, isto com círculos temáticos. O último que estávamos a fazer era «O Minério e o Homem da Pedra», relacionado com todo o trabalho utilizando… a pedra. De um lado, os artistas e, do outro, o próprio material; a construção ciclópica etc. Era, assim, organizada a conferência e a visita. A última visita que fizemos foi em fevereiro, a Ançã, Cantanhede. Visitamos a pedreira e trouxemos exemplares da famosa pedra de Ançã”.

“É DIFÍCIL O RELACIONAMENTO COM AS ESCOLAS…”

E a questão dos associados e do seu número ser escasso, volta como que à “ordem do dia”, falando, agora, Fernando Guedes Pinto nas novas gerações e no desinteresse dos jovens pelo Clube UNESCO da Cidade do Porto.

“Já tivemos duzentos associados. Há uma dificuldade: captar o interesse das novas gerações. É preciso cativá-las, sinto isso, mas como? Por um lado, noto que há uma fuga à responsabilidade! Ao contrário, se nós promovermos algo de interessante, então vem toda a gente. Dependem muito de alguém que assuma a responsabilidade. De qualquer maneira, captámos, ultimamente, uma associada, a Ana Abrunhosa, parente do Pedro, e é uma jovem que está a fazer o Mestrado em Arqueologia, que mostrou interesse em apoiar-nos.”

Mas, sendo a Educação um dos objetivos de fomento da UNESCO e do Clube seu representante na cidade do Porto também, pergunta-se qual o relacionamento da coletividade com as escolas da região?

“É difícil! Mas, tentamos. Chegamos a fazer uns porta-folhetos para colocar nas escolas, mas foi difícil. As escolas… são muito herméticas, por isso não termos parcerias com elas. No entanto, temos outras parcerias, desta feita com associações. Neste caso, e de alguma maneira fomos influentes no Clube UNESCO da Maia, que se formou há cerca de seis, sete anos…”

“A CÂMARA DO PORTO CHAMA AS ASSOCIAÇÕES A INTERVIR, MAS SEMPRE DE UMA FORMA PREPOTENTE! NÃO HÁ DIÁLOGO!”

E se falamos em Educação, poderemos, obviamente, e no seguimento, abordar a Cultura, a qual não parece estar a passar por bons momentos devido, entre outros factos, à pandemia. Este problema tem afetado o Clube UNESCO da Cidade do Porto? Fernando Guedes Pinto responde…

“O que lhe posso dizer é que os governos não têm interesse que a Cultura faça parte dos seus grandes planos. Considero, de alguma maneira, pornográfico, pessoas ganharem grandes ordenados, enquanto a Cultura, ou quem a ela está ligado, não possa fazer parte da estratégia interventiva governamental em termos de investimento. Não é só o dinheiro que conta, mas todos nós devemos ter contrapartidas.”

E se, em matéria de parcerias, o CUCP parece, em termos regionais, pouco dado a esse tipo de ação, no relacionamento direto com as autarquias, e no caso concreto, a Câmara do Porto, a “coisa” vai no mesmo sentido…

“Não temos relações, nem estreitas, nem menos estreitas, com a Câmara Municipal do Porto. Comunicamos à autarquia as nossas atividades; já tentamos junto dela, e porque há muitos edifícios por aí desocupados, que nos pudesse arranjar, cedendo, um local, e em vez de pagarmos uma renda, fazermos a manutenção desse edifício… mas, nada! É verdade que a Câmara chama as associações a intervir, mas sempre de uma forma… prepotente! Não há diálogo! Quando há eleições, aí sim, demonstram interesse, mas, depois, esquecem-se…”

E com as associações juvenis?

“Defendo muito o contacto com as associações juvenis, mas nota-se sempre um distanciamento. Essas associações são muito viradas para si mesmo. Repare que já não há muitas federações!”, responde Fernando Guedes Pinto.

VEM AÍ “O PINGUIM SEM FRAQUE”…

Há pouco, a questão do Ambiente mereceu por parte do nosso entrevistado, um destaque especial, e isto tudo porque é uma questão que o Clube UNESCO da Cidade do Porto defende, e tanto o faz que “com a associação ambientalista Campo Aberto já organizamos conversas sobre o Porto. Aliás, sou associado da Campo Aberto.”

A verdade, porém, é que mesmo com associações, sejam elas ambientalistas ou não, as parcerias ou contactos mais diretos não existem ou são difíceis.

“Cada associação tem o seu programa, até porque quem, como nós, vive do voluntariado, não é fácil obter essa participação. De qualquer maneira, penso que era possível fazer mais e melhor se houvesse essa ligação e que, em conjunto, se podia organizar mais atividades.” Mas, pelos vistos, não há mesmo essa… ligação.

Já extramuros, a situação é diferente. Como salienta o presidente do CUCP, “em conjunto com o clube de Modena, Itália, vamos editar um livro intitulado, em português, «O Pinguim Sem Fraque», que é uma espécie de «Principezinho», do autor italiano Silvio Darzo, e será traduzido por membros de uma associação ligada ao Consulado italiano no Porto. A obra irá para o circuito comercial, tal como aconteceu com o livro relacionado com as fontes no Porto. Penso que será possível fazermos o lançamento na Semana Cultural italiana, que acontece, normalmente, em outubro”.

Fernando Guedes Pinto refere ainda que “dentro da «temática do ciclo», promovemos, anualmente, uma viagem ao estrangeiro, e, este ano, estávamos a pensar ir ao Egito, com um professor da Universidade de Lisboa, mas, devido à pandemia, a viagem foi adiada. Foi adiada, não anulada”. E a “este tipo de iniciativa temos sempre a adesão de cerca de quatro dezenas de pessoas. Já fomos à Normandia, à Grécia…”

“NÃO SOMOS UM CLUBE ELITISTA”

Em linhas gerias, ou grosso modo, é, ou não, o Clube UNESCO da cidade do Porto… elitista?

“Não somos um clube elitista. Por vezes há quem crie essa ideia, mas, não, não somos. Quem quiser usufruir das nossas iniciativas pode fazê-lo sem problemas. A verdade, é que não procuramos fazer grandes divulgações acerca dessas nossas atividades nas redes sociais. O nosso crescimento tem sido na base do passa-palavra. Temos uma folha informativa mensal, que é pública, e temo-la no Facebook, que é divulgada também pela Comissão Nacional da UNESCO. Nada mais”.

A realidade transmitida por Fernando Guedes Pinto é que, além do CUCP não se considerar elitista, longe está também de ser subsídio-dependente, dada também a relativa distância que tem criado com as autarquias. E tudo isto, porque – como explica Fernando Guedes Pinto -, “por herança do fundador, não queremos estar dependentes. Não somos subsídio-dependentes, e penso, que isso, é uma mais-valia para o clube, pois demonstra a sua capacidade de, não podendo ir tão longe, pelo menos… vai ali, ou acolá!”

“TEMOS UMA DIREÇÃO NUMEROSA, MAS QUEM TRABALHA SÃO SÓ QUATRO OU CINCO…”

E ir “ali”, é ir onde? Quais são as iniciativas que o Clube UNESCO da Cidade do Porto desenvolverá passada que está a fase mais crise da pandemia, e as instituições começam a abrir as suas portas e a reiniciar atividades?

“Agora há, naturalmente, que retomar a atividade, nesta fase mais moderada da pandemia. 

Através do pagamento das quotas – cinquenta e quatro euros anuais – temos como que um indicador sobre a adesão das pessoas. E a verdade é que, presentemente, a coisa está bastante regular. Tenho falado com os associados, facto que é importante nesta altura”.

Um trabalho de contactos que para o presidente do CUCP é “necessário”, isto entre outros trabalhos que, como nos disse Fernando Guedes Pinto, “independentemente de termos uma direção bastante numerosa… são dezassete elementos, mas, quem trabalha são só quatro ou cinco”…

“A «MERITOCRACIA» É PALAVRA QUE, EM PORTUGAL, ESTÁ ESQUECIDA!”

E Fernando Guedes Pinto, com uma história ligada à Informática, quando mais jovem fez “algo de muito ativo no Cineclube do Porto. 

Participei na biblioteca… tínhamos os cahiers… sempre fui uma pessoa com muito trabalho, mas também muito colaborante”.

Hoje, de acordo com o nosso entrevistado, as coisas não são, pelos vistos, lá muito assim… “Nós, pais, quisemos dar uma liberdade total aos filhos. Hoje, quase que os miúdos é que mandam! Hoje, tudo se tem em casa, mas antigamente, como tal não acontecia, tínhamos que nos deslocar à procura daquilo que queríamos ou pretendíamos. Portanto, tinha de se ir à associação, ou à coletividade.

Na altura, tínhamos também os nossos brinquedos. Nós fazíamos os carrinhos, fazíamos tudo… a questão está na valorização daquilo que é importante para a felicidade da pessoa. A família é fundamental. Eu, no meu caso, penso que fui um pai exigente, e se pudesse voltar atrás, ainda era mais! (risos). Os meus três filhos estão muito bem, no estrangeiro, porque, infelizmente, o nosso país não dá oportunidades. Tenho dois filhos em Bruxelas. Um está no Conselho Europeu, e o outro na União Europeia, e a minha filha está em Londres, onde é fisioterapeuta. Tudo foi conseguido por direito próprio. O direito próprio que é algo que não acontece aqui em Portugal…”

E Fernando Guedes Pinto vai mais longe nesse seu raciocínio…

“A «meritocracia» é uma palavra que, em Portugal, está esquecida. No tempo do Marcelo Caetano – tenho de reconhecer – deu-se valor prático a essa palavra. O Marcelo Caetano foi uma oportunidade perdida nesse aspeto da meritocracia. Os meus filhos foram para onde foram, muito espicaçados por mim. Se ficassem aqui não tinham hipóteses. Olhe: a minha filha se por cá ficasse ganharia menos que uma mulher-a-dias. Ela com uma média de 19 não entrou, aqui em Portugal, na Faculdade de Medicina, e tentou vários anos seguidos”.

“NÃO PODEMOS ESTAR DEPENDENTES DE ENCARGOS…”

A Cultura volta a ser tema nesta nossa conversa, enaltecendo Fernando Guedes Pinto o trabalho que, nesse e em outros aspetos, foi desenvolvido pelas autarquias logo a seguir à Revolução de Abril. Mas, quanto à Cultura, as coisas não andam bem, ainda que o problema não afete, diretamente, o clube.

“As autarquias têm tido um papel positivo, desenvolvendo, logo a seguir ao 25 de Abril, um trabalho muito difícil, porque nada havia, na altura, por essas terras. Portanto, fizeram todo um trabalho muito importante, muito dele não visível para a maioria das pessoas. Quanto à vertente cultural é aquilo que se sabe. Às vezes, penso: se há peditórios para apoiar isto e aquilo, por que não se faz um para a Cultura Esses problema não afetam, contudo, o nosso clube, Não está em causa o nosso futuro. Tenho muito cuidado com os nossos encargos”.

Para o presidente do Clube UNESCO da Cidade do Porto esta é “uma ideia pessoal: não podemos estar dependentes dos encargos. A partir do momento em que uma associação fica dependente de encargos deixa de se preocupar com a sua atividade e com os seus objetivos, porque tem que responder às necessidades. Assim sendo, e nesse aspeto, trabalhamos com algum à-vontade”.

E, depois, vem ao de cima, a satisfação, ou não (?!), pelo trabalho que tem desenvolvido no clube…

“Há sempre uma insatisfação que acho ser fundamental para quem está à frente de um coletivo. A insatisfação centra-se no facto de querer que as pessoas participem mais. Esse é um problema das associações assistenciais, que têm condições para dar motivação às pessoas. As pessoas não podem só ser beneficiárias, mas também contributivas. Tenho a sensação que se conseguisse tocar as pessoas, para haver uma remodelação no clube, isso seria gratificante para elas. Trazê-las para a causa é dar uma certa continuidade. Mas, cada um olha por si, e está a ser difícil encontrar a chave para a resolução deste problema”. 

Palavras de Fernando Guedes Pinto.

01JUL,2020