Você já reparou que tem pelo menos um pouquinho de matemática em cada coisa que a gente faz?

A matemática está presente em várias situações do nosso cotidiano, seja com números e cálculos, ou até formas geométricas. Por isso, a matemática é imprescindível para que possamos resolver problemas reais do nosso dia a dia.

Com isso, a Escola Parque criou o Projeto Pedagógico Matemática é Vida, que tem como objetivo aproximar os alunos da matemática presente em nosso cotidiano e promover experiências onde possamos refletir e trabalhar o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático.

A matemática está presente em várias profissões, como engenharia, arquitetura, física e etc. Para fazer uma casa você precisa calcular muitas coisas, como as medidas de cada cômodo, o preço dos materiais e os móveis com formas geométricas, que vão mobilhar a casa. Em vários textos científicos, uma fração ou uma porcentagem estão presentes para calcular dados importantes.

Até mesmo em um jogo de futebol ou de basquete você precisa da matemática, para contar o tempo do jogo e os pontos de cada equipe. Nos Jogos Olímpicos, por exemplo, a matemática está muito presente. A quantidade de pessoas assistindo, a quantidade de atletas competindo, a quantidade de medalhas que cada país ganhou...

Nessa semana, tivemos o projeto Matemática é Vida, e houve vários trabalhos e lives para os alunos do fundamental 2. O tema do 7º ano foi Jogos Matemáticos, e teve uma palestra com o professor Marcelo Rainha e Nicole Raposo (Unirio). Os professores que palestraram ensinaram o básico de como fazer um joguinho de programação incluindo a matemática. Algumas pessoas já tinham um pouco de experiência no uso do aplicativo "scratch", mas eu nunca tinha usado ele. É um aplicativo fácil de aprender, e vários alunos conseguiram fazer um jogo matemático.

Além disso, fizemos os jogos matemáticos produzidos em sala, o que foi muito legal. Quem estava nas aulas online, pôde fazer um jogo online, e quem estava nas aulas presenciais pôde levar vários materiais, como tinta, canetinha, papelão, adesivos, papéis coloridos e etc.

Será que depois dessa semana você irá perceber um pouco mais da matemática presente em sua vida?

XIX - A decepção

Em seu quinto dia de aula, Blair achou as salas de aula muito mais rapidamente do que nos dias anteriores. A menina já sabia se localizar nas partes mais importantes do castelo. As salas de aula eram diferentes, cada uma era "personalizada" com o tema da matéria. A sala da professora Sra. Mary, que dava a matéria "monstros e criaturas", tinha um teto muito alto e a sala era espaçosa. Ela tinha plantas carnívoras enroladas pelas paredes, um grande quadro negro e, no fim da sala, algumas gaiolas com pequenas criaturas.

Blair achou aquela matéria muito interessante, apesar de pensar que a Sra. Mary era meio maluca. Ela era muito simpática, mas vivia se esquecendo de alguma coisa. Os seus cabelos sempre ficavam arrepiados e ela usava roupas largas.

- Hoje vamos aprender sobre um camaleão comum e um magicae chamaeleontis, eles são criaturas muito parecidas, mas têm diferenças. - explicou a professora, que fez uma pequena pausa, pegou as duas gaiolas mais perto e as colocou sobre sua mesa. - Esse é o camaleão e esse é o magicae chamaeleontis. Em grupos, vocês deverão vir aqui observá-los e tirar uma conclusão de qual é a diferença entre essas criaturas.

- Sra. Mary, nós não vamos aprender sobre monstros? - perguntou um aluno no fim da sala.

- Para aprender sobre monstros, meu caro aluno, é preciso reconhecer que criaturas são mágicas e quais não são. - respondeu a professora.

A aula foi muito longa e nem sempre interessante, mas Blair conseguiu ver a diferença entre os dois animais. No meio da aula, algum aluno da Tenebris sussurrou para outro:

- Nós não devíamos estudar coisas mágicas, elas não tem valor. Devíamos estar estudando sobre as criaturas e monstros mágicos. Só.

Uma menina em um canto, que parecia ser tímida até então, respondeu para o garoto:

- Na verdade, os animais sem magia também tem muito valor, eles são membros muito importantes da cadeia alimentar, além de serem muito interessantes justamente porque não tem magia.

No final da aula, os meninos falaram com a aluna. Eles disseram que ela não devia discutir com um deles e que se fizesse isso de novo ia arcar com as consequências. Blair estava ouvindo a conversa já perto da porta da sala, e ficou assustada com o que disseram. Quando os garotos foram embora, Blair foi falar com a menina.

- Você fez o certo. As coisas sem magia também tem valor. A propósito, meu nome é Blair, e você?

Ela se chamava Susie, e também pertencia a Ignis. As meninas se deram muito bem e conversaram bastante até chegar a próxima aula. Os pais de Susie moravam em Londres, e ela tinha uma irmã mais nova. Seu pai foi da casa Ignis, já sua mãe, tinha sido da casa Audra. Ela foi muito sincera com Blair, e parecia ser uma boa pessoa.

Blair também contou um pouco de sua vida. Até o final do dia, elas se conheciam muito bem, não pararam de falar um segundo. Somente nas aulas, quando o professor falava, as duas alunas respeitavam. Susie era muito esperta e animada, ela era tímida de certa forma, mas também era atrevida de outra. Ela usava trancinhas e seu cabelo tinha cor de mel.

O dia seguinte era um sábado ensolarado, onde os alunos podiam brincar pelo jardim ou descansar no quarto. As amigas passaram o dia juntas e fizeram várias coisas diferentes. De tarde, Blair cruzou com seu irmão, que a ignorou profundamente. Ela decidiu ser mais educada do que ele.

- Oi!

- Que foi? - ele falou e virou as costas antes que sua irmã pudesse responder.

- Não vai perguntar como está sendo meu dia, ou, pelo menos, perguntar como estou? - perguntou Blair.

- Você é uma sangue sujo para nossa família, você é só uma menininha estúpida e burra. Não consigo acreditar que você é do mesmo sangue que o meu!

Blair caiu no chão, entretanto, não começou a chorar como sempre fazia, ela o encarou e falou:

- Desculpe-me senhor! Mas, se não fosse pela nossa mãe, você não passaria de ano, e você não seria tão rude e grosso com você está sendo! - falou ironicamente a menina.

Todos no pátio ficaram chocados e atentos, enquanto Darwin respondeu raivosamente:

- Não acredito que você acha isso, idiotinha, você é uma garotinha que não serve para nada e só está falando mentiras sem contexto sobre mim, pois se sente pequena e idiota. Não venha nunca mais falar comigo sua mentirosinha de uma figa!!!!

- Se isso não fosse verdade, porque ouvi mamãe ligando para alguém e dizendo para mudar sua nota??? - revelou Blair

- Nunca mais fale de MINHA mãe assim, compreendeu??? - gritou Darwin empurrando a menina e fazendo com que ela caísse e batesse a cabeça, deixando a menina inconsciente.

Todos olharam para Darwin com um olhar de ódio, enquanto ele fugia.

Susie chamou ajuda de algum professor que estava por perto, que chamou as enfermeiras. Blair não estava sangrando, só havia sido derrubada drasticamente. Enquanto ela dormia, Charles e William chegaram e se juntaram a Susie, sentada ao lado da cama de Blair. Quando Blair acordou, viu os três dormindo ao seu lado. Depois os outros acordaram também e começaram a jogar cartas mágicas e conversar sobre os ocorridos.

- Acho que o que Darwin fez é um absurdo! Ele é um completo incompetente que só sabe machucar e julgar os outros, desculpe Blair, sei que ele ainda é seu irmão. - afirmou William

- Tudo bem, eu concordo! - aceitou Blair

- Eu sei que eu sou da Tenebris, mas nem sempre concordo com o que eles falam ou fazem. - continuou William

- Blair é verdade que sua mãe pediu para alguém alterar a nota do Darwin? - perguntou Susie

- Sim, ouvi tudo o que minha mãe falou com uma antiga "amiga"! - respondeu Blair

- Meu Deus!!! - exclamou Charles

Depois de muito tempo conversando, os quatro melhores amigos jantaram na enfermaria com Blair e foram para o seus devidos quartos.

No dia seguinte, foi um nebuloso e típico domingo, todos pareciam cansados e chocados com a briga dos irmãos. Darwin no final das contas, levou uma suspensão de 3 dias e iria ficar em seu quarto sem fazer nada. Blair sentou ao lado de Susie e comeram uma deliciosa bomba de chocolate com blueberry. Todos ficavam a encarando, como se fosse uma aberração. Blair sussurrou à Susie e perguntou se eles não tinham vida própria, a amiga deixou escapar uma risada.

Estava tudo ocorrendo normalmente, até que chegou o correio. Uma coruja entregou uma carta muito vermelha com pequenos detalhes em dourado. Ela sabia que era de sua mãe, nem precisava ver. Susie a incentivou a abrir. Blair abriu e leu, deixando transparecer seu nervosismo. A carta era realmente de sua mãe. A carta dizia o seguinte:

"Blair, fiquei informada que você foi para a vergonhosa casa de Ignis. Estou muito decepcionada, sempre soube que você não passava de uma icompetentizinha. Além do mais soube que você arranjou uma briga escandalosa com seu irmão, que não faz absolutamente nada, somente não queria falar com alguém como você. E ele ficou estressado e empurrou você, o que é muito compreensível, pois você o perturbou. Não acredito que você é minha filha, você é uma grande vergonha que não merece nem um pingo de respeito. Vamos conversar melhor quando você chegar em minha casa.

Juliette L. Windsor"

Blair não conseguiu segurar suas emoções e correu para seu quarto, seus amigos foram logo atrás dela. Ela chorou muito, mas seus amigos o ajudaram também, isso só fortaleceu a sua amizade.

Aquilo não ficaria assim. Ela iria se vingar. Com a ajuda de seus grandes amigos, que se apelidaram de "the four big ones".

Obrigada por ler! Semana que vem tem mais um capítulo! Lembre-se que a Blair tem um site! Você pode acessar o site aqui: