Uns dos animais mais icônicos da fauna pleistocênica foram os dentes-de-sabre, felídeos de porte grande com caninos enormes e curvos. Esses animais eram predadores que estavam no topo da cadeia alimentar em seus habitats, e hoje habitam o imaginário popular. No entanto, embora esses felinos sejam a primeira coisa em que pensamos quando ouvimos “dentes-de-sabre”, esse termo pode ser aplicado a qualquer animal que tenha os caninos extremamente longos.
Um dos dentes-de-sabre mais antigos é Tiarajudens, um herbívoro que viveu no Brasil durante o Permiano, há 265 milhões de anos. Esse animal tinha presas relativamente fortes que equivaliam a 120% da altura de seu crânio, mas se eles não as usavam para caçar outros animais, qual era a função desses dentes enormes? Uma possibilidade é que tenham usado essas presas para se defender de predadores. Outra possibilidade, é que ele tenha as utilizado da mesma forma que herbívoros dentes-de-sabre atuais.
Como no caso do cervo-almiscarado (Moschus), que usa suas presas para competição intraespecífica: os machos têm caninos bastante alongados e, durante a temporada de acasalamento, exibem suas presas para afastar outros machos, e se isso não funcionar, eles atacam raspando os dentes no corpo do outro animal até que um deles desista.
Fonte: https://www.ufrgs.br/faunadigitalrs/tigre-dentes-de-sabre/
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