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Fora da Cidade

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Fora da Cidade

Presbítero Robson Colaço de Lucena

Webmaster Alisson Alves de Lucena

Webmaster Alice Alves de Lucena

Hebreus 13:12-13-14

12 - Por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta.

13 - Saiamos pois a ele fora do arraial, levando o seu opróbrio.

14 - Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a vindoura.

I – Introdução

Nos dias atuais é comum os pregadores da Palavra de Deus escolher os temas que são oportunos para as suas homílias; como a benção de Deus, o amor de Jesus e as consolações do Espírito Santo. Sendo a maneira mais fácil de alegrar o pecador que busca as facilidades. O ser humano é tendencioso as coisas que não dão trabalho.

Dessa forma, parece que a mensagem da Cruz ficou no passado e não tem validade para os dias atuais. Entretanto, o sacrifício propiciatório de Jesus tem efeito eterno; Nele todos foram justificados desde os antigos até os dias de hoje.

II – Justiça

Na leitura em estudo, observamos que Jesus Cristo nos justifica pelo seu precioso Sangue, que foi derramado fora da cidade. O Antigo Testamento faz menção do sacrifício de animais (novilho), que levado para fora da cidade era oferecido em libação pelos pecados do povo.

Levitico 4:12

Enfim, o novilho todo, levá-lo-á para fora do arraial a um lugar limpo, em que se lança à cinza, e o queimará sobre a lenha; onde se lança à cinza, aí se queimará.

Elucidando o processo do sacrifício imperfeito, que começava dentro da cidade e terminava na parte de fora, sendo oferecidas as cinzas como sinal de esquecimento.

Aconteceu também com Cristo, o sacrifício perfeito, que ao passar pelo fogo da injustiça dentro da cidade, foi vituperado e morto por nossos pecados na parte exterior. Ficando os nossos pecados como cinzas esquecidas diante de Deus.

João Batista deu testemunho no Evangelho por João Evangelista:

João 1:29

No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

Da morte de Jesus para toda eternidade, não é mais necessário sacrificar animais para cobrir os nossos delitos; pois já estamos justificados nesse sacrifício santo e agradável a Deus.

III – Sofrimento

Dentro da cidade estava o pecado, assim como dentro do tumor está à infecção. Mas é necessário levar o mal para fora, como Cristo levou as nossas maldades. Notoriamente é doloroso se espremer um abscesso, porém isso se faz necessário para que tenhamos uma vida salutar e vitoriosa.

Nos escritos Joaninos podermos ver:

João 19:17-18

17 - Tomaram, pois, a Jesus; e ele, carregando a sua própria cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota,

18 - Onde o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.

A cidade em um sentido espiritual significa a sociedade pecaminosa, religiosa, idolatra e carnal. No entanto é preciso abandonar a luxuria do diabo e receber o amor de Deus fora da cidade.

IV – O Mártir

O Livro de Atos dos Apóstolos narra um caso do Diácono Estevão que foi morto apedrejado fora da cidade porque pregava o Evangelho de Jesus Cristo.

Atos 7:58

E, lançando Estevão fora da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um mancebo chamado Saulo.

Por amor de Deus

1. Estevão foi morto, fora da cidade;

2. Noé foi expulso da Mesopotâmia para Ararate na Armênia (No dilúvio);

3. Moisés foi expulso do Egito para Israel, rejeitando ser filho da filha de faraó;

4. Abraão deixou UR dos Caldeus para Canaã;

5. Ló foi retirado de Sodoma para outras terras;

6. Elias foi retirado de Jerusalém para Hebron;

7. Jesus foi tirado de Jerusalém para morro no mote Caveira;

8. Os primeiros crentes foram dispersos em grande perseguição

9. Hoje o verdadeiro evangélico está sendo expulso da sociedade corrompida;

10. E em Nome de Jesus, espero que você seja mais um fora do mundo pecaminoso.

V – Epilogo

Em Israel ainda hoje existe uma avenida por nome Via Dolosa, onde os antigos condenados a calcificação passavam para fora da cidade. No ano 70 D.C., o romano Quintilius Varus, mandou matar 2.000 (dois), mil judeus, dando o nome a essa chacina de:

“IBIS AD CRUCEM” – Quem subirá a cruz.

Os prisioneiros seguiam com a trave horizontal da cruz em seus pescoços; chegando a determinado lugar, era cravado.

Saiam nus pelas ruas e era colocado uma “Coroa de Atad” (Espinhos de judeu), que cada um possuía 12 cm de comprimento, e os cravos da cruz eram de 20 cm x 2cm.

Quanto à crucificação de Jesus Cristo, foi a mais tenebrosa de todos os tempos. Com uma grande diferença – Ele não havia praticado nenhum crime ou pecado; não teve nenhum advogado; e o seu julgamento segundo a Lei de Moisés não poderia ser processado no período da noite.

Em tudo Ele foi massacrado a ponto de derramar a sua última gota de Sangue fora da cidade para nos dar livre acesso ao Trono de Deus.

Jesus te ama