Continuando com nossos estudos sobre gestão financeira a partir de indicadores, na presente lição, fecharemos esse tipo de análise, pois aprenderemos sobre os indicadores de alavancagem, tanto financeira como operacional. As alavancagens financeira e operacional são conceitos cruciais na análise de uma empresa, visto que elas ajudam a medir a capacidade de empresa utilizar seus recursos de forma eficiente e ter o máximo de lucro. Esses indicadores são usados para avaliar a saúde financeira de uma empresa, tanto em termos de geração de lucro como de capacidade de cumprir suas obrigações (custos e despesas).
Veremos que a alavancagem financeira se refere à relação entre o capital próprio e o capital de terceiros, de forma que, quando uma empresa usa uma quantidade significativa de capital de terceiros para financiar suas operações, está alavancada de forma financeira, como aprenderemos na lição. Essa alavancagem, ainda que tendo potencial de melhora dos lucros, também, aumenta o risco, dado que a dívida deve ser paga independentemente de o investimento ter dado certo ou não.
A alavancagem operacional, por sua vez, indica a relação entre os custos fixos e os custos variáveis de uma empresa, de modo que ela tem elevados custos fixos em comparação com os variáveis e terá uma alavancagem operacional alta. Esse tipo de alavancagem indica que uma pequena variação nas vendas pode ter grande impacto nos lucros.
Como veremos, os indicadores de alavancagem são importantes, pois ajudam a empresa a descobrir suas fraquezas, o que auxilia na criação de estratégias e planos para reverter e corrigir falhas encontradas. Por exemplo, uma empresa financeiramente alavancada pode precisar reduzir sua dívida ou aumentar seus lucros para reduzir o risco financeiro, ou, se tal alavancagem for operacional, pode ser necessário reduzir seus custos fixos, ou aumentar suas vendas para melhorar sua posição financeira. Gostou do tema? Então venha comigo para mais uma jornada de conhecimento.
Imagine uma empresa que não sabe o tamanho de sua dívida, ou, então, pense em uma empresa que faz empréstimos, mas sem saber se o dinheiro que será aplicado terá um retorno suficiente para cumprir com a despesa feita com o banco. Você acha que isso está correto?
Não utilizar indicadores de alavancagem traz diversos problemas para a gestão financeira da empresa, visto que, sem esses indicadores, ela não terá uma visão clara do seu nível de endividamento e, assim, pode não estar ciente do risco que isso pode representar para a sua saúde financeira, o que leva, inevitavelmente, a uma má gestão das finanças e, também, dificuldades para cumprir com as obrigações financeiras.
A não utilização dos indicadores de alavancagem torna incerta a tomada de decisão financeira da empresa, pois ela não estará ciente do seu nível de endividamento e do seu risco financeiro, dificultando, assim, a avaliação do seu potencial de investimento e a identificação de oportunidades de crescimento. Além disso, sem esses indicadores, falta transparência na gestão financeira da empresa, pois, sem eles, não é possível saber o nível de endividamento da empresa e sua capacidade de arcar com suas obrigações financeiras.
Outro aspecto que você, estudante e, quem sabe futuro, gestor(a) financeiro(a), deve ter em mente é que a não utilização dos indicadores de alavancagem gera dificuldades para comparar a empresa com seus concorrentes, isso porque indicadores de alavancagem são utilizados na análise do desempenho financeiro, ou seja, sem eles, é impossível comparar o desempenho financeiro das empresas, o que afeta a capacidade de a empresa avaliar sua competitividade no mercado!
A partir de tudo o que foi comentado, espero que tenha ficado claro que é mais do que importante para o gestor financeiro conhecer e dominar a aplicação e análise dos indicadores de alavancagem. No entanto tão importante quanto conhecer tais indicadores é aplicá-los no cotidiano da empresa, para comparações mensais, semestrais ou anuais.
Vamos avaliar um case hipotético sobre o tema da lição, esperando que, após ela se encerrar, você esteja apto a entender todos os aspectos financeiros ligados a ele.
Lembra da nossa empresa Administradores SA? Imaginemos que ela trabalha no varejo (venda direta para pessoas físicas) e que tem diversas filiais pelo estado do Paraná, atendendo tanto fisicamente como por e-commerce, o que fez ela ter bom desempenho nos últimos anos em termos de faturamento e lucro. No entanto esse crescimento acelerado trouxe alguns problemas, visto que a empresa agora está com alto nível de alavancagem financeira e operacional (que aprenderemos ao longo da lição com mais detalhes).
A alavancagem financeira mostra a quantidade de dívida que a empresa usa para financiar suas operações, e a operacional, a quantidade de custos fixos em relação aos custos variáveis da empresa. Dado que ela está altamente alavancada, há grande risco financeiro, pois, se algo ocorrer no mercado — uma crise econômica, por exemplo —, ela pode não gerar receitas suficientes para cumprir com suas obrigações financeiras (empréstimos), além do fato que qualquer oscilação no mercado reduzirá muito sua margem de lucro, dado o elevado percentual de custos fixos.
Você, estudante, foi chamado(a) para auxiliar a Administradores SA (após, claro, finalizar a disciplina de Administração Financeira e Orçamentária). Como você já tem amplo conhecimento, você propõe algumas medidas, dentre elas:
Reduzir dependência de dívida para pagar suas operações.
Diversificar receita para obter maiores ganhos.
Alterar o processo produtivo para reduzir proporção de custos fixos.
O desafio agora é: como implantar essas medidas? O que pode ser feito de forma prática? Se ficou curioso(a) para saber e ser capaz de responder, então, anime-se, pois é isso que aprenderemos nesta lição!
Já aprendemos sobre os indicadores de liquidez, endividamento, rentabilidade e, na última lição, sobre os de lucratividade. Nesta lição, fecharemos com chave de ouro esse tipo de análise abordando os indicadores de alavancagem. Você se recorda quando explicamos em lições passadas sobre alavancagem? No campo das finanças, o conceito de alavancagem se refere ao uso de recursos, instrumentos e oportunidades externas para alcançar um resultado mais significativo. Isso significa que, por meio de um esforço relativamente pequeno, é possível buscar ganhos ampliados, assim como quando uma empresa elabora um orçamento que se traduz em lucros a médio e longo prazo.
Talvez, um exemplo ajude, não é mesmo? Então, vamos lá: suponha que você possua uma empresa e ela está tendo ótimo desempenho, com muitas vendas, produção no máximo, tudo excelente. No entanto, como você já conhece diversas ferramentas de análise financeira, dá-se conta que há uma necessidade de capital (dinheiro) em caixa, porque, sem ele, esse bom ritmo de crescimento vai parar. No entanto você não quer que esse ritmo diminua, então, dentre as possíveis soluções que você possui, pegar dinheiro emprestado é uma delas, certo? É justamente esse endividamento que chamamos de alavancagem, ou seja, quando um agente econômico, pode ser empresa ou pessoa física, pega recursos emprestados para potencializar seus ganhos financeiros (MATARAZZO, 2010).
De forma mais conceitual em termos de contabilidade, pode ser traduzida também como a utilização da dívida para financiar ativos ou realizar negociações cujo valor monetário excede o próprio patrimônio da empresa (presente no seu balanço patrimonial). Em linhas gerais e lembre-se dessa definição por ser muito simples e didática, uma empresa alavancada está multiplicando sua capacidade de realizar alguma atividade que não poderia fazer apenas com seus próprios recursos.
Se você é um(a) aluno(a) curioso(a) e que prestou atenção nas lições anteriores, deve ter pensado ou feito a seguinte pergunta: se a alavancagem é tão boa assim, quais os seus riscos? Caso você tenha feito essa indagação, parabéns, pois você já percebeu que nada no mundo das finanças é isento de risco. Inicialmente, em termos de alavancagem, a primeira coisa a se pensar é sobre o custo desse endividamento! Já sabemos que os bancos não emprestam dinheiro porque são bonzinhos, mas, sim, porque almejam ter algum lucro — este associado aos juros cobrados. Se uma empresa pegar um milhão emprestado do banco, pode ter certeza que a empresa não devolverá apenas o um milhão para o banco, mas, sim, o um milhão somado aos juros da negociação (ASSAF NETO, 2012).
Outro ponto que também deve ser considerado é que a alavancagem potencializa altos ganhos, certo? Mas se potencializa altos ganhos, também, pode potencializar altos prejuízos. Imagine uma empresa que tomou um empréstimo e realizou o investimento, e esse investimento não gerou lucro nenhum, apenas prejuízo. Nesse caso, a empresa, além de ter esse prejuízo, ficou em dívida com o banco ou com a instituição que fez o empréstimo. Então, um gestor financeiro que opte por alavancar sua empresa tem que tomar diversos cuidados antes de realizar tal ação. Existem dois principais tipos de alavancagem, a financeira e a operacional, veremos cada uma delas com mais detalhes.
A alavancagem financeira se refere ao total da dívida na estrutura de capital da empresa para que possam ser adquiridos mais ativos. Em outras palavras, a alavancagem financeira é uma estratégia utilizada por empresas para aumentar seu potencial de lucro mediante o uso de recursos de terceiros (pessoas que não os sócios ou proprietários que representam a conta do passivo no balanço patrimonial) como empréstimos ou financiamento (MATARAZZO, 2010). Esse tipo de recurso é utilizado para que a empresa possa investir em projetos e atividades que não seriam possíveis devido à falta de recursos. A alavancagem financeira é uma forma de multiplicar o potencial de ganhos da empresa (mas como mencionado, também, aumenta o risco envolvido).
Vamos de exemplo: imagine que uma pessoa deseja comprar uma casa. Caso ela não possua todo o dinheiro necessário para isso, pode solicitar algum tipo de empréstimo imobiliário. Dessa forma, conseguirá investir em um bem que antes não seria possível, já que não possuía todo o dinheiro necessário. O imóvel pode ser usado como garantia para o empréstimo e, quando a dívida for quitada, a pessoa terá um bem de grande valor em seu patrimônio.
Levando esse exemplo para a realidade das empresas, a alavancagem financeira acontece quando a empresa decide expandir suas atividades (igual em nosso exemplo) e precisa de mais dinheiro para investir e, para isso, por não ter todo o recurso financeiro, recorre a empréstimos ou financiamentos para conseguir o dinheiro necessário. Dessa forma, a empresa poderá investir em novos mercados, produtos ou serviços e aumentar sua receita e lucro.
Como já apontado, no entanto, a alavancagem financeira, também, aumenta o risco envolvido, visto que, ao utilizar recursos de terceiros, a empresa fica vulnerável a problemas financeiros, como um momento de queda nas vendas (como ocorreu durante a pandemia) ou alta nos juros. Se a empresa não conseguir pagar as dívidas geradas, pode acabar falindo (ASSAF NETO, 2012). Por essa razão, é mais do que fundamental para a empresa avaliar, de forma criteriosa, os riscos envolvidos na alavancagem financeira antes de tomar qualquer decisão.
Em termos de indicadores, essa alavancagem é importante para mensurar o grau de lucratividade do negócio. Por ser algo de grande importância para a empresa, é possível avaliar o grau de alavancagem mediante o seguinte indicador: grau de alavancagem financeira (GAF).
O Grau de Alavancagem Financeira (GAF) é um indicador utilizado para medir o efeito da dívida sobre o lucro líquido de uma empresa e é calculado a partir da Demonstração do Resultado de Exercício (que aprendemos em lições passadas), porque, por meio dele, obtemos as informações referentes ao lucro antes dos juros e imposto de renda (LAJIR) e o lucro antes do imposto de renda (LAIR) (MATARAZZO, 2010).
Suponha que uma empresa possua um LAJIR de R$ 50.000,00 e que tenha dívidas (juros) a serem pagas no valor de R$ 15.000,00. O LAIR da empresa será de:
LAIR = LAJIR - JUROS
LAIR = 50.000,00 - 15.000,00
LAIR = 35.000,00
Para encontrar o Grau de Alavancagem Financeira (GAF), dividimos o LAJIR pelo LAIR:
GAF = LAJIR ÷ LAIR
GAF = 50.000,00 ÷ 35.000,00
GAF = 1,43
O valor do GAF é um indicador cujo resultado indica o quanto a empresa está endividada. Um GAF maior que 1 indica que a empresa utiliza mais capital de terceiros do que capital próprio em sua estrutura financeira. Isso significa que a empresa tem um potencial de lucro maior, uma vez que os juros sobre a dívida são dedutíveis na declaração de imposto de renda. No entanto, também, significa que a empresa está mais exposta a riscos financeiros.
Já um GAF menor que 1 indica que a empresa utiliza mais capital próprio do que capital de terceiros. Isso significa que a empresa tem menos risco financeiro, mas também tem um potencial de lucro menor, uma vez que os juros sobre o capital próprio não são dedutíveis na declaração de imposto de renda (MATARAZZO, 2010).
Um Grau de Alavancagem Financeira (GAF) de 3,33 significa que a empresa está utilizando uma quantidade expressiva de dívida em sua estrutura de capital, indicando que a empresa está usando 3,3 vezes mais dívida do que capital próprio para financiar suas atividades (sim, ela está alavancada). Isso pode ser bom para a empresa, dado que a utilização de dívida pode potencializar ganhos futuros.
Como mencionado, no entanto, existem riscos associados ao alto grau de alavancagem financeira, pois, se não for capaz de conseguir gerar fluxo de caixa suficiente para pagar suas dívidas, a empresa terá dificuldades financeiras ou mesmo irá à falência. Além disso, o uso excessivo de dívida pode tornar a empresa mais vulnerável a flutuações no mercado e a mudanças nas taxas de juros.
A alavancagem operacional é um conceito financeiro que se refere à utilização de custos fixos na produção de bens ou serviços em relação aos custos variáveis. Se houver elevada alavancagem operacional, uma pequena mudança no volume de vendas pode mudar expressivamente os lucros da empresa.
Quando uma empresa tem custos fixos muito altos, como aluguel, contas associadas ao seu galpão de atividade, depreciação de suas máquinas etc., ela precisa produzir em grande volume para cobrir tais custos e mesmo assim ter lucro. Dado que custos fixos não variam com aumento da produção, à medida que a produção aumenta, os custos fixos representam uma proporção menor do custo total e o lucro aumenta.
O grau de alavancagem operacional (GAO) é uma medida da sensibilidade do lucro operacional da empresa em relação ao aumento ou à diminuição das vendas. Quanto maior o GAO, maior é a sensibilidade do lucro operacional às variações nas vendas, o que na prática significa que uma pequena variação nas vendas pode levar a uma grande variação no lucro operacional (MATARAZZO, 2010).
Vamos de exemplo: uma empresa produz automóveis e tem um custo fixo alto, dado o custo do aluguel e, também, da depreciação (usando, ou não, as máquinas, elas vão depreciar). Se essa fábrica aumenta a produção, os custos fixos são distribuídos em maior número de unidades produzidas, reduzindo o custo unitário e aumentando, dessa forma, o lucro por unidade. No entanto, se as vendas diminuem, a fábrica ainda terá que pagar o aluguel e outros custos fixos, o que reduz, de forma expressiva, seu lucro.
Por essa razão, é fundamental que gestores financeiros saibam realizar o cálculo de sua alavancagem operacional para poderem acompanhar as variações nas vendas. Se a empresa tem elevado GAO, ela está muito mais exposta a choques negativos no mercado (como visto durante a pandemia em 2020). Já se ela tiver GAO pequeno, por um lado, pode ter mais estabilidade financeira, mas, por outro, pode estar perdendo oportunidades de lucro com o aumento das vendas.
Vamos de exemplo? Imagine que uma empresa possua os seguintes valores: I) receita de vendas de R$ 200.000; II) custos variáveis de R$ 100.000; e III) custos fixos de R$ 40.000. Para se obter o grau de alavancagem operacional, primeiramente, temos que determinar a margem de contribuição, que, como já aprendemos, é um indicador de lucratividade que mostra a diferença entre a receita de vendas e os custos variáveis. Em nosso exemplo, a margem de contribuição será de R$ 100.000 (R$ 200.000 - R$ 100.000). Tendo a margem de contribuição, é possível calcular o grau de alavancagem operacional (GAO) por meio da seguinte fórmula:
GAO = (Receita - Custos variáveis) / (Receita - Custos variáveis - Custos fixos)
GAO = (R$ 200.000 - R$ 100.000) / (R$ 200.000 - R$ 100.000 - R$ 40.000)
GAO = R$ 100.000 / R$ 60.000 GAO = 1,66
Esse resultado mostra que, para cada aumento de 1% na receita de vendas, a empresa terá um aumento de 1,67% no lucro operacional. Quando o GAO é maior do que 1, significa que a empresa possui uma alavancagem operacional positiva, de modo que suas receitas estão crescendo em uma proporção maior do que seus custos fixos, e isso indica que a empresa está em boa situação, pois, à medida que suas vendas aumentam, seus lucros aumentam ainda mais. Para um GAO menor do que 1, a empresa possui uma alavancagem operacional negativa, ou seja, suas receitas estão crescendo em uma proporção menor do que seus custos fixos, indicando uma situação ruim, dado que, à medida que suas vendas aumentam, seus lucros aumentam, mas em uma proporção menor.
Existem outros indicadores financeiros, como indicado por Matarazzo (2010), que podem ser utilizados para avaliar a alavancagem financeira de uma empresa dos quais não tratamos nesta lição, mas deixarei aqui para sua pesquisa posterior.
Grau de Endividamento: mede a proporção do capital de terceiros em relação ao capital próprio da empresa. Quanto maior o grau de endividamento, maior será a alavancagem financeira.
Cobertura de Juros: esse indicador avalia a capacidade de a empresa pagar seus juros com base em seus lucros, de forma, que, quanto maior a cobertura de juros, menor é o risco de inadimplência; portanto, menor é a alavancagem financeira.
Índice de Dívida Total/Ativos Totais: mensura o quanto a empresa depende de dívidas para financiar suas operações em relação ao total de ativos que possui. Quanto maior o índice de dívida total/ativos totais, maior será a alavancagem financeira.
Índice de Dívida de Longo Prazo/Capitalização de Mercado: esse indicador mostra a quantidade de dívida de longo prazo que a empresa possui em relação ao valor total de mercado da empresa. Quanto maior o índice de dívida de longo prazo/capitalização de mercado, maior será a alavancagem financeira.
Espero que tenha gostado do que aprendeu nesta e nas demais lições sobre indicadores, pois, a partir delas, você pôde conhecer muito sobre a área da gestão financeira das empresas. Um ponto a ser ressaltado é que o bom profissional da gestão utilizará todos os indicadores ao fazer uma análise geral da saúde financeira da empresa, não apenas um ou dois. Caso a empresa precise avaliar, de forma específica, uma área financeira, como condição de liquidez, de lucratividade, de rentabilidade etc., daí, sim, a análise individual dos indicadores pode ocorrer apenas por meio de todos os indicadores.
Para que você possa exercitar seu conhecimento sobre os indicadores de alavancagem, proponho dois desafios. O primeiro consiste em você voltar para a seção case e propor as ações indicadas para resolver os problemas de alavancagem da empresa Administradores SA. Os pontos sugeridos eram:
Reduzir dependência de dívida para pagar suas operações.
Diversificar receita para obter maiores ganhos.
Alterar o processo produtivo para reduzir proporção de custos fixos.
Pense de forma prática: como a empresa pode reduzir sua dependência de dívidas para realizar suas operações? Como ela pode diversificar seus produtos e mudar a base produtiva para ser menos dependente dos custos fixos?
O segundo desafio proposto é você fazer uma pesquisa sobre os seguintes indicadores de alavancagem:
Grau de Endividamento.
Cobertura de Juros.
Índice de Dívida Total/Ativos Totais.
Índice de Dívida de Longo Prazo/Capitalização de Mercado.
A ideia é que você, ao menos, dê uma olhada no objetivo por trás desses indicadores e como são aplicados nas análises financeiras das empresas. Compartilhe o que você propôs com seus colegas de sala e veja o que eles propuseram de diferente. Bons estudos!
ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MATARAZZO, D. C. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Básica e Gerencial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.