Olá, estudante! Seguindo nosso estudo sobre o e-commerce sediado em outros países, na lição de hoje, você terá a oportunidade de explorar um tópico muito interessante e relevante: os desafios ao comércio local. Esta lição será uma jornada importante para compreender os desafios que o comércio local enfrenta quando concorre com o comércio eletrônico sediado no exterior. Abordaremos questões como competitividade, regulação, logística e outros aspectos críticos que impactam o comércio local diante da crescente presença da sua modalidade eletrônica internacional. Vamos aprofundar nossos conhecimentos?
Enquanto consumidores, os e-commerces são uma verdadeira maravilha, não é mesmo? É uma infinidade de produtos dos mais diferentes lugares e muitas vezes com ótimos preços. Mas, se pensarmos pelo lado das empresas locais, será que elas têm a mesma percepção? Será possível uma empresa local competir com os produtos vendidos e preços praticados nos e-commerces de outros países?
A globalização e a revolução digital têm transformado profundamente a paisagem do comércio, apresentando desafios significativos para os negócios locais que tentam competir com o comércio eletrônico internacional. Esta batalha desigual coloca em xeque a sobrevivência e o sucesso de empresas que, historicamente, dependiam, em especial, de suas comunidades locais para sustentação.
Uma das principais dificuldades enfrentadas pelo comércio local ao competir com o e-commerce internacional é a vasta gama de opções disponíveis para os consumidores online. Os gigantes do comércio eletrônico, como Amazon, Alibaba e eBay, oferecem uma variedade de produtos e serviços simplesmente incomparáveis com os de muitos varejistas locais. Os consumidores podem encontrar quase qualquer coisa que desejarem a preços competitivos, muitas vezes, com frete grátis e uma experiência de compra conveniente.
Além disso, o comércio eletrônico internacional tem a capacidade de oferecer presença global, alcançando mercados muito além das fronteiras locais. Esta ampla acessibilidade permite que as empresas de e-commerce atinjam uma base de clientes muito maior do que aquelas que operam apenas em nível local. Como resultado, os negócios locais, muitas vezes, se veem competindo com empresas com uma escala muito maior e uma pegada global.
Outro desafio importante é o custo de manutenção de uma loja física em comparação com a operação de um negócio online. As lojas locais precisam pagar aluguel, salários para funcionários, serviços públicos e outros custos operacionais significativos. Enquanto isso, muitos e-commerces internacionais operam de maneira mais enxuta, com menos despesas gerais, o que lhes permite oferecer preços mais competitivos.
A questão da tributação e regulamentação também é um obstáculo a ser considerado. Em alguns casos, os e-commerces internacionais podem se beneficiar de regulamentações fiscais mais favoráveis ou de estruturas de impostos mais eficientes do que os negócios locais, criando uma vantagem competitiva adicional.
Apesar desses desafios, os negócios locais têm suas próprias vantagens. Eles podem oferecer um toque pessoal e um serviço mais personalizado ao cliente, o que é difícil de replicar online. Além disso, muitos consumidores valorizam a ideia de apoiar a economia local e preferem comprar de empresas que estão diretamente envolvidas em suas comunidades.
Para sobreviver e prosperar em um mundo cada vez mais digital e globalizado, os negócios locais precisam adotar estratégias criativas. Isso inclui, por exemplo, a criação de uma presença online sólida, a exploração de parcerias estratégicas com outras empresas locais e a busca de maneiras inovadoras de se destacar no mercado.
A competição entre o comércio local e o e-commerce internacional é um desafio complexo e em constante evolução. Enquanto as empresas locais enfrentam obstáculos significativos, elas também têm oportunidades únicas para se destacar e oferecer valor aos consumidores que buscam apoiar suas próprias comunidades bem como experiências de compra autênticas, e a chave para o sucesso está em encontrar um equilíbrio entre o tradicional e o digital, aproveitando ao máximo as vantagens que cada um oferece.
Havia uma pequena cidade chamada Renascer, onde a vida se desenrolava lentamente e as pessoas confiavam em seus comerciantes locais por muitas gerações. Um desses comerciantes era um homem chamado João da Vila, que administrava uma loja de produtos artesanais chamada Artesanatos da Vila. Ele era conhecido por sua simpatia e pelos produtos únicos que vendia.
Tudo ia bem para João da Vila até que um dia ele ouviu falar de um novo concorrente que estava chegando à cidade, um e-commerce internacional chamado GlobalCrafts, conhecido por oferecer ampla variedade de produtos artesanais de todo o mundo a preços competitivos. Foi inevitável, João da Vila ficou preocupado com a chegada desse gigante da internet à sua pequena cidade.
Ele sabia que o GlobalCrafts tinha vantagem em termos de variedade e preço devido à sua capacidade de comprar produtos diretamente de artesãos em diferentes partes do mundo. João da Vila estava ciente de que não podia competir com isso, mas ele tinha algo que a GlobalCrafts não tinha: um relacionamento próximo com sua comunidade.
João da Vila decidiu enfrentar a concorrência. Ele começou a investir mais tempo em aprimorar seu atendimento ao cliente, conhecendo cada um pelo nome e oferecendo recomendações personalizadas. Ele também começou a trabalhar mais estreitamente com os artesãos locais, ao promover os produtos deles na loja e destacar a autenticidade e a história por trás de cada item.
Além disso, nosso personagem organizou eventos comunitários na frente de sua loja, como feiras de artesanato e workshops para crianças. Ele se tornou uma parte ativa da comunidade, pois começou a apoiar causas locais e envolver-se em projetos de revitalização da cidade. À medida que o tempo passava, as pessoas começaram a valorizar a experiência única que João da Vila oferecia. Eles preferiam a sensação calorosa e acolhedora de sua loja, onde cada compra era uma oportunidade para se conectar com a história e a cultura locais.
Enquanto isso, a GlobalCrafts, embora oferecesse uma seleção impressionante de produtos, não conseguia replicar a conexão pessoal que nosso personagem estabeleceu com seus clientes. As pessoas perceberam que podiam comprar itens exclusivos em sua loja, feitos com amor e cuidado, algo que não podiam encontrar em nenhum outro lugar.
Com o tempo, João da Vila não apenas manteve seu negócio, mas também viu sua clientela crescer. As pessoas da cidade aprenderam a apreciar o valor de apoiar um comerciante local comprometido com sua comunidade e suas tradições. O GlobalCrafts, por outro lado, não conseguiu conquistar o coração da cidade da mesma forma.
A história de João da Vila e sua loja, Artesanatos da Vila, mesmo sendo fictícia, é um exemplo de como a conexão com a comunidade e a autenticidade conseguem superar até mesmo a concorrência de grandes e-commerces internacionais. A cidade de Renascer aprendeu que, embora o mundo digital ofereça conveniência e variedade, às vezes, é o toque pessoal e a conexão local que fazem toda a diferença. João da Vila e sua loja permaneceram como uma parte fundamental da vida da cidade, lembrando a todos o valor do comércio local e do espírito comunitário.
O e-commerce internacional tem apresentado uma série de reflexos significativos no comércio local em todo o mundo. Esses reflexos variam em escala e natureza, dependendo do tamanho da economia local, do setor comercial e das políticas governamentais. O e-commerce internacional expande o mercado global para produtos e serviços, o que significa que as empresas locais enfrentam uma concorrência mais intensa de empresas estrangeiras, motivando as empresas locais a melhorar seus produtos, preços e serviços para se manterem competitivas.
Os consumidores locais podem ter acesso a uma variedade muito maior de produtos e marcas internacionais não disponíveis localmente. Este cenário é capaz de ampliar as opções disponíveis aos consumidores e estimular a demanda por produtos exclusivos. Além disso, a concorrência com empresas de e-commerce internacionais pode pressionar os preços locais para baixo, uma vez que os consumidores conseguem comparar facilmente os preços online. Esta situação costuma ser benéfica aos consumidores, mas é capaz de criar desafios às empresas locais que lutam para competir em termos de preços.
O e-commerce internacional, no entanto, também oferece oportunidades para empresas locais expandirem seus mercados ao exterior. Pequenas empresas podem acessar consumidores globais por meio de plataformas de comércio eletrônico, o que impulsiona o crescimento e a exportação.
O comércio eletrônico internacional apresenta, muitas vezes, desafios regulatórios e tributários, já que as transações cruzam fronteiras, dessa forma, os governos locais frequentemente precisam atualizar suas leis e regulamentos para lidar com essas novas realidades.
Outro desafio enfrentado é em relação ao crescimento do e-commerce internacional, o qual é capaz de causar a diminuição nas vendas de lojas físicas locais, especialmente em setores como varejo e entretenimento. Muitas empresas locais têm enfrentado o desafio de atrair clientes para lojas físicas, pois eles têm a possibilidade de comprar online. Portanto, o e-commerce internacional pode impulsionar melhorias na infraestrutura e logística local para acomodar a crescente demanda por entregas internacionais.
O e-commerce é capaz de criar empregos em áreas como marketing digital, desenvolvimento de sites e logística. Ao mesmo tempo, também exige que os trabalhadores locais adquiram habilidades digitais, a fim de se manterem competitivos no mercado de trabalho. Ferrell e Hartline (2016, p. 85) afirmam que
[os] avanços na tecnologia de segundo plano podem afetar as atividades de marketing, tornando-as mais eficientes e eficazes. Por exemplo, os avanços na tecnologia dos computadores tornaram o armazenamento e controle do estoque mais eficientes e menos caros.
O e-commerce internacional tem transformado o cenário comercial local ao oferecer tanto oportunidades quanto desafios. As empresas locais precisam se adaptar a essa nova realidade e explorar maneiras de aproveitar os benefícios do comércio eletrônico global enquanto enfrentam a concorrência e os desafios associados a ele. Por um lado, o e-commerce internacional impulsiona o uso de sistemas de pagamento digital, como carteiras eletrônicas e criptomoedas, por outro lado, isso pode afetar a maneira como as transações financeiras são realizadas localmente.
O comércio local enfrenta diversos desafios ao concorrer com o comércio eletrônico internacional. Esses desafios variam de acordo com a região, o tipo de negócio e outros fatores. Vamos conhecer alguns?
Os e-commerces internacionais, muitas vezes, conseguem oferecer produtos a preços mais baixos devido a economias de escala, custos de mão de obra mais baixos e isenções fiscais, características capazes de dificultar a competição para os varejistas locais que não têm os mesmos recursos. Além disso, os e-commerces internacionais, geralmente, têm acesso a uma ampla gama de produtos de todo o mundo, o que atrai os consumidores em busca de variedade, fazendo com que os varejistas locais precisem lutar para competir com essa diversidade.
Outro desafio é em relação ao frete internacional, que nem sempre é caro, especialmente para produtos leves e de baixo valor, o que torna os e-commerces internacionais ainda mais atraentes aos consumidores. Mas, pensando nos varejistas locais, isso pode ser um problema, por isso esses varejistas precisam enfrentar alguns desafios, a fim de oferecer preços de envio competitivos. A verdade é que a eficiência da entrega é um fator crítico para o sucesso do comércio eletrônico. Os e-commerces internacionais podem ter sistemas de entrega mais avançados e integrados, enquanto os varejistas locais costumam enfrentar dificuldades na otimização da logística de entrega. Essas dificuldades ocorrem ser devido a regulamentações alfandegárias, impostos de importação e questões fiscais, os quais tornam a venda de produtos internacionais mais complexa.
Em resumo, os e-commerces internacionais podem aproveitar estratégias fiscais favoráveis, enquanto os varejistas locais devem cumprir todas as regulamentações locais e nacionais.
Outro desafio que precisamos levar em consideração é a questão de muitos varejistas locais não terem forte presença online ou uma plataforma de comércio eletrônico eficaz, dificultando a atração de consumidores que preferem fazer compras online. Quando pensamos nos e-commerces internacionais, muitas vezes, eles possuem orçamentos substanciais para marketing e publicidade, o que lhes permite alcançar um público global, mas quando consideramos os varejistas locais, eles não têm, geralmente, os mesmos recursos para promover seus negócios.
A adaptação de produtos e serviços a diferentes culturas e idiomas é um desafio para varejistas locais que desejam competir internacionalmente. Os e-commerces internacionais, muitas vezes, têm equipes dedicadas a lidar com essas questões. Além disso, a confiabilidade das transações online e a segurança dos dados do cliente são preocupações crescentes, pois os e-commerces internacionais, geralmente, investem em medidas de segurança avançadas que visam a ganhar a confiança dos consumidores.
Portanto, a saída para os varejistas locais oferecerem uma experiência de compra online de alta qualidade é essencial na competição com e-commerces internacionais. Os varejistas locais devem se esforçar para oferecer um atendimento excepcional ao cliente e uma experiência de compra conveniente. Mas é importante saber que para enfrentar esses desafios, os varejistas locais, muitas vezes, precisam adotar estratégias criativas, como se especializar em produtos exclusivos, investir em marketing local, melhorar a experiência do cliente e buscar parcerias estratégicas para competir de maneira eficaz com o comércio eletrônico internacional.
Outra opção de lidar com a concorrência do e-commerce internacional é criar sua própria loja virtual e ampliar suas vendas. Imagine, você é o(a) gerente de uma loja física local que vende produtos exclusivos. Com a crescente concorrência de negócios online, você precisa adaptar sua operação para incluir um componente de e-commerce. O desafio é desenvolver um plano de transição eficaz. Considere o seguinte:
Selecione a plataforma de e-commerce adequada ao seu negócio local. Leve em consideração aspectos como facilidade de uso, custos e recursos.
Como você gerenciará o estoque entre a loja física e a loja virtual? Considere sistemas de inventário integrados.
Desenvolva uma estratégia de marketing online para atrair clientes à sua loja virtual. Isso pode incluir otimização do site, marketing de mídia social e campanhas de e-mail.
Como você oferecerá suporte aos clientes online? Pense em chatbots, atendimento por e-mail ou chat ao vivo.
Planeje a logística de entrega aos pedidos online: opções de envio, prazos de entrega e rastreamento.
Treine sua equipe para lidar com pedidos online e consultas de clientes.
Estabeleça métricas de avaliação do desempenho do e-commerce, como conversões, taxa de abandono do carrinho e satisfação do cliente.
Estes desafios são projetados para testar sua capacidade enquanto estudante do Curso Técnico de Administração a lidar com situações reais relacionadas ao e-commerce tanto em um contexto internacional quanto no contexto local. Eles também incentivam o desenvolvimento de habilidades estratégicas e de gestão!
FERRELL, O. C.; HARTLINE, D. M. Estratégia de marketing: teoria e caos. Tradução técnica de Cristina Bacellar e revisão técnica de Ana Akemi Ikeda. São Paulo: Cengage Learning, 2016.