Olá, estudante! Seja bem-vindo à disciplina! A internet trouxe a globalização, quebrando os horizontes e as fronteiras. As vendas que antes eram feitas “corpo a corpo” hoje podem ser feitas à distância e de qualquer lugar, seja por meio de canais de interação, como as redes sociais, ou por automações de vendas, onde o cliente entra no site, compra, paga e recebe o produto, seja ele postado via correio ou por transportadora e até mesmo realizar compras em “real time”, no caso, em tempo real, como por exemplo, em aquisições de cursos on-line. Ambos trabalham com o chamado “calor do momento”, onde a pessoa compra muitas vezes por impulso e sem pensar, ato este que é menor quando comparado à venda presencial, uma vez que a pessoa teria que se deslocar até a loja e, na internet ele compra na hora que “desejou” o produto.
Philip Kotler, um dos principais nomes do estudo do marketing afirma no seu livro: “Marketing para o século XXI: Como criar, conquistar e dominar mercados, de 1999”, que a empresa que não está presente na internet está obsoleta, ou seja, ultrapassada. Isso em 1999, quando a internet era muito mais lenta, somente em computadores e a venda por meio dela ocorria, apenas, nas propagandas, nada de negociações e compras efetivas, agora, imagine atualmente, onde a internet está na palma das nossas mãos!
Kotler, em sua outra obra: Os 10 pecados mortais do marketing: Causas, sintomas e soluções, afirma que: “muitas empresas pensam que estão usando a internet simplesmente porque mantêm um website e até mesmo vendem on-line. Contudo, isso representa apenas 10% das oportunidades oferecidas por esse canal” (KOTLER, 1931, p. 115).
E é justamente sobre isso que vamos falar nessa lição. Vamos além de um simples website, vamos ver as principais plataformas possíveis para vendas nas redes!
A internet trouxe uma revolução ao mundo, principalmente na área empresarial e, com isso, as empresas tiveram que se adaptar e vender por meio dela. Adaptação essa, que inclusive, é constante, uma vez que as tecnologias mudam o tempo todo, sempre com inovações e novas tendências.
Agora imagine! Nos dias de hoje uma loja que não está na rede, sem site ou rede social, como ela vai ser achada por uma pessoa que passou na frente da empresa, gostou da vitrine e, ficou interessada em comprar o produto que estava à mostra, mas não teve tempo de entrar para pedir mais informações?
Talvez você não se lembre, mas antigamente, isso seria resolvido por algo chamado lista telefônica, que nada mais era do que um livro que tinha todos os contatos de telefone da cidade. Os números das empresas ficavam separados numa sessão com folhas amarelas.
Hoje, quando alguém gosta de uma vitrine que passou na rua e viu rapidamente, ou ficou sabendo da loja por indicação, essa pessoa vai buscar informações na internet e, por meio dela, consegue mais dados, como contato, endereço, consegue ver mais opções de produtos e até mesmo fazer a compra.
Agora, imagine uma empresa fora da rede on-line? Ela praticamente não existe, concorda? Fica restrita às vendas feitas no local e sem chance de agregar as pessoas que passam rapidamente na frente, que ficam sabendo dela por indicação ou até mesmo pessoas que querem comprar um determinado produto e buscam lojas que vendem o artigo em sites de pesquisa, como por exemplo o Google.
Ao final desta lição, você conhecerá mais sobre as novas possibilidades de negociação e vendas nas plataformas on-line, e, entenderá que no mundo digital podemos vender sem negociar de forma direta e como você deverá negociar na rede quando precisar. Esse é um assunto extremamente importante para você, visto que, como você já sabe, nos dias de hoje, muitas vendas acontecem através das plataformas on-line, e saber como vender por elas é uma das chaves para o sucesso.
Este caso que você vai conhecer agora é uma jornada real de compra que envolve três empresas, mas por questões legais, já que vamos apontar falhas cometidas pelas mesmas, não vamos citar nomes. Então, iremos chamá-las de: Empresa A, Empresa B e Empresa C.
Um rapaz era colecionador de livros raros e há um tempo queria comprar um clássico: Entrevista com o vampiro de Anne Rice. Mas, a obra era difícil de achar, já que a publicação não era recente e ele queria um livro novo (embalado), por isso não adiantava ir ao sebo (lojas que vendem livros usados).
Em um belo dia, o rapaz a passeio, passava de ônibus em frente a uma livraria, e viu na vitrine o livro que tanto procurava. Como estava atrasado para encontrar sua namorada, não pôde descer para comprar, somente teve tempo de anotar no nome da loja: Empresa A. Ao chegar em casa, após seu compromisso, ele buscou a Empresa A em todos os sites de busca disponíveis pela internet, mas não encontrou.
Ele então, após a busca sem sucesso, para desestressar, resolveu buscar notícias sobre o livro que tanto queria. E a partir disso, começaram a aparecer várias publicidades do produto que ele procurava.
O rapaz, então, entrou em contato com a Empresa B. Era uma loja que tinha um E-business, e no site, continha todas as informações sobre o livro, o preço do produto e a forma de entrega. Porém, não havia nenhum vendedor disponível naquele horário para atendê-lo, e como a intenção era garantir a compra naquele exato momento, acabou desistindo de comprar na empresa B.
Ainda na rede, voltou para o site de busca e achou a Empresa C. Era uma livraria E-commerce, também com todas as informações e ele poderia comprar na hora, garantido o produto tão desejado.
No final, antes de concluir a venda, a Empresa C ofereceu ao rapaz a possibilidade de comprar o filme: Entrevista com o vampiro junto com o livro. Não tinha desconto na compra do filme, mas era um clássico, o único filme que trouxe Tom Cruise e Brad Pitt atuando juntos. E ainda no elenco Antonio Banderas, Christian Slater e Kirsten Dunst, que era criança na época do filme e hoje continua fazendo muito sucesso.
O rapaz, sem pensar muito, comprou o livro e o filme da Empresa C. Dentre tantas opções para trazer nesta etapa da lição, optei por este caso, pois é uma situação simples, mas que você consegue visualizar perfeitamente o quanto é importante que uma empresa esteja atuando nas plataformas de venda on-line, e mais que isso, demonstra como essa é uma ótima opção para venda, isso porque a venda on-line nos “joga na cara” o que queremos consumir. E, com isso, compramos no calor do momento e até mais do que queríamos realmente adquirir.
Vamos iniciar essa etapa e nela você vai conhecer as novas possibilidades de negociações no âmbito on-line. As primeiras delas são o E-Business e o E-commerce, que permitem às empresas alcançar um público global. Ao estabelecer uma presença on-line, uma empresa pode atingir clientes em diferentes países, independentemente da distância geográfica. Isso amplia significativamente o mercado potencial e as oportunidades de crescimento para as empresas, permitindo-lhes expandir sua base de clientes de forma mais eficiente e eficaz.
Outro aspecto importante da venda on-line é a facilidade de comparação de preços e produtos. Os consumidores podem pesquisar e comparar diferentes opções antes de fazer uma compra, analisando características, preços, avaliações de outros clientes e muito mais. Isso promove a transparência e a concorrência saudável, levando a preços mais competitivos e melhores opções de compra para os consumidores.
As vendas por E-business/E-commerce oferecem inúmeras oportunidades para empresas e consumidores. À medida que a tecnologia continua avançando, é provável que a venda on-line desempenhe um papel cada vez mais significativo no cenário comercial, moldando a forma como as transações são realizadas e impulsionando o crescimento econômico.
A concorrência on-line é acirrada. Com tantas empresas operando no ambiente digital, é importante que as empresas se destaquem por meio de estratégias de marketing eficazes, oferecendo uma experiência de compra excepcional e garantindo a qualidade dos produtos e serviços.
Mas, afinal, qual a diferença entre E-Business e E-commerce?
E-Business é todo site ao qual é possível se fazer vendas on-line, mas necessita interação entre vendedor e comprador. As vendas feitas por meio de redes sociais, como: Facebook, Instagram, Tik Tok etc., também são uma forma de E-Business.
No E-Business, o cliente conversa com o vendedor por meio de chat, onde há uma negociação entre ambos. Já no E-commerce, a venda é feita de forma automatizada. O cliente escolhe, compra, paga e recebe o produto ou serviço. Neste canal não há negociação, apenas a venda.
As redes sociais, percebendo a movimentação no mercado on-line logo entenderam a amplitude do negócio de vendas digitais e criaram maneiras de também atender essa parcela de compradores. O WhatsApp, por exemplo, criou o WhatsApp Business, onde é possível cadastrar o telefone fixo da empresa, algo que não dá para fazer no WhatsApp normal. Além da possibilidade de realizar pagamentos, criar catálogo de vendas e criar respostas automáticas para seus compradores.
Já o Facebook integrou o WhatsApp por meio de um botão ao qual o internauta pode interagir com o vendedor. Isso fora a possibilidade da criação de uma loja virtual e impulsionar os anúncios dentro da própria rede.
Mesmo que a venda não seja realizada por meio de redes sociais, é por meio delas que as principais comunicações comerciais são feitas atualmente. Dessa forma, é necessário estar presente nelas para uma conversão indireta de vendas, ao qual o cliente conhece o produto ou serviço, e com intenção de comprar ou buscar informações sobre é direcionado aos meios de venda on-line. Isso é chamado de omnichannel.
Ao gerenciar as redes sociais, é importante ser criativo e estar em sintonia com as preferências do público-alvo. Além disso, é essencial se comunicar de uma maneira que os clientes se identifiquem. Itakura (2019), em um estudo sobre o uso de memes, indica que todo ato comunicacional que utiliza artifícios do momento, pode ser utilizado para agregar na venda de produtos e serviços e, além disso, pode criar uma boa relação com o stakeholder – um indivíduo ou grupo que tem interesse em uma determinada empresa ou projeto.
Outra forma de vender on-line, principalmente para quem não pode investir em um site próprio é o Marketplace, que nada mais é que um shopping, um ambiente onde várias empresas ou indivíduos podem listar e vender seus produtos ou serviços, enquanto os consumidores têm a conveniência de encontrar uma ampla variedade de opções em um único lugar.
Os vendedores podem aproveitar a infraestrutura e o tráfego já existentes na plataforma, reduzindo os custos de construção e promoção de uma loja on-line independente. Além disso, os consumidores se beneficiam da possibilidade de comparar preços, encontrar uma variedade maior de produtos e aproveitar promoções especiais de diferentes vendedores, tudo em um mesmo local.
A principal característica de um marketplace é a sua capacidade de reunir vendedores de diferentes origens e oferecer uma experiência de compra unificada para os clientes. Ao contrário de uma loja on-line tradicional, que é geralmente operada por um único vendedor, o marketplace permite que múltiplos vendedores utilizem a mesma plataforma para comercializar seus produtos ou serviços.
O Marketplace também ajuda quanto à procura. Imagine, você cria um E-commerce ou um E-business e para vender você, logicamente, terá que divulgá-lo para ter retorno. Já no Marketplace, de uma marca já consagrada, o cliente irá buscar seu produto nele, e isso pode ajudar nas vendas, mas é claro que isso não quer dizer que você mesmo assim não deverá fazer a publicidade do seu negócio.
Vale ressaltar que existem vários Marketplaces famosos, e que cada um tem suas regras, taxas e formas de envio. Então é importante que você avalie cada um deles e, que na medida do possível esteja em mais de um. Entre os Marketplaces mais acessados estão: Amazon, Mercado Livre e Shoppe.
Os marketplaces podem ser especializados em um nicho específico, como moda, eletrônicos, artesanato ou alimentos, ou podem ser mais abrangentes, oferecendo uma ampla gama de produtos em diversas categorias. Os Aplicativos também estão muito presentes nas vendas on-line, um exemplo deles são os Marketplace de segmentação alimentícia, como o Ifood, Uber Eats, 99Food e Aiqfome.
Em português, união dos canais. Hoje, as empresas têm que estar em todos os canais possíveis, mas não é somente sair publicando seus produtos ou serviços nas redes, mas fazer com que eles estejam interligados, desde uma identidade visual, passando pela lista de produtos e indo até mesmo à negociação. “A comunicação empresarial integrada significa todo o esforço de trabalhar, toda a comunicação da organização (interna, institucional e de marketing) de forma planejada e integrada” (TAVARES, 2017, p. 13).
O Omnichannel deve interligar até mesmo a compra on-line e off-line, ou seja, a compra feita pela internet e a realizada na loja física. Um exemplo é o Magazine Luiza, uma das empresas mais bem-sucedidas na venda, seja ela feita pelas redes ou não. A rede foi a primeira a criar também a possibilidade da compra on-line e a retirada na loja mais próxima.
Atualmente, as pessoas são imediatistas e isso traz uma problemática. O cliente quando entra em contato ao querer realizar uma compra e busca uma resposta na hora, com isso o vendedor deve estar atento em todos os seus canais para dar o parecer o mais rápido possível.
Antes de começar a comercializar algo nas plataformas on-line, é necessário definir claramente seus objetivos, público-alvo, produtos/serviços oferecidos, estratégias de marketing e posicionamento no mercado. Um plano de negócios bem elaborado ajudará a guiar suas decisões e ações.
Invista em um design atraente e intuitivo para o seu site. A navegação deve ser fácil, com categorias claras e um sistema de busca eficiente. Garanta que seu site seja responsivo, ou seja, que se adapte bem a dispositivos móveis, pois muitas pessoas fazem compras por meio de smartphones e tablets.
Ofereça uma variedade de métodos de pagamento seguros e populares para atender às preferências dos clientes. Isso pode incluir Pix, cartões de crédito, PayPal, transferência bancária, boletos, entre outros. Quanto mais opções você fornecer, mais conveniente será para os clientes efetuarem compras.
Estabeleça uma estratégia eficiente para o processamento de pedidos, gerenciamento de estoque e entrega dos produtos. O atendimento ao cliente é essencial, portanto, tenha uma equipe preparada para responder a perguntas, solucionar problemas e lidar com possíveis devoluções ou trocas.
Agora que você sabe da importância das novas possibilidades e das plataformas on-line existentes, ao entrar no mercado de trabalho entenderá que as pessoas querem respostas imediatas em plataformas e E-business e que não estar no ambiente on-line é como se a empresa a qual você administra não existisse.
Ao criar plataformas de vendas para a sua empresa, lembre-se de usar linguagem clara, boas imagens e de integrar todas as plataformas, pois é essa união que trará a identidade de marca e ajudará na navegação do cliente.
Vale lembrar que, quanto mais fácil a compra, menos o cliente pensa e mais ele age na emoção e compra no “calor do momento”, dessa forma, o e-business deve ficar mais para empresas que somente queiram se apresentar, ou seja, que não façam vendas on-line. E quando for realizar comercialização, optar pelo e-commerce, já que por meio dele o cliente faz todo o trajeto de compra sem necessitar de interação e negociação.
Outra tática muito importante são os marketplaces, não se esqueça deles e também não deixe de ter sua própria plataforma, isso porque se o marketplace fechar você não terá muitos prejuízos, uma vez que já estará presente nas redes.
Para compreender como é importante que uma empresa esteja na internet e que esse é um serviço essencial nos dias de hoje, escolha uma loja da sua cidade e busque por ela na internet. Anote se foi fácil localizá-la, e também se é possível encontrar as informações dos produtos.
Após isso, se coloque no lugar de uma pessoa que trabalha das 8 às 18 horas de segunda a sexta, e no sábado das 8 horas às 12 horas, e que passou pela frente da loja de ônibus e desejou comprar um produto da vitrine, mas devido aos seus horários precisaria de um serviço em que pudesse fechar a compra on-line e passar no horário do almoço somente para retirar a compra, ou ainda, comprar on-line e solicitar a entrega. Essa pessoa conseguiria comprar nesta loja que você escolheu? Discuta com os colegas da sala sobre as escolhas que eles fizeram.
ITAKURA, Michel Hajime. Memes na comunicação empresarial no caso da campanha “Sundae e Junior do McDonald's em alusão a dupla Sandy e Junior. Anais I Encontro de Produção e Iniciação Científica. 2019.
KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar mercados/ Philip Kloter; [tradução: Bázan tecnologia e linguística]. São Paulo: Futura, 1999.
KOTLER, Philip. Os 10 pecados mortais do marketing: causas, sintomas e soluções, 1931, Philip Kotler; tradução de Ricardo Bastos Vieira. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004 - 4ª Reimpressão.
TAVARES, Maurício. Comunicação empresarial e planos de comunicação: integrando teoria e prática. Maurício Tavares. São Paulo: Atlas, 2017.