A Biblioteca da Casa da Cultura do Urubuí – CACUÍ está situada na Avenida Acariquara, n. 01, Bairro Honório Roldão, Presidente Figueiredo (AM). Idealizada há 30 anos, desde 1991, por Egydio Schwade e Doroti Alice Müller Schwade, é considerada a primeira biblioteca de acervo particular aberta à comunidade no município de Presidente Figueiredo (AM). O espaço também abriga a Casa do Mel que forma, junto com a biblioteca, a Casa de Cultura do Urubuí, uma organização sem fins lucrativos, atuante nas temáticas: Povos Indígenas, Agroecologia, Meliponicultura e História de Presidente Figueiredo.

A biblioteca é um espaço para leitura e pesquisa de livros e documentos, em ambiente próprio, sem climatização, mas bem arejado, que oferece aos seus usuários acesso a aproximadamente 3 mil obras no seu acervo, entre obras de referência, periódicos, literatura nacional e estrangeira e documentos. Atende ao público geral, principalmente pesquisadores de nível universitário e dispõe, em suas instalações, de mesas e cadeiras.

O termo Urubuí é em alusão ao igarapé mais conhecido desse município amazonense. Inicialmente era uma construção em madeira e, posteriormente, com a colaboração de amigos e familiares foi possível construir “uma casa de alvenaria com dois andares e arquitetura regionalizada. A cobertura é de cavaco de massaranduba apoiada em esteios de quari-quari” (SCHWADE, 2011, s/p). Após a finalização dessa edificação, em 1992, o espaço destinado à biblioteca da CACUÍ disponibilizou acesso gratuito ao acervo, composto por livros do acervo pessoal do casal Schwade somados às doações de obras diversificadas recebidas de amigos.

O escopo desse empreendimento vislumbrava, desde o início, formar um acervo específico “de temas relevantes ao município como a questão indígena, meio ambiente, agroecologia e movimentos populares na Amazônia” (SCHWADE, 2013, s/p). Embora, tenham cedido espaço em suas dependências para oferecer um acervo de obras literárias e didáticas, com intuito de atender ao público frequentador deste espaço de leitura, especialmente estudantes da rede pública, sempre buscaram disponibilizar aos leitores arquivos diversos que versassem sobre temáticas regionais, o que é perceptível ao consultarmos o acervo composto por “documentos raros sobre a construção da BR-174, da Hidrelétrica de Balbina, a instalação da Mineradora de Pitinga, dos latifúndios grilados e história do povo Waimiri-Atroari” (SCHWADE, 2011, s/p).

A partir de 2021, com a presença de jovens atuantes na biblioteca, Stefany Menezes do Vale e Victoria Regina Ribeiro da Costa, a biblioteca investiu em uma comunicação virtual, com uma árvore de links que nos direciona para o blog e para o perfil no Instagram, onde foram feitas lives semanais, com mediação de Stefany Menezes, com pessoas importantes para o desenvolvimento do acervo.