CAFÉ COM AÇÚCAR
No final do século XIX, o Brasil vivia a euforia do café, concentrando 70% da produção mundial. Após a abolição da escravatura, o governo brasileiro incentivou a vinda de europeus para suprir a mão de obra necessária às fazendas de café, no interior paulista. Os imigrantes, de maioria italiana, adquiriram a terra e grande parte optou pela produção de aguardente a partir da cana. Inúmeros engenhos concentraram-se nas regiões de Campinas, Itu, Moji-Guaçu e Piracicaba, e mais tardiamente na região de Ribeirão Preto. De 1815 a 1839, 80 engenhos novos são instalados em Itu, Porto Feliz e Piracicaba. A escolha do local para a implantação dos engenhos dependia de três fatores: terras próprias para os canaviais; água abundante, para a moenda e demais atividades da fábrica; e lenha suficiente para abastecer os fornos por várias safras. Com terras menos adequadas ao café, a região de Piracicaba concentrava três dos maiores Engenhos Centrais do Estado de São Paulo e usinas de porte, tornando-se o principal centro produtor de açúcar de São Paulo.
Em 1910, com o crescimento da economia paulista, os engenhos de aguardente foram, rapidamente, transformando-se em usinas de açúcar. Originando grandes grupos produtores mais tradicionais do Estado de São Paulo.
O Mundo viveu a Primeira Grande Guerra, que devastou a indústria de açúcar da Europa, provocando aumento do preço do açúcar no mercado mundial e incentivou a construção de novas usinas no Brasil, notadamente em São Paulo, onde muitos fazendeiros de café desejavam diversificar seu perfil de produção.