REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Com a introdução da maquina a vapor, da evaporação, dos cozedores a vácuo e das centrifugas, como reflexo dos avanços da revolução industrial, o comercio do açúcar tornou-se bastante lucrativo, o que preocuparam franceses e alemães, que pagavam caro pelo produto.

O numero de subprodutos da cana multiplicou-se e variedades cristalinas de açúcar, rum e melaço foram desenvolvidas. Cada parte do mundo passou a dispor de tipos de cana que se adaptassem as preferências de sua população. Diferentes níveis de pureza, cor e forma do grão de açúcar surgiram.

Em 1747, o químico alemão Andreas Marggraf descobriu com base em experiências do Frances Olvier de Serres, que era possível retirar do açúcar da beterraba, mas o custo de produção era muito superior ao da cana. Em 1801, Franz Carl Achard, um estudante das teorias de Marggraf, repetiu a experiência e fundou a primeira fabrica de açúcar de beterraba, em Kunern, na Alemanha.

As guerras napoleônicas e o conseqüente bloqueio britânico trouxeram o racionamento do açúcar, e enfim, a nova industria teve finalmente oportunidade para se desenvolver e aperfeiçoar. Inicia-se uma guerra entre os importadores do açúcar de cana e os produtores de açúcar de beterraba.

Com a descoberta de novas plantas que dariam origem ao açúcar e com empurrão do bloqueio continental estabelecido por Napoleão Bonaparte, em 1806, que obstruiu a importação dos países baixos, a Holanda perdeu sua posição de destaque no refino do açúcar, no século XIX. A França e na Alemanha passou a financiar o desenvolvimento de tecnologias para extração do açúcar da beterraba a partir de 1812. Na França e Alemanha, essa cultura expandiu-se e, na metade do século XIX, já existiam variedades da beterraba desenvolvidas para o aumento da produção de açúcar.

Novas técnicas de extração do caldo foram surgindo, como o engenho a vapor, implantado em 1815; os cilindros de ferro, utilizados a partir de 1837; e a descoberta de mais uma função para o bagaço: a produção de papel, a partir de 1838, na Martinica.

Em plena revolução industrial, o uso de novas técnicas possibilitou as novas indústrias, tanto de beterraba como de cana, um novo patamar tecnológico de produção e eficiência, impossível de ser atingido pelos engenhos tradicionais.