BRASIL: DE PAI PARA FILHO
Em 1500, Portugal chega ao Brasil e inicia seu domínio sobre as novas terras. Em 1534, o rei de Portugal, D. João III, cria um sistema de administração do novo território por meio das Capitanias Hereditárias, com o objetivo de manter o território sob domínio português, afastando o risco de invasões. O Brasil então é dividido em quinze grandes faixas de terras paralelas à linha do Equador, entregues a nobres ligados à Coroa Portuguesa. Ataques aos povos indígenas, falta de recursos e a distância de Portugal trouxeram grandes dificuldades para a administração para os donatários. Apenas as capitanias de Pernambuco e São Vicente prosperaram, juntamente as que cultivavam a cana-de-açúcar. O sistema de Capitanias Hereditárias vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto pelo Marquês de Pombal.
A CANA CHEGA AO PAÍS
A cana-de-açúcar chega ao Brasil em 1532. Martim Afonso de Souza, donatário da capitania de São Vicente, traz da Ilha da Madeira, colônia portuguesa na África, as primeiras mudas da cana, que encontraram no litoral de São Paulo o clima e o solo adequado à rápida produção. Há também registros de que já teria chegado a Cana-Crioula, de Duarte Coelho, em 1516, na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, conhecida como Capital da Cana.
O AÇÚCAR COMO MOEDA
O tráfico de escravizados negros para o Brasil foi iniciado em 1533, para suprir a mão de obra necessária para as lavouras de cana-de-açúcar. No séculos XVIII, o Brasil tinha a maior população negra fora da África, no mundo. Em 1560, o açúcar produzido na Capitania de São Vicente era a base da economia local e usado como moeda corrente: não havia dinheiro em circulação.