Jéssica Amanda - Psicóloga


CONTRIBUIÇÕES DA VERTENTE COMPORTAMENTALISTA PARA PSICOLOGIA

 

Edward Thorndike, Foi um pesquisador no desenvolvimento da psicologia animal, o qual elaborou uma teoria objetiva e mecanicista da aprendizagem baseada no comportamento manifesto.

A sua convicção era pautada que a psicologia teria que estudar o comportamento e não elementos mentais ou experiências conscientes de qualquer espécie. Sua base de pesquisa era a objetividade dos fundamentalistas.

Tempos depois veio a teoria de Watson, com a mesma visão de mundo, em relação a comportamentos observáveis, passíveis de descrição objetiva em termo de estímulo e resposta. Para ele a psicologia deveria prever e controlar o comportamento.

As tendências que influenciaram a obra watsoniana: a tradição filosófica do objetivismo e o mecanicismo; a psicologia animal; a psicologia funcional, com maior impacto e influência das duas últimas tendências. 

Skinner considerava a Psicologia a ciência do comportamento (Behavior = comportamento) e negava a existência da mente. Rompe com as explicações metafísicas do comportamento e com a necessidade de um método específico. (Skinner, 1963).

Seu método contribuiu para os estudos de interações entre organismos e seus ambientes. Devemos investigar em que condições a vida subjetiva privada se desenvolve, principalmente as condições sociais. Isso porque a aprendizagem de descrever estados internos e mesmos comportamentos ocorre em sociedade, sendo assim, toda linguagem, mesmo que se refira a eventos privados, é social.  

Pós-neocomportamentalistas (Aprendizagem social ou sociocomportamentalista).

Bandura – Admite a influência das crenças, das instruções e da expectativa no comportamento, referente a observação do comportamento interativo dos humanos. Não usa a introspecção e da ênfase ao papel do reforço na aquisição e na modificação dos comportamentos. Também não acreditava que não era necessário obter reforço para se aprender um comportamento, podendo este ocorrer por meio da observação das consequências em outras pessoas. Ele acreditava que entre o comportamento e o reforço houvesse um mecanismo mediador interposto entre os dois, que seriam os processos cognitivos dos seres humanos. (Schultz, Schultz, 1998).

Ainda segundo Bandura, não apenas o programa concreto de reforço tem eficácia na modificação do comportamento, mas sim aquilo que a pessoa pensa que o programa é.

A diferença de controle entre Skinner e Bandura, para o primeiro o reforço controla o comportamento, já para o segundo são os modelos de uma sociedade.

A principal crítica do Bandura foi referente ao estudo individualizado dos sujeitos, em contrapartida estudava o comportamento em interação com outras pessoas.

Os principais conceitos desenvolvidos: Autoeficácia, refere-se ao amor próprio. A sensação de eficácia e adequação ao tratar dos problemas reais, que seria equivalente ao conceito de autoestima.  Para ele as crenças podem afetar o comportamento, como nas profissões, capacidade de perseverar, qualidade com que realizamos uma tarefa e aspectos vinculados à saúde física e mental.

Seu objetivo maior seria mudar e controlar comportamentos que a sociedade considerava inadequada, dessa forma tratar os sintomas seria tratar o distúrbio.

Julian Rotteer, patenteia o termo aprendizagem social. Sua abordagem era a Cognitiva Comportamentalista, na qual estuda as crenças das pessoas sobre a fonte de controle do reforço. E assim como Bandura, o Rotter só estuda sujeitos humanos em interação social, sendo de forma mais ampla.

Segundo o pesquisador Mead, que estuda, dentre tantos temas, o desenvolvimento da linguagem para aprendizagem, a conversação entre o me e o eu ou a relação dialógica entre o eu e o me; Refere-se ao pensamento, enfatiza-se a ação do eu, o indivíduo não é um servo da sociedade. Não deve sacrificar-se para salvar valores sociais convencionais e conformistas.

Para o mesmo deve defender os valores do eu e agir com o objetivo de resistir ao controle social e de modificar a sociedade. Deve defender os valores do eu e do agir com o objetivo de resistir ao contrato social e de modificar a sociedade. O sujeito dialógico é evoluído, pois o eu, ao participar da mudança social, não se deixa reduzir aos diversos me das sociedades estagnadas. “Toda a orientação da psicologia moderna tem sido no sentido de compreender a vontade e a razão a partir da vida impulsiva”. “É essencialmente a habilidade para resolver os problemas do comportamento presente na base da experiência passada e em termos de suas possíveis consequências futuras” (MEAD, 1962, p. 341).

Inteligência reflexiva – envolve a memória e a previsão.

Inteligência reflexiva tem sua origem na ação impulsiva e nos conflitos e fracassos envolvendo essa ação e os sujeitos sociais, sua natureza cognitiva, não é emocional.

Relação dialógica, é um debate contínuo envolvendo as ações impulsivas, cognitivas e morais do eu e as ações sociais do me, ou seja, tensão envolvendo identidades: impulsiva, cognitiva, moral e social.

Comportamentos sociais criam seus objetos: símbolos significantes e as linguagens. Sua contribuição social, a linguagem é contextual “simbolização constitui objetos que ainda não estavam constituído, objetos que não existiriam exceto pelo contexto de relações sociais em que a simbolização ocorra”.

 

CONTRIBUIÇÕES

Todos esses estudos e teorias, foram benéficos para estudos no âmbito educacional, através de estudos sobre linguagem, formas de aprendizagem e interação. Na eliminação de fobia, tratamento de distúrbios obsessivo-compulsivos, disfunções sexuais e ansiedade. E foi uma das bases para a cientificidade da psicologia enquanto área de atuação.

 

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA

ABIB, José Antonio Damásio. Teoria Social e Dialógica do Sujeito. Revista Psicologia: Teoria e Prática, 2005.

PEZZATO, Fernanda Augustini. AZEVEDO, Telma Luiza. GONZAGA, Domitila Shizue Kawakami. História da Psicologia. EducaPsic, 2013.