Após anos acompanhando o desmatamento pelas madeireiras locais, um grupo da comunidade se reuniu para pôr fim a isso. Foram diversas cartas enviadas a órgãos de fiscalização, como o IBAMA, e também a jornais e rádios da época, como mostra o recorte de jornal abaixo datado de 1985.
Em 20 novembro de 1987, depois de grande esforço da comunidade a Fundação Ecológica Cultural e Social Guabijuense-FUNEG foi registrada pelo seu instituidor o Dr. Mauro José Zapparoli, para gerenciar a área de 13,2 ha, doada pelo Sr. José Fracaro, proprietário da Madeireira Guabiju como parte de um acordo com o IBAMA, tendo em vista o desmatamento que ela vinha realizando em terras próprias, porém sem respeitar as normas legais. Com sede em Guabiju a FUNEG tem como finalidade “promover o bem-estar comunitário”, através de atividades “nas áreas de cultura, saúde pública, saneamento básica, meio ambiente, educação, lazer, esportes e outras mais, necessárias à consecução de seu objetivo maior que é o bem-estar comunitário” (art. 4º do Estatuto). O estatuto está registrado no Tabelionato de Registros e Títulos de Nova Prata, sob o número 133/88, no livro A-2, folha 041, em 25 de março de 1988.
Logo após os dirigentes não mediram esforços para a recuperação da área. Atualmente, podemos observar o bosque de araucárias plantado naquela época como forma de amenizar os danos ambientais e também foi cercada toda a área, agora pertencente a FUNEG, e construído o pórtico de entrada do parque ecológico.
Nessa mesma época foi instalado, em parceria com a Prefeitura Municipal de Guabiju, o viveiro municipal em anexo ao parque. Que além de produzir mudas de árvores nativas e flores, desenvolvia projetos como a Patrulha do Verde, que sob a orientação de um técnico agrícola, jovens da comunidade aprendiam técnicas de plantio e manuseio de diversas plantas, desenvolvendo assim um senso de responsabilidade e de consciência ecológica.
Em conjunto ao parque havia o mini-zoológico do qual servia para a recuperação de aminais silvestres prazidos pelo IBAMA e também para estudos e visitação. Além disso a área da FUNEG serve, até hoje, como um abrigo seguro para animais e aves silvestres. Porém, com a falta de recursos e de pessoal técnico somadas as rigorosas leis o mini-zoológico se encontra inativado.