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Nos 13 contos que Alexandre Faria reúne neste livro, a densa experiência urbana de personagens à deriva, em busca de respostas para os acasos do existir, é pontuada pela sensível costura de narrativas ora psicológicas ora fantásticas, que não cedem facilmente à representação realista da cidade. Num passeio oscilante, como as curvas taoistas do calçadão de Copacabana, o leitor será conduzido pelas delícias e misérias dos dramas humanos em narrativas que não deixam de dar humor e leveza aos problemas. O conjunto compõe um painel de histórias em que o famoso bairro carioca, cenário de alguns contos, mas não de todos, transforma-se em metáfora cosmopolita de um tempo complexo e desafiador como o nosso.
Carlos Augusto Corrêa é poeta carioca nascido em 1948. Este livro reúne toda a sua poesia, produzida entre 1977 e 2022. Incorpora títulos publicados em coletivas e de pequenas tiragens, como Elegia sem posse (1987), Junção (1979) e Uma palavra no dia (1977) e e outros inéditos, como De corpo e (c)alma (1999) e Poemas esparsos (2000). Além disso reedita duas obras-primas da poesia brasileira Orgia do escuro (2000) e Terra presente (1992). O volume também contém o livro de poemas eróticos Canto e gozo (2022).
O movimento proposto pelo poeta, além de inusual nas louvações costumeiras da poesia e dos poetas, permite ao leitor uma abordagem densa da poesia imiscuída de vida; da vida que se embebeda de sarjetas, de esperma e gozo, de trabalho, que vai ao âmago do próprio viver e cria um amalgama forte, cristalino e provocador seja da poesia, seja da vida, ou de um modo de vivê-la.
Desenhamos seu rosto desde a Idade da Pedra
escrevendo o nosso medo nas cavernas do Nada.
Porém, maior é seu triunfo quando somos trevas
ceifando com sua foice e sua face sem palavras.
Em cada época ela recria novas lâminas e lepras,
nova ânima, se transforma em círculos de silêncio,
se espalha, até recompor sua face única, imutável,
presente em cada gesto desenhado pelo inevitável.
Em meu tempo traz esses olhos baços da boçalidade
refez-se eterna novamente e convicta grita estultices.
É o Triunfo da Morte, numa Idade ainda sem nome,
porque não existe pior forma de morte que a burrice
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homem simples e humilde
como é de praxe dizer
surpreendeu-se ao vê-lo
com o filho na altura dele
já homem feito
não deve pois esse homem
ser tão simples e humilde
como é costume dizer
tem biografia esse homem
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(boleto ou cartão)os corpos ao deus-dará beijam a terra
despojos de olhos de lagarto no ror:
aquele bezerro-quase língua morta
e os meros homens de acuo e terror
seguem afora os deixados-ao-verme
a fila de esconjuro e arruinados panos
despojos opimos voz do contrarregra
a calar ao toque do flâmula ufano
não os mortos que há mas os por haver
deste século trapo em botinas e quartéis
inverossímeis de pelourinho e chibata
de cangaço e vacina a carandiru
e condor quando a besta revelou-se
ao decepar a cabeça de antônio,
o conselheiro
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