Com o surgimento de estudos sobre o currículo, o percurso histórico e as características dessas teorias foram densamente evidenciadas. No Brasil, entre outros pesquisadores que se dedicam a tal temática, Tomaz Tadeu da Silva produz a obra “Documentos de Identidade – uma introdução às teorias do currículo”, na qual subdivide as teorias em tradicionais, críticas e pós-críticas.

Ao compreender as teorias e as relações com o contexto histórico e as transformações que as diferentes abordagens propõem, é possível interpretar, descortinar e contestar criticamente as orientações curriculares que chegam às escolas, compreendendo-as através de um olhar mais analítico, e percebendo as intenções explícitas e implícitas daquilo que se espera que os alunos aprendam.

Segundo Tomaz Tadeu (2005), conceitos chave resumem as categorias das teorias do currículo, podendo ser assim definidos:

As teorias do currículo nos levam a perceber que não há neutralidade entre o currículo, o conhecimento, o poder e a identidade social. As suas múltiplas formas de se correlacionarem estão interligadas umas às outras e, assim, redimensionam o campo educacional e sua teorização a cada tendência ou a cada marcador histórico. Mais que uma discussão balizadora do campo educacional, as teorias curriculares esbarram em interfaces multidisciplinares e fundamentalmente políticas.

Nesse sentido, o currículo é fortemente influenciado pela conjuntura social, política, cultural e econômica da época em que está inserido, resultando em um conceito permanentemente em construção.