CAPÍTULO 3

CRIAÇÃO E COMPARTILHAMENTO DO CONHECIMENTO EM AULAS REMOTAS EM UM CURSO DE MESTRADO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19



CLÁUDIA HERRERO MARTINS MENEGASSI¹

FABRICIA SOUTO CRUZ²

RESUMO

O contexto de aulas remotas ao qual o ensino precisou se adaptar devido à necessidade de isolamento social decorrente da pandemia de CoViD-19 trouxe inseguranças a respeito de sua efetividade no tocante à criação e compartilhamento do conhecimento. Diante desse contexto, o objetivo deste artigo foi verificar a percepção dos alunos de um Programa de Mestrado acerca da criação e compartilhamento do conhecimento por meio das aulas remotas em um curso de mestrado decorrentes do isolamento social consequente da pandemia de CoViD-19. Para tanto, foram realizadas entrevistas não estruturadas com alunos de um programa de mestrado acadêmico de uma Instituição de Ensino Superior do norte do Paraná. Como resultado, os alunos apresentaram a percepção de que não houve prejuízo à criação e compartilhamento do conhecimento em termos de conteúdo do curso e na interação entre eles e os professores, mas que a interação e a consequente criação e compartilhamento de conhecimento entre os próprios alunos foi prejudicada pela falta de contato presencial.

PALAVRAS-CHAVE:

Gestão do Conhecimento. Ciclo de Gestão do Conhecimento. Processos de Gestão do Conhecimento.

¹Pós Doutoranda em Economia e Management pelo Instituto Universitario Sophia (Florença/Itália). Doutora em Administração pela Universidade Positivo (UP/2013). Mestre em Administração pela Universidade Estadual de Maringá (UEM/2007). Graduada em Economia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM/2004). Graduada em Administração pela Universidade Cesumar (Unicesumar/2014). Graduada em Tecnologia em Processos Gerenciais pela Universidade Cesumar (Unicesumar/2013).

² Especialista em EaD e as Tecnologias Educacionais pelo Centro Universitário Cesumar–Unicesumar. Especialista em Língua Portuguesa: Teoria e Prática pelo Instituto Paranaense de Ensino. Graduada em Letras - Português e Inglês pela Universidade Estadual de Maringá.

INTRODUÇÃO

A pandemia de CoViD-19 trouxe repentinamente mudanças na forma de se ensinar e aprender. A necessidade de isolamento social decorrente da pandemia ocasionou duas possibilidades iniciais às escolas e universidades: a suspensão das aulas por tempo indeterminado ou a adaptação dessas aulas para o ensino remoto, ou seja, aquele feito a distância, com a utilização da tecnologia da informação e comunicação (TIC).

Esse mesmo cenário se aplicou aos Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu, como mestrados e doutorados, ou seja, a adaptação a aulas remotas também foi necessária nas universidades que optaram por não suspenderem as aulas no período de isolamento social decorrente da pandemia de CoViD-19.

Esse foi o caso de uma Universidade do norte do Paraná, que conta com quatro programas de mestrado e dois de doutorado, todos acadêmicos. Em cursos como esses, os processos de criação e compartilhamento do conhecimento são vivenciados nas aulas presenciais por meio da prática do diálogo em sala de aula, configurando algo de fundamental importância em cursos dessa natureza.

Desse modo, dada a natureza e didática peculiares dos cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu, surge o questionamento acerca de como os processos de criação e compartilhamento do conhecimento são percebidos pelos mestrandos que vivenciaram suas aulas nesse novo modelo de aulas remotas, questão essa fundamental até mesmo para compreender a efetividade dessa nova didática no contexto de pós-graduação stricto sensu.

Sendo assim, o problema de pesquisa que norteia este trabalho é: qual a percepção dos alunos de um Programa de Mestrado acerca da criação e compartilhamento do conhecimento por meio das aulas remotas em um curso de mestrado decorrentes do isolamento social consequente da pandemia de CoViD-19? Para responder tal pergunta, o objetivo geral desta pesquisa é: verificar a percepção dos alunos de um Programa de Mestrado acerca da criação e compartilhamento do conhecimento por meio das aulas remotas em um curso de mestrado decorrentes do isolamento social consequente da pandemia de CoViD-19.

Este artigo está subdividido em cinco tópicos: esta introdução, o referencial teórico acerca dos temas criação e compartilhamento do conhecimento, os procedimentos metodológicos, apresentação e análise dos dados e, por fim, as considerações finais.

PROCESSOS DE CRIAÇÃO E COMPARTILHAMENTO DO CONHECIMENTO

Os processos de criação e compartilhamento do conhecimento fazem parte de um constructo maior: a Gestão do Conhecimento. Sendo assim, antes de apresentar esses dois processos, é necessário contextualizar a Gestão do Conhecimento e os elementos que a compõem.

A Gestão do Conhecimento (GC) é uma abordagem sobre a gestão das organizações que tem como objetivo sistematizar a base de conhecimento das organizações, compreendendo as habilidades, competências, inovações e conhecimentos potenciais para criar uma organização mais eficiente e eficaz (DALKIR, 2011). Os pilares da GC são: pessoas, processos e tecnologia. De fato, esses três elementos quando combinados fazem ser possível toda a prática da GC nas organizações.

A GC é composta por modelos, ciclos, processos, práticas e ferramentas. Com relação aos modelos, um dos mais conhecidos é o de Nonaka e Takeuchi (1995), que traz as diversas possibilidades de conversões entre conhecimento tácito e explícito dos indivíduos e a transformação desse conhecimento individual em conhecimento organizacional (NONAKA; TAKEUCHI, 1997). Há também vários outros modelos, como os desenvolvidos por Karl M. Wiig (1993), por Von Krogh e Roos (1995) e, ainda, o de Choo (2006), o de Boisot (1998) e o de Hansen, Nohria e Tierney (1999).

Há também os ciclos de GC. Assim como os modelos são concebidos de modo diferente por diversos autores, também os processos que compõem o ciclo de GC não são unânimes na literatura. Ciclo de GC é compreendido na literatura por um conjunto de processos relacionados entre si e que ocorrem de maneira cíclica (SILVA; MENEGASSI; TATTO, 2018). Esse conjunto de processos, por sua vez, é tratado pelos autores de maneira similar, mas distinta. Há autores que apresentam o ciclo de forma mais sucinta, geralmente envolvendo os processos de criação, compartilhamento e aplicação do conhecimento. Outros detalham mais os processos, tais como: adquirir, organizar, especializar, estocar e acessar, recuperar, distribuir, conservar e disponibilizar, utilizar, reutilizar.

As práticas de GC, por sua vez, são ações organizadas de determinadas formas e com propósitos específicos, geralmente voltadas a promover um dos processos do ciclo da GC. Já as ferramentas são os instrumentos de suporte às práticas de GC, muitas vezes relacionados à tecnologia.

Tendo sido apresentado um panorama geral dos elementos constitutivos da GC, parte-se agora para os dois processos que são objetos de estudo desta pesquisa: a criação e o compartilhamento do conhecimento, processos esses praticamente unânimes entre os autores de GC.

Nonaka e Takeuchi (1997) salientam que o processo de criação do conhecimento é um processo social entre indivíduos, ou seja, pressupõe interação. Para que esse processo ocorra, é necessário alguns elementos de base, descritos no quadro 1:

Quadro 1: Características-chave da criação do conhecimento.

Fonte: adaptado de Nonaka e Takeuchi (1997, p. 12-14).

Os autores continuam seu modelo trazendo os conceitos de conhecimento tácito e explícito, fundamental para o embasamento de sua teoria sobre a criação do conhecimento. No quadro 2 é possível compreender as características e as diferenças entre esses dois tipos de conhecimento.

Quadro 2: Comparativo entre conhecimento tácito e conhecimento explícito.

Fonte: Adaptado de Nonaka e Takeuchi (1997).

Para Nonaka e Takeuchi (1997) a criação do conhecimento pode-se dar por meio da conversão do conhecimento tácito em tácito (socialização), tácito em explícito (externalização), explícito em tácito (internalização) e explícito em explícito (combinação).

A respeito do compartilhamento do conhecimento, por sua vez, um dos fatores que mais influencia esse processo é a comunicação. Nesse sentido, alguns aspectos se destacam, tais como a acessibilidade da linguagem utilizada, a comunicação clara e inteligível. O compartilhamento do conhecimento é um dos processos mais complexos do ciclo da GC, uma vez que envolve uma série de elementos subjetivos das pessoas, tais como suas interpretações, capacidade de compreensão, seu conjunto de conhecimento prévio e experiências anteriores e também seu modelo mental.

Tonet e Paz (2006) propõem um modelo de compartilhamento de conhecimento. Todavia, o modelo é voltado ao compartilhamento do conhecimento em âmbito organizacional. Nesse modelo, o processo de compartilhamento de conhecimento é composto por 4 fases: iniciação, implementação, apoio e incorporação. Como a presente pesquisa tem como foco a criação e compartilhamento de conhecimento entre indivíduos, serão apresentadas somente as partes do modelo referentes a esses processos.

Quadro 3: Fases do processo de compartilhamento de conhecimento.

Fonte: Adaptado de Tonet e Paz (2006).

Todas essas fases do processo de compartilhamento de propostas por Tonet e Paz (2006) trazem elementos importantes para a compreensão de como pode se dar o compartilhamento do conhecimento em determinados contextos, quais são suas características e quais as principais dificuldades, questões essas fundamentais para se compreender esse processo – e também a criação do conhecimento – em determinados contextos.

Tendo apresentado os conceitos referentes à criação e compartilhamento de conhecimento, passa-se para a terceira seção deste artigo, na qual serão apresentados os procedimentos metodológicos empregados na pesquisa.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

Esta pesquisa caracteriza-se como qualitativa e exploratória. Foi realizada junto a alunos de um programa de mestrado acadêmico de uma Instituição de Ensino Superior (IES) do norte do estado do Paraná a fim de atingir o objetivo geral que é verificar a percepção dos alunos de um Programa de Mestrado acerca da criação e compartilhamento do conhecimento por meio das aulas remotas em um curso de mestrado decorrentes do isolamento social consequente da pandemia de CoViD-19.

TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS

A técnica de coleta de dados utilizada foi a entrevista não estruturada com alunos de mestrado que tiveram aulas remotas no primeiro semestre do ano de 2020, decorrentes do isolamento social consequente da pandemia de CoViD-19. A entrevista não estruturada é aquela formada por apenas uma pergunta e, a partir dela, o entrevistado se sente livre para responder da forma que julgar mais adequada. Trata-se de uma técnica bastante adequada para o estudo de percepções pessoais.

Sendo assim, a única pergunta norteadora da pesquisa foi: Qual sua percepção acerca dos processos de criação e compartilhamento de conhecimento durante as aulas de mestrado remotas que aconteceram nesse semestre? A pergunta foi feita por meio do aplicativo Whatsapp e os entrevistados puderam responder por escrito ou por áudio, conforme preferência, mas com interação em tempo real com a pesquisadora, a fim de que houvesse esse contato entre pesquisadora e entrevistado. Embora a pergunta tenha sido feita a todos os alunos de uma disciplina de mestrado – um total de seis – apenas três responderam e, das três respostas, duas puderam ser utilizadas nesta pesquisa e uma não, por ter se distanciado do tema da pergunta. Embora isso possa configurar um limite à pesquisa, é também uma característica de pesquisas nas quais a participação é voluntária e o aspecto positivo é o de que aqueles que optam por participar, de fato o fazem com dedicação. Foi o caso dessa pesquisa. Sendo assim, as informações obtidas com essas entrevistas foram suficientes para alcançar o objetivo geral deste trabalho.

ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

A partir da resposta livre dos alunos a essa pergunta e, com o apoio do referencial teórico, verificou-se a percepção dos alunos de um Programa de Mestrado acerca da criação e compartilhamento do conhecimento por meio das aulas remotas em um curso de mestrado decorrentes do isolamento social consequente da pandemia de CoViD-19 que serão apresentadas nesta seção.

A Entrevistada 1 destacou questões que influenciaram a criação e compartilhamento do conhecimento destacando a colaboração entre os próprios alunos e também destacou as dificuldades relacionadas à adaptação repentina a esse novo modelo, ocasionada pela pandemia. Em suas palavras:

A minha percepção foi de que houve bastante oportunidade, pois tivemos acesso a ferramentas de que não havia conhecimento. Houve uma união maior entre os alunos, facilitando a busca do conhecimento, o que promoveu mais colaboração entre as pessoas. A maior dificuldade para essa criação foi de adaptação dentro de um novo contexto, uma nova realidade que foi mudada de um dia para outro, pois é um momento de incerteza. (Entrevistada 1).

A Entrevistada 2 relatou que sua percepção é de que, como o conteúdo e as discussões da aula não foram comprometidos com esse novo modelo, de forma geral não viu tanta diferença entre o presencial e o remoto no sentido do conteúdo das aulas. A aluna relatou que até mesmo preferiu essa modalidade por ser mais cômoda com relação a seu deslocamento. A parte negativa apresentada pela entrevistada acerca desse cenário foi a falta de uma interação um pouco mais profunda com os colegas de turma, principalmente durante os intervalos. Segundo ela, “isso foi muito negativo do ponto de vista tanto do compartilhamento quanto da própria criação de conhecimento, mas mais do compartilhamento, compartilhamento de experiências com os colegas, de materiais, de angústias e necessidades”.

Esse distanciamento, em sua percepção, pode ter prejudicado principalmente aqueles que necessitavam de algum tipo de ajuda e talvez não se sentiram à vontade em pedir, embora, segundo seu relato, “nós nos organizamos algumas vezes para reuniões on-line”. Essas reuniões serviram de grupo de estudos, de momentos em que os alunos se ajudaram no tocante a dúvidas ou dificuldades com o conteúdo das disciplinas e também de momentos para compartilhar experiências.

Em relação ao compartilhamento com os professores, a Entrevistada 2 achou que os professores ficaram mais receptivos ainda e que houve uma boa interação entre eles e os alunos. A aluna destacou a liberdade dada pelos professores para o contato a qualquer momento, como o envio de e-mails, ligações ou mensagens de whatsapp, o que ela percebe como sendo algo muito positivo.

Em relação à criação do conhecimento, sua percepção foi de que a manutenção da metodologia da aula foi muito positiva e destacou a interação entre alunos e professores como algo que criou um ambiente propício à criação do conhecimento durante as aulas. Como aspecto negativo, a entrevistada destaca que os trabalhos em grupos que foram solicitados em algumas disciplinas não foram tão fáceis de serem realizados, também devido à falta de adaptação dos colegas a algumas ferramentas tecnológicas que eram necessárias para promover essa interação.

A aluna destacou também que os grupos de whatsapp das disciplinas em que estavam presentes também os professores foram ferramentas fundamentais de compartilhamento de conhecimento nesse período, e destaca esses grupos como sendo um aspecto muito positivo. Para concluir, a entrevistada destacou alguns aspectos positivos e negativos desses dois processos de GC no contexto das aulas remotas decorrentes da pandemia de CoViD-19:

A criação do conhecimento, um ponto positivo foi o conhecimento de novas ferramentas de gestão do conhecimento para lidar com a CoViD e o isolamento social. Pontos negativos da criação foi o distanciamento com os colegas de turma e aí diminuíram as oportunidades de criação do conhecimento em sala de aula de maneira compartilhada e também fora da sala de aula houve um maior distanciamento, embora a gente tenha tentado algumas alternativas para isso, mas na minha opinião não foram suficientes. No ponto de vista do compartilhamento, positivo foi a maior aproximação com os professores, a criação de grupos no whatsapp, a abertura dos professores aos alunos. E do ponto de vista negativo do compartilhamento foi o mesmo problema enfrentado na criação: a distância entre os alunos e a falta de espaços que possibilitassem essa troca mais espontânea como se faz no presencial. (Entrevistada 2).

Os resultados demonstraram que, segundo a percepção das entrevistadas, a criação e o compartilhamento de conhecimento em termos do conteúdo do mestrado não sofreu prejuízos com o isolamento social e a consequente adoção da modalidade de aulas remotas. Todavia, com relação a momentos de interação entre os próprios alunos, em que também a criação e o compartilhamento do conhecimento ocorria, esses acabaram sendo prejudicados por essa nova conjuntura.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com o objetivo proposto nesta pesquisa e com os dados obtidos, pode-se concluir que os elementos de base para o processo de criação do conhecimento, que pressupõem a interação, trazidos por Nonaka e Takeuchi (1997) não sofreram prejuízos no contexto de aulas remotas e puderam ser atuados, tais como a metáfora e a analogia e a ambiguidade e redundância, dado que são elementos naturais presentes nas aulas presenciais e as entrevistadas afirmaram que a metodologia das disciplinas se mantiveram.

As conversões do conhecimento tácito e explícito (NONAKA; TAKEUCHI, 1997) ocorreram também de forma satisfatória, dado que não foram apontadas dificuldades no sentido de aprendizagem ou de assimilação de novos conhecimentos.

Com relação ao compartilhamento do conhecimento, foram praticadas as fases do modelo de Tonet e Paz (2006), o que pode ser observado em diversos trechos das entrevistas. A fase da iniciação foi observada no uso das tecnologias e na disponibilização por parte dos professores de todo o material necessário para as aulas. A fase de implementação passou por dificuldades, tais como adaptação imediata a novas tecnologias até então desconhecida por vários dos envolvidos, mas foi caracterizada, conforme a literatura prevê, por ações voltadas para promover a integração entre fontes e destinatários do conhecimento. Tanto com relação a essa fase como à próxima – apoio – pode ser vinculada a prática do grupo de whatsapp das disciplinas em que também os professores estavam inseridos e como isso foi percebido pelos alunos como um importante suporte e um eficiente meio para o compartilhamento de conhecimento. O mesmo pode-se dizer da fase de incorporação.

Desse modo, conclui-se que, embora o ensino remoto decorrente da necessidade de isolamento social causada pela pandemia de CoViD-19 tenha sido algo repentino e inesperado, no caso das aulas do programa de mestrado estudado, os alunos tiveram a percepção de que não houve prejuízo à criação e compartilhamento do conhecimento em termos de conteúdo do curso e na interação entre eles e os professores, mas que a interação e a consequente criação e compartilhamento de conhecimento entre os próprios alunos foi prejudicada pela falta de contato presencial.

Esta pesquisa mostra que é possível adaptar as aulas para o ensino remoto quando isso se faz necessário sem prejuízo da qualidade do ensino, mas que também a interação entre os próprios alunos é necessária e faz falta no tocante aos processos de criação e compartilhamento de conhecimento.

REFERÊNCIAS

BOISOT, M. Knowledge Assets: securing competitive advantage in the information economy. Oxford. New York: Oxford University Press, 1998.


CHOO, C. W. A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. 2 ed. São Paulo: Senac, 2006.


DALKIR, Kimiz. The knowledge management cycle. Knowledge management in theory and practice. Oxford: Elsevier, 2011.


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NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997.


SILVA, Marcio José; MENEGASSI, Cláudia Herrero Martins; TATTO, Luiz. Ciclos da gestão do conhecimento: um estudo aplicado ao setor de compras de uma empresa de moda e vestuário. Revista de Ciências da Administração, v. 20, n. 52, p. 95-108, 2018.


VON KROGH, G.; ROOS, J. A perspective on knowledge: competence and strategy. Personnel Review, v. 24, n.3, p. 56-76, 1995.


WIIG, K. M. Knowledge management foundations: thinking about thinking: how people and organizations create, represent, and use knowledge. Arlington: Schema Press, 1993.