Política & Conflitos
Mesmo longe dos focos de conflito, Caxias do Sul, desde a sua formação, esteve envolvida nos grandes eventos locais e mundiais. Fique sabendo um pouco como repercutiram as revoluções e guerras em Caxias do Sul.
Longe dos centros políticos do estado, a região colonial italiana não passou ilesa pelas várias revoluções e conflitos locais e mundiais. Talvez pelo distanciamento e por se sentir excluída do eixo político, a região tendeu a simpatizar, apoiando ideias e grupos que, de uma ou de outra forma, questionaram o status quo.
A população também não esqueceu as suas origens quando conflitos eclodiram do outro lado do oceano, mexendo com os sentimentos da população, que neste momento precisou lidar com sua identidade.
Os colonos se revoltam
Os novos ares trazidos pela República e pela emancipação acenderam entre os colonos o desejo de participar ativamente da vida política. As antigas cartas, reclamando e exigindo, deram espaço para as ações. Foi assim que, na carona das disputas entre Silveira Martins e Júlio de Castilhos em relação à República, envolveram os colonos, que desde 1890 se puseram de um lado ou de outro, por motivos pessoais ou vingança. E assim foi até a Revolução Federalista de 1893.
Os imigrantes já haviam tomado partido na disputa e, mediante o resultado da eleição para o Conselho, realizada pela primeira Junta Governativa Municipal, teve início a primeira revolta dos colonos, em novembro de 1891.
Os ânimos não se acalmaram, pelo contrário: a Revolução de 1893 só vai agravar as constantes tensões entre governo e colonos. Em 1894, o Intendente teve de enfrentar um dos momentos mais tensos, quando a "Villa" foi invadida por revolucionários federalistas sob o comando de Belisário Baptista, chefe político da Região de Cima da Serra. Seus mais de 300 homens, saquearam e atacaram edifícios públicos, chegando a executar o Chefe do PRR local, Tenente-coronel Miguel Antonio Dutra Netto, conforme conta o jornal O Cosmopolita, de 28 de junho de 1903.
A Grande Guerra
Às vésperas do conflito mundial a ansiedade entre a população caxiense crescia. É importante entender que, neste momento, a população de Caxias é formada, em sua maioria, por descendentes de italianos e conta ainda com muitos nascidos na Itália. Exemplo disso são as comemorações do dia 20 de setembro na época, que lembravam tanto, se não mais, a tomada de Roma em 1870, marco da unificação italiana, juntamente com a data Farroupilha.
Com a eclosão do conflito, alguns caxienses se alistaram no exército italiano. Uns tombaram na Europa e outros retornaram. Em homenagem aos que não voltaram, foi colocada uma placa sob o busto do poeta italiano Dante Alighieri, que repousa na praça central da cidade.
O monumento a Dante Alighieri, na praça de mesmo nome, foi inaugurado em 15 de novembro de 1914, na administração do Intendente Penna de Moraes. As placas de bronze vistas na fotografia foram colocadas em 1921, por ocasião do 6º Centenário da morte do poeta. A placa afixada na parte inferior do monumento homenageou o sargento Raffaele Zambelli e o soldado Angelo Bracagioli, caxienses voluntários do exército italiano, mortos durante a Primeira Guerra Mundial, lê-se:
“1915-1918 SARGENTO ZAMBELLI RAFFAELE SOLDATO BRACAGIOLI ANGELOFIGLI DI QUESTA TERRA MORTI COMBATENDO PER L ITALIA CAXIAS RICORDA”.Revolução de 1923
Caxias não fazia parte do eixo político gaúcho. A cidade crescia preocupada com o trabalho e quase que alheia às disputas políticas estaduais da Velha República. A eclosão da revolução foi vista com simpatia, principalmente entre aqueles que sentiam-se mais afastados do poder centralizado, os moradores do interior do município. Aproximar-se do grupo assisista passou a ser a forma de mostrar a insatisfação com o poder instituído.
A candidatura de Assis Brasil teve grande apoio na região, em especial, por motivos ligados à religião, já que Borges, por ser positivista, era tido como inimigo dos católicos. As más condições das estradas, que dificultavam o escoamento da produção, também justificavam o respaldo.
Na cidade, os chamados “bandoleiros” eram temidos, fazendo com que as pessoas se escondessem, como relata Vasco Peretti. No interior, a população era simpática aos revoltosos. Prova disso, é o caso dos irmãos Biondo, em Ana Rech, que provavelmente serviu para aumentar a antipatia dos colonos ao governo Borgista.
A morte de um Assisista
Amedrontada, a cidade se protegia dos ataques Maragatos. Em uma das principais investidas dos rebeldes, o jovem revolucionário Quintino Biazus, de 22 anos de idade, faleceu apesar dos esforços empregados pelo médico operador da Cruz Vermelha Caxiense Dr. Romolo Carbone.
O enterro de Quintino comoveu a cidade e foi acompanhado até o cemitério por cerca de três mil pessoas.
O comércio local fechou. Médicos, industrialistas, comerciantes, enfermeiros da Cruz Vermelha Caxiense com seus uniformes e distintivos, bem como representantes de todas as classes sociais compareceram ao cortejo.
No dia 14 de outubro de 1923, as tropas de Borges de Medeiros resolveram tomar a vila de Nova Trento onde estavam os revolucionários mais conhecidos da região. Quintino foi ferido no combate, transferido para Caxias e internado no Hospital Pompéia, onde veio a falecer.
Os revolucionários eram chamados de bandoleiros pelo jornal “O Brazil”, que na edição de 20 de outubro de 1923, cita o enterro:
As cicatrizes do conflito foram tão profundas que Caxias esteve no roteiro da campanha de pacificação do Estado. O General Zeca Netto, em 1924, veio para cidade com a intenção de restabelecer o clima entre os adversários.
1930, Caxias apoia Vargas
Depois dos acontecimentos de 1923, a região de colonização esteve mais ativa na vida política do Estado e Caxias apoiou fortemente Getúlio Vargas. Da região saíram tropas que se juntaram à coluna e marcharam até a capital federal. A Coluna do Nordeste integrou as forças revolucionárias golpistas sob o comando do general Waldomiro Lima, que saiu do Rio Grande do Sul e chegou ao Rio de Janeiro.
Abaixo, grupo de soldados caxienses comandados pelo Ge. Waldomiro Castilhos de Lima que integraram a “Coluna do Nordeste” na Revolução de 1930.
Na cidade, no ano de 1930, pelo tocar do sino da Igreja Matriz, foi reunida a população para receber a notícia da Revolução. A elite local apoiou Vargas e foi instalada em Caxias uma Junta Revolucionária e Governativa.
Os movimentos políticos se radicalizam
Fascismo
Em final dos anos de 1920 e durante toda a década de 1930, ocorreu em Caxias um movimento ligado ao fascismo italiano, organizado por agentes consulares, como o Dr. Romolo Carbone e o construtor Silvio Toigo. O movimento dirigiu-se à burguesia local e ocorreu devido a existência de uma sociedade formada por imigrantes italianos em sua maioria. Foi a partir das Sociedades Italianas que o movimento teve início, buscando aproximação com o Partido Republicano. O grupo fascista estava ligado aos detentores do poder econômico. Nos quadros fascistas destacaram-se industriais e médicos, o que relegou ao movimento um caráter elitista. O restante da população, como profissionais liberais, operários, colonos e as camadas médias, foram envolvidos apenas de forma indireta.
Integralismo
As camadas médias urbanas e rurais se identificaram com o integralismo, inflamados pelo catolicismo e conservadorismo. O Integralismo em Caxias atraiu para suas fileiras, principalmente a mocidade católica, trabalhadores do comércio, profissionais liberais e pequenos proprietários. O núcleo local da AIB, fundado em setembro de 1934, se organizou por iniciativa do Vereador Humberto Bassanesi, tendo como sede, a Associação dos Empregados no Comércio da cidade. Atuando entre 1934 e 1937, a AIB realizou em Caxias uma série de comícios. Elegeu, em 1935, três dos sete vereadores e publicou o periódico "O Bandeirante".
Estado Novo
O operariado urbano até os anos de 1920 aproximava-se do anarquismo, em especial, os trabalhadores de descendência lusa e italiana. Já na década de 1930, tendiam a associar-se aos grupos trabalhistas e comunistas, ao mesmo tempo que, no interior, o cooperativismo se mantinha forte.
Porém, com o advento do Estado Novo, os grupos e movimentos foram postos na ilegalidade, e Caxias novamente se adaptou.
A despeito de perseguidos e presos, novamente a cidade esqueceu o passado que não interessava e saudou a chegada do novo Regime em uma praça em obras.
A Segunda Guerra Mundial
Com o andamento do conflito os ânimos ficaram exaltados na cidade, o apoio explícito ao fascismo se torna insustentável após a entrada do Brasil na Guerra. As associações fascistas se esvaziavam e a elite local migrou para o apoio aos grupos nacionalistas como a Liga de Defesa Nacional.
Durante o conflito mundial, em Caxias, a Praça Dante Alighieri converteu-se em palco das manifestações, como relata Serenita Maria Adami Giazzon (2013) no depoimento ao Banco de Memória Oral do Arquivo Histórico Municipal.
Em uma ocasião, na época da guerra, quando afundaram nossos navios, todo mundo saiu do cinema e foi para Praça, foi aquela aglomeração, aquele empurra-empurra, vou te dizer, foi uma coisa séria. Aí começaram os comícios, a gente participava, o pai era um entusiasta também. Eu ainda lembro do Natal Chiarello, do Olmiro de Azevedo, do Percy Vargas falando. Era sempre na Praça. (Depoimento Serenita)A praça também foi personagem central em uma das maiores polêmicas do período, a mudança de seu nome. A população de Caxias, indignada com o afundamento de navios brasileiros, saiu em manifestação pelas ruas, removendo as placas com os nomes de logradouros públicos relacionados aos países membros do Eixo. Os principais alvos foram a Praça Dante Alighieri e a Avenida Itália.
Posteriormente foi organizado comício pela Liga de Defesa Nacional para inaugurar as novas placas, descrito em pormenores no jornal A Época nº 182 de 24 de maio de 1942.
Em 1990, o Poder Legislativo Municipal propôs o retorno do antigo nome como uma homenagem àqueles que, junto a outras etnias, construíram a cidade de Caxias do Sul. O projeto foi aprovado por unanimidade. A partir de 12 de junho de 1990, a praça mais antiga da cidade recuperou o seu nome original, Praça Dante Alighieri.
Ao mesmo tempo em que era proibido falar italiano nas ruas e estabelecimentos, os pracinhas da Região Colonial Italiana eram enviados para participar da missão da FEB. Muitas vezes os pracinhas faziam o papel de intérpretes na Itália.
O período foi marcado por um forte sentimento de patriotismo e apoio, numerosos eventos tomaram a praça e as ruas da cidade mostrando o ânimo do povo caxiense, até que Caxias visse de perto os horrores da Guerra.
A Guerra chega a Caxias
Caxias entra efetivamente na guerra quando duas empresas são declaradas de interesse estratégico. A Metalúrgica Abramo Eberle, situada no centro da cidade, passa a confeccionar equipamentos e espadas para o esforço de guerra. Enquanto a Metalúrgica Gazola, mais afastada, passa a fabricar munições e projéteis.
Ato de Declaração de interesse bélico
Entre 1940 e 1942, o país começou a movimentar-se quanto à defesa e armamento, mobilizando a indústria para suprir do que viria a necessitar para a defesa e mobilização das Forças Armadas. Diante desta conjuntura, José Gazola, reúne os membros da empresa e resolve viajar ao Rio de Janeiro, oferecendo seus serviços aos órgãos técnicos do Ministério da Guerra e da Marinha, que não tiveram dúvidas em aceitar.
A empresa iniciou, então, a fase de produção de material bélico, utilizando-se de motores a óleo, gasolina e gás pobre, devido à falta de energia elétrica suficiente, tudo sob a fiscalização técnica militar. Por decreto (de 10 de Dezembro de 1942), a Indústria Gazola foi declarada “de interesse militar”, fornecendo peças e elementos de munição para artilharia e infantaria, espoletas, detonadores, petardos, bujões para bombas de aviação e atuando na recuperação de carregadores para projéteis e outros objetos de guerra e precisão. A responsabilidade deste compromisso foi grande e exigiu o aumento de espaço: em amplo terreno de 30.000 m², devidamente arborizado e adaptado, foi estabelecida a segunda unidade industrial da empresa, destinada exclusivamente à confecção de material de guerra.
A Guerra faz suas vítimas em Caxias
No dia 22 de julho de 1943, a cidade de Caxias é pega de surpresa quando uma explosão destrói um dos pavilhões da empresa Gazola. Agindo de forma intensa e acelerada, uma violenta explosão, ainda com causa indeterminada, fez voar pelos ares o principal pavimento da nova fábrica, destruindo-o completamente e ocasionando a morte instantânea de sete operárias, todas mulheres. Após um ano e cinco meses, fez uma oitava vítima, Anoema da Costa Lima. Com o advento da guerra, a mão de obra feminina passou a ser mais presente nas fábricas. No entanto, a indústria caxiense, desde os primórdios, se utilizava de força de trabalho feminina em larga escala devido ao menor custo.
A edição de 31 de julho de 1943 do jornal “O Momento” relata sobre a explosão que ocorreu na empresa Gazola, Travi & Cia., tal acidente vitimou sete operárias, seis delas fatalmente, deixando uma seriamente ferida.
Em homenagem às vítimas da explosão, foi construído, ainda em 1943, o Marco em Memória às Moças Operárias, junto a um dos pavilhões de munições da empresa. Seu formato lembra um obelisco e possui uma placa de bronze; o marco foi tombado pelo Município de Caxias do Sul e lançado no Livro do Tombo em 30 de junho de 2003.
Após o término do conflito e o retorno dos pracinhas, a cidade homenageou seus soldados. Hoje, Caxias do Sul conta com um Museu da FEB, mantido pela prefeitura.
Golpe de 1964, o fim das liberdades
Desde a renúncia de Jânio Quadros as tensões cresciam. A exemplo do restante do Estado do Rio Grande do Sul, Caxias do Sul participa da Campanha da Legalidade. Entretanto a legalidade perdura por pouco tempo.
A sociedade convulsionada toma as ruas e, em 1964, o golpe de Estado Civil -Militar se impõe. O país entra em regime de exceção. Os jornais continuam a noticiar, mas não por muito tempo, pois logo é imposta a censura. Políticos, militantes, estudantes, sindicalistas e trabalhadores são perseguidos, sofrem ações repressivas e violências de todo tipo.
O país inteiro entra em um momento de silenciamento das vozes de oposição. Em Caxias do Sul, no dia 20 de abril de 1964, é revogada a última eleição municipal. Entre os políticos que tem seus mandatos cassados está o 2º Vereador mais votado, Percy Vargas de Abreu Lima, que hoje dá nome à Casa de Cultura Municipal. Também o Dr. Henrique Ordovás Filho teve seu mandato cassado e foi preso por 29 dias em Porto Alegre. Inaugurado em 2001, o Centro Municipal de Cultura foi denominado em sua homenagem.
Ouça os depoimentos sobre as perseguições políticas durante a Ditadura Militar na playlist.
O povo volta para a rua
A partir de 1979 a população caxiense volta a se manifestar em reunião para debater o projeto de anistia. Em 1984, a exemplo de todo Brasil, sai pelas ruas pedindo "Diretas Já".
O Brasil volta ao regime democrático e logo vemos os jovens novamente tomando as ruas. Desta vez exercendo seu direito de manifestação e pedindo a saída do então presidente Fernando Collor de Melo.
Referências
- Foto de Capa: Desfile militar do [9º BC] na inauguração da Sede do Tiro de Guerra 248. Junho de 1942. na rua Sinimbu defronte à Praça Dante, durante o período da segunda guerra mundial. Caxias, 1942-1945. Autoria Studio Geremia. Fundo Studio Geremia. Acervo Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami.
- ADAMI, João Spadari. História de Caxias do Sul 1864-1962. Caxias do Sul: São Miguel, 1962.
- ALVES, Eliana Rela. Fides nostra, Victorian nostra: os italianos católicos e o processo de aquisição do poder político na intendência de Caxias: 1890 - 1924. Dissertação (Mestrado em História) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1995.
- CÂMARA MUNICIPAL DE CAXIAS DO SUL. A casa da comunidade: história do legislativo em Caxias do Sul. Caxias do Sul: São Miguel, 2019.
- CHIARELLO, Antonio. Natal Chiarello – Vida e Obra. Caxias do Sul: Educs, 1995.
- CONPAGNONI, Luiz. Porque tornei-me e continuo integralista. Boletim, Diretoria do Movimento Mocidade Integralista de Caxias do Sul. Acervo Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami.
- GIRON, Loraine Slomp. As sombras do littorio: o fascismo no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Parlenda, 1994.
- LOPES, Rodrigo. Personagem esquecida da explosão da Gazola, Anoema da Costa Lima ganha placa em obelisco. Coluna Memória, 21 de julho de 2018. Disponível em: http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2018/07/personagem-esquecida-da-explosao-da-gazola-anoema-da-costa-lima-ganha-placa-em-obelisco-10515436.html
- LOPES, Rodrigo. Memória: 20 anos sem o doutor Henrique Ordovás Filho. Coluna Memória, 03 de agosto de 2018. Disponível em: http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/geral/cidades/noticia/2018/08/memoria-20-anos-sem-o-doutor-henrique-ordovas-filho-10526525.html
- MACHADO, Maria Abel. Construindo uma cidade: história de Caxias do Sul - 1875/1950. Caxias do Sul, RS: Maneco, 2001.
- MONTEIRO, Katani Maria Nascimento. Um italiano irrequieto em contexto revolucionário: um estudo sobre a atuação de Celeste Gobbato no Rio Grande do Sul - 1912-1924. Dissertação (Mestrado em História) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2001.
- NUNES, Karla Leonora Dahse. Santa Catarina no caminho da Revolução de Trinta: memórias de combates (1929-1931). Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2009.
- PAGANI, Marcos Fernando. O nacionalismo na região colonial italiana. Caxias do Sul: Maneco, 2005.
- PISTORELLO, Daniela. “Os homens somos nós”: o integralismo na região colonial italiano do Rio Grande do Sul. Dissertação (Mestrado em História) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2001.
- TESSARI, Anthony Beux. Imagens do labor: memória e esquecimento nas fotografias do trabalho da antiga metalúrgica Abramo Eberle (1896-1940). Dissertação (Mestrado em História) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013.
- TOMAZONI, Mário Alberto. Álbuns da cidade de Caxias (1935-1947): as reformas urbanas fotografadas. Dissertação (Mestrado em História) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.