Reencarnação, ressurreição ou extinção?

Muita gente está propensa a acreditar em qualquer coisa para não admitir a possibilidade da morte encerrar definitivamente a sua existência. Essa situação faz delas vítimas potenciais de pessoas e organizações que estão dispostas a fazer qualquer coisa para defenderem os seus pontos de vistas e interesses.

Algumas pessoas acreditam na ressurreição, outras na reencarnação, outras na extinção e outras em coisa alguma. Essas crenças, geralmente, partem da premissa que somos parte material e parte imaterial. Entretanto, crença alguma deveria partir dessa premissa, pois essa divisão nunca foi comprovada. Não podemos descartar a possibilidade de que sejamos feitos de algo que seja capaz de sustentar simultaneamente as coisas tangíveis e intangíveis.

Os partidários da ressurreição acreditam que voltarão a viver após o dia do juízo final. Os partidários da reencarnação crêem que nós podemos viver várias vidas. Os partidários da extinção acham que a morte é o fim de tudo. Os argumentos dos partidários da reencarnação e da ressurreição não são cientificamente válidos, pois se sustentam apenas em crenças e depoimentos. Os partidários da extinção não apresentam argumento algum.

A complementaridade natural é um ótimo argumento para rejeitar a ressurreição e a reencarnação simultaneamente. A complementaridade natural é uma qualidade dos seres da natureza que reflete a interdependência destes. Ela mostra que tudo na realidade natural tem uma estrutura e que esta é formada por eventos que se complementam cronologicamente. Acreditar na ressurreição e na reencarnação é crer que que viajar no tempo seja possível, pois não há como realizar a ambas sem mexer na estrutura temporal da realidade natural, isto é, sem afetar a complementaridade natural. Convém lembrar que os corpos físicos também são compostos de eventos, pois tudo neles é efêmero.

A transformação natural é um excelente argumento para rejeitar a extinção. Os fatos mostram que: “Na natureza nada se cria! Nada se perde! Tudo se transforma”. Não há razão alguma para que sejamos a única exceção a esta regra. O grande desafio consiste em descobrir no que o nosso “eu” poderia se transformar. Obviamente, antes é preciso saber do que o nosso “eu” é feito. Sem essa informação jamais saberemos realmente o que acontece depois da morte.

A compreensão de como ocorre a materialização é imprescindível para sabermos o que realmente acontece depois da morte. Sem ela jamais entenderemos o que somos, pois a existência do “eu” passa pela materialização da realidade natural. Nada impede que haja algo imaterial que seja capaz de se materializar e manifestar as propriedades relativas ao “eu”. Afinal de contas, a matéria totalmente decomposta leva ao nada. Aliás, os cientistas já perceberam que tudo tem que se originar do nada e passaram a chamá-lo de Campo de Higgs.

A compreensão do funcionamento da natureza é essencial para entendermos como ocorre a materialização. As ciências atuais jamais conseguirão nos proporcionar isso, pois elas se limitam apenas a testar relações para identificar as leis da natureza. Em outras palavras, a compreensão da natureza requer uma visão sistêmica da realidade natural e isso nenhuma das ciências atuais está autorizada a nos oferecer. Qualquer tentativa nesse sentido seria uma extrapolação de competência.

A tarefa de tentar compreender a natureza, a materialização e o que somos nós de forma lógica e totalmente integrada pode parecer impossível, mas há uma forma de fazer isso, você pode encontrá-la na Teoria do Big Brain.