A palavra “cronocentrismo” é ambígua, ou seja, ela tem mais de um significado. Neste contexto, ela será utilizada exclusivamente para informar que o tempo está no centro de todas as coisas do universo, do micro ao macrocosmo. A princípio, essa ideia pode parecer absurda, mas ela está totalmente amparada em fatos.

A célebre frase “Na natureza nada se perde! Nada se cria! Tudo se transforma” de Lavoisier contém uma das principais evidências da existência do cronocentrismo. As transformações são eventos, ou seja, elas são movimentos temporais. Em outras palavras, a transformação natural é uma das principais evidências do cronocentrismo, pois ela é uma prova de que o tempo está em todas as coisas do universo.

O funcionamento de tudo que existe, do micro ao macrocosmo, é outra evidência da existência do cronocentrismo. Funcionamento algum seria possível sem a variável tempo. Em outras palavras, os fatos demonstram que o tempo é indispensável para o funcionamento de todas as coisas do universo, ou seja, que o tempo está em absolutamente tudo. A melhor maneira de perceber isto é levando em conta o processo.

O processo é mais uma evidência da existência do cronocentrismo. Todas as coisas são realizadas por processos. Os processos são compostos de operações cronológicas. As operações cronológicas realizam eventos temporais. Em outras palavras, os processos corroboram o cronocentrismo, pois tudo neles depende do tempo. Sem o cronocentrismo, os processos jamais existiriam. A maneira mais fácil de perceber isso é a partir das repetições ou recorrências.

A repetição ou a recorrência é mais uma evidência da existência do cronocentrismo. O tempo sempre está presente em ambas. Inclusive, nos eventos que suportam os dias e a nossa existência. Em outras palavras, os ciclos que mantêm as existências de todas as coisas naturais são fortes provas da existência do cronocentrismo, pois todos descrevem formas temporais.

A morte também é uma evidência da existência do cronocentrismo. Ela é fundamental para o processo de transformação do universo. Ela encerra os processos que mantêm as existências de alguns seres para possibilitar a geração de outros. Em outras palavras, a morte pode ser vista como uma pista da existência do cronocentrismo, pois ela mostra que cada ser biológico tem um tempo intrínseco. Tempo esse que nós chamamos de vida.

Os fatos comprovam, “o tempo é imprescindível para qualquer coisa, pois todas as existências são suportadas por fenômenos ou eventos.” Entretanto, perceber a existência do cronocentrismo não é fácil, pois quase todo mundo vê o tempo apenas como uma espécie de tapete sobre o qual os eventos ocorrem e não como um insumo de todas as coisas naturais. Para contornar essa tendência, é necessário pensar fora da caixinha, isto é, raciocinar de uma forma diferente da usual.

A maneira mais confiável de demonstrar a factibilidade do cronocentrismo é explicando minuciosamente qual é o papel do tempo na formação das coisas. Sem isso, o cronocentrismo seria visto apenas como mais uma invenção, como o teocentrismo e o antropocentrismo. Para saber como o cronocentrismo pode se encaixar em uma visão 100% lógica do mundo clique aqui.