Recapitulando
Um algoritmo é um conjunto de passos específicos para resolver um problema ou realizar uma tarefa. Ele pode ser escrito em qualquer linguagem de programação ou até mesmo em pseudocódigo.
Algoritmos são usados em muitas áreas, como ciência da computação, matemática e até mesmo na vida cotidiana, como ao seguir as instruções para cozinhar um prato ou seguir um mapa para chegar a um destino.
Exemplo:
Algoritmo para preparar uma xícara de chá
Coloque água para ferver em uma chaleira ou panela.
Enquanto a água está aquecendo, pegue uma xícara e coloque uma saqueta de chá ou uma colher de chá de ervas em infusão na xícara.
Quando a água estiver fervendo, despeje a água quente sobre a saqueta de chá ou as ervas em infusão na xícara.
Deixe o chá descansar por alguns minutos para que as ervas ou o chá em pó possam se dissolver e infundir no líquido.
Retire a saqueta de chá ou as ervas em infusão da xícara.
Adicione açúcar ou outros adicionais, se desejar.
Sirva o chá quente e aproveite!
Pseudocódigos
Pseudocódigo é uma linguagem de programação que é usada principalmente para explicar algoritmos. Ele é chamado de "pseudocódigo" porque ele não é uma linguagem de programação verdadeira, mas é escrito de forma parecida com o código de várias linguagens de programação diferentes.
O pseudocódigo é geralmente usado por programadores para esboçar o design de um algoritmo antes de escrevê-lo em uma linguagem de programação real. Ele é útil porque é mais fácil de ler e entender do que o código real, e permite que os programadores expliquem seus algoritmos de forma clara e concisa.
Vamos partir de um exemplo simples, calcular a área de um quadrado, e colocar esse exemplo em forma de pseudocódigo:
Algoritmo para calcular a área de um quadrado
Pegue o comprimento do lado do quadrado.
Calcule a área do quadrado multiplicando "lado" por si mesmo
O resultado da multiplicação é a área do quadrado
Pseudocódigo
Leia o comprimento do lado do quadrado.
Armazene o valor lido na variável L.
Calcule a área do quadrado multiplicando L por si mesmo e armazene o resultado na variável A.
Imprima o valor da área armazenada em A.
O que esse pseudocódigo nos diz em termos de algoritmo é:
leia-se do teclado o valor do quadrado inserido no programa pelo usuário.
declara-se uma variável (de nome L) para armazenar o valor do lado do quadrado.
declara-se uma variável (de nome A) para armazenar o resultado da multiplicação.
efetua-se a multiplicação L*L, pois esta guarda o valor do lado do quadrado.
armazena-se o resultado da multiplicação na variável A.
exibe-se a valor da variável A em tela.
Observe que o pseudocódigo foi feito como se estivéssemos escrevendo um programa de computador de fato, diferentemente do algoritmo, que não necessariamente precisa ser assim.
Imagino que esteja meio confuso nesse primeiro momento, então vamos entender um pouco sobre código primeiro, e depois voltamos para o pseudocódigo.
Como nos comunicamos com o computador através do código
O computador, grosso modo, manipula dados (qualquer valor que seja passado para ele, como cadastro de pessoas no sistema, valor de cálculos, entre outros), e segue as ordens dadas a ele, geralmente pelo programador, através de instruções presentes em um código.
Os dados presentes em um programa de computador ficam armazenados em uma coisa chamada variável. Cada variável tem um nome, que é usado para se referir a ela, e um tipo, que determina o tipo de valor que ela pode armazenar. Por exemplo, uma variável pode ser usada para armazenar um número inteiro, como 17, ou uma string de texto, como "Olá, mundo!".
Ao criar uma variável, é necessário atribuir um valor inicial a ela. Depois disso, o valor da variável pode ser lido ou alterado durante a execução do programa.
Existem quatro tipos básicos, ou tipos primitivos (compõem todos os outros tipos):
Tipo Inteiro (código/comando: int) – dados do tipo inteiro são dados que representam valores numéricos inteiros, por exemplo -1, 0, 1, -50, 30. No dia-a-dia, podemos considerar o número de pessoas em um lugar como um tipo inteiro, já que não dá para contar “meia pessoa”.
Tipo Real ou Ponto Flutuante (código/comando: float) – dados desse tipo representam valores numéricos reais, ou, grosso modo, os que são escritos com vírgula, por exemplo “5.3”, “-0,3359”, “10.00” (por ter vírgula, mesmo que o número depois da virgula seja apenas zero, ainda é um ponto flutuante). O nosso dinheiro pode ser visto como um valor real ou tipo float.
Tipo Caractere (código/comando: char) – um dado do tipo char é usado para representar valores literais (letras), “a”, “b”, “x”. É preciso ficar claro que um dado char guarda apenas uma letra, para se ter uma palavra inteira será necessário combinar uma cadeia de dados char (que é chamado de string).
Tipo Lógico ou Booleano (código/comando: bool) – os dados que guardam apenas dois valores distintos, verdadeiro ou falso, são dados booleanos. Por exemplo, o estado de uma luz: acesa ou apagada; dois valores distintos, mas o que é verdadeiro ou falso fica pela interpretação do programador.
O nome é “variável”, porque, como dito, o valor que ele guarda pode mudar ao longo da execução do código – O SEU VALOR, e não o seu tipo. A variável que guarda o tamanho do lado do quadrado funciona assim, sempre possuirá o tipo real (porque tamanho de um quadrado é um número real), mas seu valor muda toda hora.
Podemos reformular nosso pseudocódigo, adequando-o a estrutura de um código verdadeiro:
Pseudocódigo
Como dito, estes são os tipos básicos, seguindo a lógica, sim, existe um “tipo composto”, mas este será determinado por alguns fatores; e sim, falaremos sobre eles posteriormente.
Além das variáveis, também existem as constantes, valores que nunca mudam; um bom exemplo é o pi (π), seu valor é sempre o mesmo, não pode mudar ao longo da execução de um programa. Para as constantes as mesmas regras valem, possui um tipo específico.
Na próxima aula veremos como manipulamos as variáveis. Até lá.
Lista de Exercícios 1: Lista de Pseudocódigo.pdf
Lista de Exercícios 2: Lista de Pseudocódigo 2
Lista de Exercícios 3: POO e Unity