Estudos em Curculionidae

Curculionidae: distribuição da família e curiosidades

Os gorgulhos ou carunchos (Curculionidae) são de fácil reconhecimento devido ao seu rostro característico o que lhes da o nome popular de bicudo em algumas regiões do Brasil. Estes animais ocorrem no mundo todo e representam a família mais diversa de todos os animais com cerca de 60.000 espécies reunidos em 6.000 gêneros, no Brasil são 630 gêneros com mais de 4.500 espécies alocados em 19 subfamílias, porem este número pode estar subestimado, uma vez que a produção cientifica sobre este grupo é bastante escassa.

Este grupo é o maior dentre os besouros e grande parte deste é fitófago podendo ser considerado como pragas agrícolas, sendo encontrados como carunchos no milho, farinhas, café, feijão, arroz e outros produtos desidratados, como o macarrão e rações de animais.

Curculionidae da Ilha Grande

O estudo dos curculionídeos de Ilha Grande faz parte do projeto Sistemática e Evolução de Coleoptera, que compreende diversas frentes de estudo em Coleoptera. Este projeto visa elucidar a taxonomia deste grupo em área de Mata Atlântica, uma vez que esta região foi classificada com um dos 25 hotspots reconhecidos pela sua biodiversidade e como prioridade para a preservação. Para este estudo foram realizadas coletas na região de Vila Dois Rios em Ilha Grande, no litoral sul do Estado de Rio de Janeiro e cerca de 400 exemplares de curculionídeos foram coletados. Para a identificação dos animais, foi utilizada literatura especifica, além da ajuda de especialistas e a comparação com animais presentes em outras coleções entomológicas. Este estudo fornecerá os primeiros dados acerca desta família de Coleoptera para a região de Mata Atlantica.

Referências:

  1. ARNETT, R.H., THOMAS, M.C., SKELLEY, P.E., FRANK, J. H. 2002. American Beetles, volume 2, Polyphaga: Scarabaeioidea throrough Curculionoidea
  2. CGB-MCT, 2005. Coordenação Geral de Biodiversidade do Ministério da Ciência e Tecnologia. Diretrizes e Estratégias para a Modernização de Coleções Biológicas Brasileiras e a Consolidação de Sistemas Integrados de informação sobre Biodiversidade. Disponível em http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/3384.html
  3. COSTA, C. 2000. Estado de conocimiento de los Coleoptera neotropicales. In: F. Martín-Piera; J. J. Morrone; A. Melic. (ORG.). Hacia Un Prouecto Cyted Para El Inventario Y Estimación De La Diversidad Entomológica En Iberoamérica: PRIBES 2000. 1. Sociedad Entomológica Aragonesa (SEA), V. 1, P. 1-326.
  4. LAWRENCE, J. F. & E. B. BRITTON. 1994. Australian beetles. Melbourne University Press, 192 p.
  5. LAWRENCE, J. F.; A. M. HASTINGS; M. J. DALLWITZ; T. A. PAINE & E. J. ZURCHER. 1999. Beetles of the World. A key and information system for families and subfamilies. Versão 1.0 MS Windows. Camberra, Austrália. CSIRO Publishing. 1 CD-ROM.
  6. LIMA, A. M. C. 1956. Insetos do Brasil. Coleópteros, 10 (4), 373 p. Escola Nacional de Agronomia, Rio de Janeiro. Série Didática n. 12.
  7. MARVALDI, A. E & A. A. LANTERI. 2005. Key to taxa of South American weevils based on adult characters (Coleoptera, Curculionoidea). Revista Chilena de Historia Natural, 78: 65-87.
  8. MYERS, N., MITTERMEIER, R. A., MITTERMEIER, C.G., FONSECA, G. A. B. & KENT, J. 2000. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature 403: 853-845.

Mais informações:

Por Fernando Ávila

Apoio:


Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro