Besouros como símbolos

O besouro mais conhecido e representado pelo antigo sacerdote egípcio é Ateuchus L, popularmente chamado de besouro do estrume. Ele é preto, pouco brilhante no topo e avermelhado embaixo, apresentando cerca de 3 cm de comprimento.

Amuletos esculpidos ou amuletos em selos e anéis são resgistrados desde os anos 3065-2890 a.C. com a forma do besouro, como evidenciado por descobertas em vários lugares no Alto Egito. Em Tarkhan, por exemplo, foi encontrado em uma pequena caixa de alabastro com esta forma datada de início da Dinastia I.

Ainda há registros datando de pouco antes da Dinastia XIII (1786-1633 a.C.) de selos pessoais exibindo um escaravelho com o nome do proprietário e seu antigo lugar.

Durante a era do Império Novo, escaravelhos esculpidos foram colocados entre as bandagens da múmia na altura do coração, sendo registrada a "Fórmula para o coração de uma pessoa que está sendo levado ao cemitério".

Desde o tempo das pirâmides há registros do besouro do estrume como símbolo religioso. Ele era relacionado como símbolo do Deus Sol. Acreditava–se que o sol era empurrado pelo céu, assim como esses besouros empurravam suas bolas de estrume. E com o empurrar de uma bola de esterco, este besouro passou a ser conhecido como o Deus-Sol Ra.

Referências:

1. Donadoni, S., homem egípcio, Madrid, 1991.

2. Gardiner, AH, Gramática egípcia, Oxford, 1950.

3. Wilkinson R. Como ler Arte Egípcia, Barcelona,1995.

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Adaptado por Ingrid Mattos