240608comentarios

24/06/08 Comentarios

AEITA Rio ... Encontro ... Presentes ... Apresentação ... Fotos ... Contas

Vamos ver quem se habilita, dos que compareceram, a substituir a ausência do Fernando Coelho no relato do evento...

De Carlos Ferrari (T90):

Como uma sugestão para as palestras eu acho que elas poderiam ter o marketing um pouco melhor elaborado.

Quando eu vendia computadores, eu nunca deixei o vendedor vender um computador para uma mãe.. eu mandava ele vender um futuro melhor para o filho dela... A abordagem que você dá ao produto faz toda a diferença, eu acredito muito nisso!

Quando se faz uma palestra sobre ações, certamente teremos várias pessoas interessadas em ações, mas qual será que não poderíamos ter atingido muito mais gente se fosse feito um trabalho (leve) antes falando sobre aposentadoria, planos de previdência privada e ações. No caso de ações falaríamos que existem alguns iteanos trabalhando nisso, etc e aí diríamos como fazer, etc.

Quanto à palestra em si, eu achei bem legal, só acho que tendo um pessoal um pouco heterogêneo em conhecimento perde-se muito tempo na introdução. Acho que o iteano é safo o suficiente para que se faça uma palestra um pouco mais profunda e o cara corre um pouco mais atrás depois se gostou.

De Eduardo Fontes (o Elemento, da T95):

No início do encontro o Floriano pediu que um dos presentes fizesse um relato em respeito ao Fernando Coelho, que não pôde participar daquele evento. Como ninguém se dignificou a fazê-lo, segue minha contribuição, principalmente em retribuição ao Fernando, pois sempre que perco um evento leio seus brilhantes relatos. Quisera eu ter sua capacidade de síntese. Assim, segue um relato um tanto "bruto", pois não explicarei a maioria dos termos técnicos citados na palestra. Por favor, entrem em contato com o Rogério, discutam na itanet e na ITA-RIO.

1. O Rogério fez uma breve apresentação pessoal, a título de histórico, dizendo que seu interesse no mercado financeiro já existia, e que ele achava que aprenderia a operar quando começou um MBA de Finanças Empresariais, o que não ocorreu. Ele citou que já havia trabalhado em posição gerencial na Motorola e quando seus colegas da área de desenvolvimento de software em Campinas começaram a consultá-lo insistentemente sobre ações viu que era a hora de abrir uma empresa com um amigo, Flávio Madureira. Então começou a dar cursos a alunos indicados por quem já fez seus cursos.

Sua abordagem no mercado acionário é a utilização da Análise Gráfica usando a metodologia da Análise Estatística e o site de sua empresa é www.operacaoconsultoria.com.br.

2. Em seguida o Rogério fez um nivelamento aos presentes, falando sobre Investimentos Pessoais: a teoria da conquista da riqueza de Welles Wilder. Nessa teoria, os 3 verbos mais importantes são acumular (sobrar dinheiro), aumentar (investir o dinheiro) e proteger (o valor acumulado dos outros, do governo, e até de você mesmo, evitando empreendimentos desastrosos que possam fazer você perder tudo). O foco reside em aumentar, que é o verbo decisivo.

Então foram apresentados fundamentos do mercado financeiro, a importância de um mercado de capitais ativo em uma economia desenvolvida, os tipos de renda variável (ações, termo, futuros, câmbio e opções). Foi ressaltado o fato que um PC hoje em dia faz simulação de função de densidade de probabilidade usando-se algoritmos estatísticos e simulação de Monte Carlo a partir de dados históricos e com isso evitando-se decisões emocionais. Rogério disse que daqui a uns 15 anos muita gente estará operando estatisticamente.

Após explicações sobre o mercado primário e secundário das bolsas de valores, com a BOVESPA movimentando cerca de R$6 bilhões de reais por dia, chegou-se à conclusão que para ganhar dinheiro basta comprar mais baixo do que vende e receber dividendos.

Também foi explicada a diferença entre as duas formas de se analisar os mercados, a análise fundamentalista (AF), em que se analisa os fundamentos econômicos das empresas a longo prazo, e análise técnica (AT), centrada na psicologia de massa, que é a mais , tendências, suportes e resistências, que funcionam porque o investidor tem memória de preços e por isso seria adequada para quem não tem muito dinheiro para investir. Rogério ressaltou que a expectativa de vida de um investidor médio na bolsa é de 8 meses até desistir, pois 80% entram "na orelhada".

Rogério também informou que na análise técnica os indicadores matemáticos fornecidos pelos gráfico de preços permitem o tratamento estatístico. No entanto, ele ressaltou que é um dos únicos que diz que simulando/modelando análise gráfica, com custos de corretagem, nos últimos 15 anos, dá prejuízo.

Foi dado um exemplo com as ações da VALE5, de 2002 a 2007 e foi mostrado que era possível obter ganhos de 100% todo ano, caso se acertasse os pontos de baixa e de alta no gráfico dente-de-serra que sempre ocorrem enquanto a ação segue em alta. Mas também se detectava quedas de 30% todo ano, que deveriam ser evitadas na compra, mas que também poderiam virar lucro caso se vendesse as ações a descoberto (por meio de aluguel). Para eliminar as emoções, Rogério disse que seria interessante usar ordens automáticas. Assim, ele não compra nem vende, é "startado" e "stopado".

Afirmou que seu método identifica os períodos de congestão (quando os preços oscilam em torno da média de preços dos últimos 21 dias úteis) e os períodos de expansão (quando o preço quica na média e se deve calcular a aceleração da alta ou da baixa). O processo é caótico, ou seja, imprevisível, mas não bagunçado, o que permite uma análise estatística por meio da curva leptocúrtica, pois se trata de uma supergaussiana.

3. Rogério apresentou os princípios fundamentais das operações: mente (razão em vez de emoção, ganho e perda, e disciplina e organização), método (AF ou AT) e controle de risco (o mais importante, com ênfase no modelamento estatístico e nas ordens de stop). Rogério afirmou que sem validação estatística a AT tem pouca valia. O stop é fundamental, porque a entrada é um salto no escuro (afinal, a probabilidade de subir ou de cair em princípio é de 50% para cada), mas a saída não.

Em seguida foi apresentado seu sistema de operação, com regras claras. Ele afirmou que em uma hora é possível analisar e operar os 160 papéis selecionados da BOVESPA, e que na prática uns 100-110 não passam no filtro de liquidez. Mas que o mais importante era que o controle total tinha 2 variáveis: o ponto de saída e o nível de exposição ao risco. Por isso, seu Sistema Composto, utilizando os softwares TradeSim e Metastock, utilizam modelamento, análise e validação estatística. Com isso era possível utilizar 5 sistemas que rendem mais de 1% ao mês cada, totalizando de 3% a 5% ao mês, que daria uns 80% ao ano.

Foram contrapostos Jesse Livermore (1877-1940), gênio do método, mas louco no controle de risco e James Simmons, PhD em matemática da Renassaince Technologies que é gênio do controle de risco e maior trader da história com ganhos de 39% aa nos últimos 16 anos. Então Rogério derrubou alguns mitos, como o de que "só insiders ganham", "operar no mercado é igual a jogar na loteria" e "o mercado é culpado pelos meus fracassos", e confrontou Buy&Hold com Operação, ressaltando que ninguém suportaria o drawdown de 70% em 1998. Inclusive fui desafiado, pois sou típico buyer&holder!

4. Finalmente, foi feito um agradecimento, com ênfase na importância das atividades de congraçamento proporcionadas pela AEITA RIO, e foram informados o e-mail rogerio@operacaoconsultoria.com.br e que existem curso básico de 2 dias, workshop de 8h e um curso avançado, para quem se interessar em aprender detalhadamente as técnicas apresentadas.