história do funchal

O Funchal é uma cidade e um município português, sendo capital da Madeira. Tem uma área urbana de 76,15 km2, 105.795 habitantes[2] em 2021, donde uma densidade populacional de 1 389 habitantes por km2, sendo a sexta maior cidade do país.

O município do Funchal,[3] coincidindo na área e população com a cidade, está dividido em dez freguesias.[4] O município é limitado a norte pelo município de Santana, a nordeste pelo município de Machico, a leste pelo município de Santa Cruz e a oeste pelo município de Câmara de Lobos e a sul com o Oceano Atlântico.

Foi a João Gonçalves Zarco que coube a capitania da cidade em 1424, ano em que se iniciou o povoamento. As ilhas Selvagens, 250 quilómetros a sul do Funchal, pertencem a este município, havendo desta forma descontinuidade territorial.

O povoamento iniciou-se em 1424, quando a ilha da Madeira foi dividida em duas capitanias. A capitania do Funchal coube a João Gonçalves Zarco que aqui se fixou com os seus familiares. Devido à sua posição geográfica, à existência de um bom porto marítimo e à produtividade dos seus solos, desde cedo constituiu-se num importante núcleo de desenvolvimento da ilha.

A povoação recebeu o primeiro foral entre 1452 e 1454, sendo elevada a vila e a sede de concelho. Pouco depois, em 1508 foi elevada a cidade.

Entre os acontecimentos marcantes no concelho podem-se mencionar o ataque de corsários franceses em 1566, sob o comando de Bertrand de Montluc, gentil-homem da corte de Carlos IX de França e filho segundo do marechal Blaise de Montluc. No mês de setembro, embarcou em Bordéus uma força de cerca de mil e duzentos homens, em três navios de alto-bordo e oito embarcações menores. Esta armada saqueou o Porto Santo, notícia que logo passou à Madeira, levando as vilas de Machico e de Santa Cruz a armarem-se para a eventualidade. No Funchal, por determinação do então governador, Francisco Gonçalves da Câmara, não se tomou qualquer tentativa que fosse considerada como hostil.

A armada, entretanto, ancorou na praia Formosa, desembarcando uma força de cerca de 800 homens, que marchou sobre a cidade em três colunas, sem encontrar resistência até à ponte de São Paulo. Na altura da ponte foram confrontados por uma pequena força da fortaleza, com algumas peças de artilharia de pequeno calibre, que em pouco tempo debandaram. Na altura da rua da Carreira, foram combatidos por um pequeno grupo de franciscanos, que foi rapidamente abatido. A fortificação do Funchal foi então assaltada pelo lado de terra, onde a condição de defesa era precária e, sem que se conseguissem reposicionar as pesadas peças apontadas para o mar, sucumbiu. A cidade sofreu então um violento saque de quinze dias, a que quase nada escapou.