Poemas


FLÁVIO FARIAS

Flávio de Souza Farias nasceu em Lagarto, SE, em13/01/2000. O jovem escritor começou a escrever em 2018, após sua entrada no ensino médio e publicar poemas e contos nas redes sociais. Apaixonado pela leitura e por livros, Flávio Farias apresentou proposta de textos exaltando a história de Riachão do Dantas e foi contemplado pelo edital da Lei Aldir, pela relevância social do seu trabalho.

Riachão do dantas

Berço de seres não ficcionais;

Cidade pequena - gigante adormecida.

Lugar mágico, terra querida...

Dona de lugares excepcionais!


Ruas íngrimes. Casas pendidas;

Morada de grandes talentos musicais,

Rica em cultura, esporte e coisas mais...

De pessoas simples, alegres e benignas.


Refúgio das aves de rapina;

Dona de nascentes e poentes amores.

Como acordes doces e flores...

Soas belas melodias, perfume de menina!


É o Riachão que há tempos não se via!

De gente feliz - apesar das dores...

De uma gente - de diversas cores...

De uma paisagem feliz que nos contagia.


E em cada lugarzinho deste pequeno reino,

Muitos diamantes se encontram escondidos;

Grandes mentes, talentos desconhecidos...

Nesta pátria-mãe que os guarda em teu seio.


Ó terra querida! Gigante és entre tantas mil!

Sim, o coração pulsando no peito do nosso país...

Uma terra fértil de amores, uma canção que te bem diz!

És tu, querida terra, a pátria de ouro do Brasil!


  • Flávio Farias

Sobre Riachão do dantas

Já posso ouvir o canto dos pássaros

Que com a voz do povo da serra vem.

Ah! já posso sentir o vento tocar-me os lábios,

O vento que beija a Limeira e os vossos cachos,

E que beija nossa cidade também!


Ó, vento augusto! Que tua aura percorra mais e mais esta terra!

Sim. E que o nosso povo pule de alegria,

Que a Santa paz se faça presente dia após dia

Em todo o Riachão

Com risos e uma alegria eterna.


Ó grande força atuante, visite de forma constante esse povo

sonhador!

Sim. E abrace este município tão grande

Com tua força poderosa e fascinante,

Plantando mais amor onde há dor...


Essa cidade de talentos incontáveis.

Essa cidade de pessoas memoráveis...

Ah, Riachão, como é bom ser teu filho!

E cada vez que eu me afasto de suas ruas

eu saio do trilho

Pois longe de ti é mais forte a saudade.


  • Flávio Farias

Sobre Riachão do dantas II

Morro de paixão por esta terra.

O lugar onde nasci e me criei!


Esta terra chama-se Riachão do Dantas,

Terra que em meu peito eternizei!


Das ruas - palco de diversos risos e choros na infância

Até hoje tenho vívida lembrança

Dos amigos que partiram!


E na praça da Igreja

Vejo uma luz que irradia e viceja...

Como gotas d'água que do céu emergiram.


  • Flavio Farias

EMANOELA SANTANA

Erondina Emanoela Andrade de Santana. Nascida em Aracaju, SE. Reside em Riachão do Dantas. Jovem escritora, começou a escrever ainda no ensino médio quando descobriu que a escrita salva almas. Atualmente, escreve contos, poesias acerca do cotidiano e publica em redes sociais. Amante da literatura, é graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade Federal de Sergipe. Apresentou proposta de Cordel exaltando a história de Riachão do Dantas e foi contemplada pelo edital da Lei Aldir, pela relevância social do seu trabalho.

O menino e o riacho

Num fim de tarde colorido,

Um menino muito sorridente,

Molhava os pés no riacho

Quando sentiu um desejo latente:

Queria que sua terra fosse lembrada

Queria que ela fosse independente


Essa história é como outras

Que ouvi quando ainda era criança

E desde lá eu pensava

Como é bonita a esperança.

Mas como pode um menino

Trazer em si tanta fome de mudança?


Com os olhos brilhando de emoção

Seguiu andando até chegar em casa

Trazia uma pedra em sua mão

E no peito o coração em brasa

Amava tanto aquele lugar

Desejava que sua história não fosse rasa


Já em casa, contou o desejo à mãe

Esta sorria com a inocência do filho

Passava-lhe a mão na cabeça e pensava:

Que seus olhos nunca percam o brilho

Que meu filho não se aborreça

Se no caminho encontrar empecilho


O menino cresceu e logo virou rapaz

Mesmo grande não desprezou seus sonhos

Tornou-se alguém muito importante.

O riacho ainda era o melhor dos caminhos

Sempre fora companhia e refúgio

E suas águas curavam até os dias tristonhos


Numa tarde parecida com aquela

O rapaz olhou para as águas do riacho

E ali se viu menino outra vez

Os olhos inundaram e ele disse baixo:

- Vou realizar o nosso sonho!

Levantou-se e despediu-se do riacho


Lutou muito, até quase desistir

Queria, antes de tudo, a liberdade

Não é possível ser grande preso com amarras

Queria ver sua terra virar uma grande cidade.

O esforço virou benção e ele pôde ver:

O seu lugar já não necessitava de piedade.


Com grande alegria, retornou ao riacho

Nunca esqueceria da gloriosa emancipação

Com os olhos daquele menino sonhador

Olhou para os céus e gritou com grande emoção:

- Obrigado, meu Deus! Confio a ti, mãe do Amparo,

As benditas terras do Riachão.


Essa história é como outras

Que ouvi quando ainda era criança

Não sei dizer se isso aconteceu

Mas ela me ensinou sobre mudança

E sobre sonhar e realizar

Até mesmo a acreditar no poder da esperança.


  • Ema Santana