Figuras ilustres

O município de Riachão do Dantas, apesar de periférico no conjunto dos municípios sergipanos, apresenta um grande número de filhos ilustres e intelectuais. Muitos são os riachãoenses que ocuparam cargos de relevância na Administração Pública, nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A relação aqui apresentada foi publicada inicialmente no livro "Riachão do Dantas", de José Renilton Nascimento Santos.

Genésia Fontes

Genésia Fontes nasceu em Riachão do Dantas (Engenho Bom Jardim) a 22 de setembro de 1890, sendo filha de Sizino Martins Fontes e Maria Prima de Carvalho Fontes.

Genésia Fontes desenvolveu, em Aracaju – para onde a família se transferiu em 1912 – um apostolado infantil junto a crianças órfãs de lar e de formação espiritual. Fundou em 16 de agosto de 1914 o Oratório Festivo São João Bosco. Era uma sala de catequese na casa de Ceciliana Praxedes da Costa. O número de crianças crescia a cada dia. A elas, Bebé – como era conhecida Genésia Fontes – ensinava catequese e trabalhos manuais. O Oratório foi transformado em Orfanato com sede própria, localizando-se na Avenida Desembargador Maynard.

Genésia Fontes faleceu em 14 de setembro de 1960, vítima de um acidente em que um automóvel a imprensou entre a parede de uma loja das ruas de Aracaju.

Genésia Fontes - Disponível em: https://www.arquidiocesedearacaju.org/

lourival fontes

Lourival Fontes nasceu em Riachão do Dantas, em 20 de julho de 1899. Era filho de Sizino Martins Fontes e de Maria Prima de Carvalho Fontes. Com a morte do pai, a família enfrentou sérias dificuldades financeiras.

Iniciou os estudos em Riachão, continuando-os em Estância. Em Aracaju, no Atheneu Sergipense, cursou o secundário. Fez os estudos com muitas dificuldades, sendo obrigado a trabalhar logo cedo na imprensa sergipana. Colaborou com jornais, a exemplo do Jornal do Povo e Diário da Manhã. Impressionado com suas reportagens, o presidente do Estado, Presciliano de Oliveira Valadão, ofereceu-lhe emprego como correspondente na Bahia do jornal oficial O Estado de Sergipe. Em Salvador, continuou os estudos e trabalhou nos jornais A Tarde e A Noite. Em 1918, fundou A Hora Literária, juntamente com Mário Linhares e Monteiro Teixeira.

Começou o curso de Direito em Salvador, transferindo-se para o Rio de Janeiro, onde se bacharelou, em 1922, pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro.

Inicialmente, Lourival empolgou-se com as idéias socialistas. Considerava-se materialista e socialista, participando de vários comícios em favor da classe operária. Com a morte de Jackson de Figueiredo (1928), converteu-se ao catolicismo, estreitando relações com Dom Sebastião Leme, arcebispo do Rio de Janeiro.

Em 1931, fundou as revistas Política e Hierarquia de tendência fascista, contando com colaboradores como Francisco de Santiago, Otávio Faria, Olbiano de Melo, entre outros. Integrou a Sociedade de Estudos Políticos (SEP) que tinha como objetivo divulgar a literatura fascista produzida no exterior e a obra de escritores brasileiros identificados com as idéias autoritárias.

Após o golpe de 1937, que instituiu o Estado Novo, Lourival dirigiu o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), tornando-se um dos homens de mais confiança do presidente Getúlio Vargas.

Em janeiro de 1945, foi nomeado embaixador do Brasil no México, permanecendo no cargo até novembro do mesmo ano, quando pede exoneração.

Com o retorno de Vargas à Presidência da República, foi nomeado Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República.

Nas eleições de 1954, Lourival Fontes elegeu-se senador por Sergipe, apoiado por uma coligação entre UDN, PTB, PSD, PSB e PSP. No Senado, presidiu as comissões de Constituição e Justiça e de Educação e Cultura. Participou da Comissão de Relações Exteriores.

Faleceu no Rio de Janeiro no dia 06 de março de 1967, sendo sepultado em sua terra natal.

Além de conferências, discursos, pareceres e artigos para jornais e revistas, Lourival Fontes publicou as seguintes obras: Homens e multidões (1950), Uma política de preconceitos (1957), Política, petróleo e população (1958), Missão ou demissão (1961) e A face final de Vargas – os bilhetes de Getúlio (1966).

Lourival Fontes - Disponível em: pt.wikipedia.org/wiki/Lourival_Fontes

Joana Simões Araújo

Riachãoense que estudou no Colégio Mackenzie (SP). Em São Paulo fez um curso de auxiliar de enfermagem. Voltando a Sergipe, alistou-se entre os voluntários ao corpo de Enfermagem do Exército Brasileiro, participando de treinamentos, cuidando dos feridos na Segunda Guerra Mundial.


Joana Simões de Araújo - Foto ilustrativa

Ibarê Dantas

José Ibarê Costa Dantas nasceu em Riachão do Dantas em 06 de dezembro de 1939, sendo filho de David Dantas de Brito Fontes e Miralda Costa Fontes.

Realizou os estudos primários em Riachão, no Educandário Dom Bosco. O curso ginasial deu-se em Aracaju no Ginásio Jackson de Figueiredo, em regime de internato. Em 1955, dirigiu-se a Salvador onde fez o curso Científico.

Após passar em concurso, trabalhou no Banco do Brasil (1964). Prestou vestibular para o curso de Direito, sendo aprovado, mas um ano depois transferiu-se para o curso de História, concluindo-o em 1970.

Após a conclusão do curso de História, escreveu O Tenentismo em Sergipe. Em 1975, ingressou na Universidade Federal de Sergipe (UFS), através de concurso, e passa a lecionar Sociologia. De 1978 a 1979, cursou Mestrado em Ciência Política na Universidade de Campinas (UNICAMP-SP). Aí defendeu a dissertação sobre As políticas das Interventorias em Sergipe.

Como professor da UFS, Ibarê Dantas lecionou diversas disciplinas na Graduação e Pós-graduação. Participou de vários encontros científicos, apresentando comunicações e integrando mesas redondas.

Foi presidente o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (biênios 2004-2005, 2006-2007), integrou o Conselho Diretor da UFS e o Grupo de Debates Democráticos (GDD).

Dedica-se a pesquisas voltadas para as áreas de Ciência Política e de História.

Ibarê Dantas é autor dos seguintes livros: O Tenentismo em Sergipe – da Revolta de 1924 à Revolução de 1930 (1973), A Revolução de 1930 em Sergipe: dos Tenentes aos Coronéis (1983), Coronelismo e Dominação (1987), Os Partidos Políticos em Sergipe – 1889/1964 (1989), A Tutela Militar em Sergipe, 1964/1984: Partidos e Eleições num Estado Autoritário (1997), Eleições em Sergipe – 1985-2000 (2002), História de Sergipe: República – 1889/200 (2004).


Ibarê Dantas - Disponível em: jornaldodiase.com.br

Paulo Freire de Araújo

(1911-1983), Pastor da Igreja Presbiteriana, atuando em várias cidades de Minas Gerais. Foi eleito Deputado Federal por Minas Gerais em quatro legislaturas. Fundou a Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais – AEBMG (1946).

Confirma a história da AEBMG:


"Antes de ser lançada a pedra fundamental da Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais - AEBMG, no ano de 1946, construir um hospital era apenas sonho de um grupo de pessoas lideradas pelo Reverendo Paulo Freire de Araújo. No início, o plano era atender a maior carência na área da saúde: pacientes com tuberculose.


Belo Horizonte naquela década, considerada uma região de excelente clima para tratamento de doenças respiratórias, possuía temperatura e umidade ideal “das montanhas” para construção de sanatórios (nomenclatura utilizada para hospitais especializados no tratamento de tuberculose) .


Contudo, em suas viagens pelo interior de Minas, o Reverendo conseguiu apoio de comunidades evangélicas, obteve recursos para adquirir o terreno no Bairro da Serra e mudou seus planos, iniciando construção de um hospital geral, conhecido como Hospital Evangélico de Belo Horizonte.


O GRUPO AEBMG - Hoje, 70 anos mais tarde, a AEBMG presta serviços à população de Belo Horizonte e Região Metropolitana nas áreas da saúde e educação. Conta com uma estrutura composta pelo Hospital Evangélico, Escola de Enfermagem do Hospital Evangélico, que completa, no dia 29 de março, 49 anos de fundação, três Centros de Nefrologia sendo dois em Belo Horizonte ( Avenida do Contorno e em Venda Nova) e na cidade de Contagem e um Laboratório de Análises Clínicas.


A AEBMG é uma instituição sem fins lucrativos, com cerca de 1.100 funcionários, beneficiando mais de 300 mil pessoas por ano entre consultas ambulatoriais, internações, procedimentos, hemodiálise e formação educacional. Somos gratos a Deus por continuar a missão de louvar ao nosso Senhor Jesus Cristo, servindo ao próximo a cada dia. Essa missão faz de cada um dos nossos colaboradores, participantes ativos na construção do Reino de Deus. "


Fonte: hospitalevangelicobh.org.br


Paulo Freire de Araújo - Disponível em: AEBMG

Francisco Dantas

Francisco José Costa Dantas nasceu em Riachão do Dantas, em 18 de outubro de 1941. É filho de David Dantas de Brito Fontes e Miralda Costa Fontes.

Francisco Dantas cursou o Primário na Escola Dom Bosco e nas Escolas Reunidas Comendador Dantas. O ginásio foi feito nos Colégios Jackson de Figueiredo e Salesiano (Aracaju). Em 1958, abandonou o Atheneu Sergipense e partiu para Itabaianinha onde passa a trabalhar como Escrivão e Tabelião no Cartório do 2º Ofício. No final dos anos 60, retoma os estudos, concluindo o Colegial no Atheneu. Logo ingressa na Universidade Federal de Sergipe para cursar Letras.

Através de concurso torna-se professor de Literatura na UFS.

Defendeu, em 1981, na Universidade Federal da Paraíba, a dissertação de mestrado sobre Osman Lins, intitulada Anotações à margem de O fiel e a pedra. Doutorou-se pela Universidade de São Paulo (USP), onde defendeu, em 1990, a sua tese A mulher no romance de Eça de Queiroz.

Estreou no romance, em 1991, com Coivara da Memória, ao qual seguem Os desvalidos (1993), Cartilha do Silêncio (1997), Sob o peso das sombras (2004) e Cabo Josino Viloso (2005).

Os desvalidos foi adaptado ao teatro, em 2004, pelo Grupo Imbuaça.

Francisco Dantas ganhou um prêmio internacional (Itália) com Cartilha do Silêncio

Franciso José Costa Dantas - Disponível em: http://istoesergipe.blogspot.com/

Horácio Dantas de Góes

Filho de Epifânio José Fontes de Goes e de Anna Dantas de Goes, Horácio provém, portanto, da família Dantas, antigos procuradores da Casa da Torre de Garcia d'Ávila. Foi administrando as terras da Casa da Torre que os Dantas acumularam grandes extensões rurais. Horácio de Góis descende do comendador João Dantas Martins dos Reis e de Cícero Dantas Martins.

Casou-se com Creuza Fontes de Goes, filha de José Costa Fontes e Marieta Silveira Fontes e irmã do escritor Arivaldo Silveira Fontes. Tiveram oito filhos, entre eles o diretor de empresa Horácio Dantas de Góis Filho, o deputado estadual Roberto Fontes de Goes e a juíza Mirena Dantas Fontes de Goes. Creuza Fontes de Goes ficou conhecida por sua suposta generosidade, que lhe valeu a alcunha de "Mãe dos Pobres". Foi eleita, em 15 de agosto de 1970, presidente da Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância, entidade beneficente que mantém a Maternidade Ana Dantas de Goes. Foi ainda reeleita para diversos mandatos.

Foi prefeito de Riachão do Dantas por dois mandatos, deputado estadual em Sergipe por sete legislaturas (de 1959 a 1978), chegando a presidir a Assembleia Legislativa, o que fez com que assumisse interinamente o governo do estado de Sergipe em algumas ocasiões e efetivamente em 1963 com as renúncias de Luís Garcia e Dionísio de Araújo Machado, que se recusaram a transmitir o cargo ao governador eleito Seixas Dória.

Fonte: Assembleia Legislativa de Sergipe; Secretaria da Fazenda.

Extraído de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hor%C3%A1cio_de_G%C3%B3is


Horácio Dantas de Góes

joão oliva alves

Filho de José Alves dos Santos e de Mariana de Oliva Santos, João Oliva Alves nasceu em Riachão do Dantas, no dia 29 de dezembro de 1922.

Os estudos primários foram realizados em sua terra natal. Bacharelou-se em Direito pela UFS, em 1976.

João Oliva iniciou sua vida pública em Riachão do Dantas como Secretário da Prefeitura (1941). Ainda em sua terra natal, começou a escrever artigos, enviando-os para jornais de Aracaju e de cidades interioranas (Estância e Itabaiana). Em 1946, assumiu a Prefeitura de Riachão interinamente.

Foi Agente de Estatística do IBGE, em Riachão e Estância, sendo transferido para Aracaju em 1956. Na capital, tornou-se repórter da Gazeta Socialista (depois Gazeta de Sergipe), redator-chefe do jornal católico A Cruzada e editorialista do Diário de Aracaju. Atuou no jornalismo radiofônico, escrevendo crônicas para os programas Nossa Opinião e Pingo de Fogo da Rádio Cultura, onde também produziu e apresentou A Grande Entrevista da Semana. Exerceu, ainda, sua atividade jornalística no Governo do Estado (Secretário de Imprensa no Governo Seixas Dória), na Associação Comercial de Sergipe (Assessor de Imprensa) e na Universidade Federal de Sergipe (Assessor de Relações Públicas). Foi vice-presidente da Associação Sergipana de Imprensa, chegando a assumir temporariamente a presidência.

Desde o ano de 2001, ocupa a cadeira nº 24 da Academia Sergipana de Letras (ASL), na vaga do Bispo D. José Brandão de Castro.

Além de textos jornalísticos, escreveu A importância da Estatística para o Município (1957), Monografias dos Municípios de Aracaju e do Sul do Estado e Universidade Federal de Sergipe – uma experiência em marcha de Reforma e Integração Universitária (1972). As monografias sobre os municípios de Sergipe foram publicadas pelo IBGE na Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (1959).

Em 2004, publicou Sobretudo a Imprensa que reúne uma coletânea de editoriais publicados em A Cruzada e no Diário de Aracaju.

João Oliva Alves - Disponível em: http://sergipesuaterraesuagente.blogspot.com/

Terezinha oliva

Filha de João Oliva Alves e Maria Alves Oliva, Terezinha Alves de Oliva nasceu em Riachão do Dantas, em 06 de junho de 1950.

As primeiras letras são aprendidas em Riachão com a professora Icléia Fontes. Com a transferência da família para Aracaju, Terezinha Oliva faz os cursos Primário e Ginasial no Colégio São José. O Clássico é feito no Atheneu Sergipense. Inicia o curso superior, Licenciatura em História, na Faculdade Católica de Sergipe, incorporada à Universidade Federal de Sergipe, quando da sua criação em 1968.

Em 1974, começa a lecionar na Universidade Federal de Sergipe.

É mestra em História do Brasil pela Universidade Federal de Pernambuco, defendendo a tese Fausto Cardoso: um movimento anti-oligárquico?, em 1981.

Em 1999, conclui o doutorado em Geociências, na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, em Rio Claro (SP), apresentando a tese O pensamento geográfico em Manoel Bomfim.

No Departamento de História da UFS lecionou as disciplinas Introdução à História, História Moderna e Metodologia e Pesquisa Histórica, além de orientar diversos alunos do Bacharelado e Licenciatura em História na elaboração de suas monografias.

É autora de diversos artigos publicados em revistas especializadas, além de vários trabalhos apresentados em congressos.

Além de Impasses do federalismo brasileiro: Sergipe e a Revolta de Fausto Cardoso (1985), é co-autora de Textos para a História de Sergipe (1991), Para conhecer a História de Sergipe (1998), Capítulos de Geografia Nordestina (1998) e Trajetória Histórica de Sergipe (2002).

Antes de ingressar no magistério da UFS, Terezinha Oliva foi Diretora do Arquivo Público do Estado de Sergipe e Diretora do Departamento de Cultura e Patrimônio Histórico da Secretaria de Estado da Educação e Cultura.

Terezinha Alves Oliva- Disponível em: http://destaque.noticias.com.br

valeriano félix dos santos

Valeriano Félix do Santos nasceu em Riachão do Dantas (Palmares) a 14 de abril de 1926. Era filho de Vicente Félix dos Santos e Maria Antônia de Jesus. Galgou uma série de especializações no Exército, onde teve o primeiro contato com a educação. Foi funcionário público até sua aposentadoria, sem nunca abandonar a literatura de cordel. Fixou-se em Simões Filho (Bahia).

É autor de uma quantidade considerável de folhetos de cordel com temas diversificados que variam entre o amor, humor e a política, sempre observada de um ponto de vista otimista e patriótico.

Dossiê sobre a literatura de cordel da Revista Cult (Nº 54 de janeiro de 2002) aponta-o como um dos mais importantes poetas de cordel de Sergipe ao lado de Manuel d’Almeida Filho e João Firmino Cabral.

Entre os seus folhetos citamos A volta de Lampião; Zumbi Rei dos Palmares; Uma cruz no deserto; Viva Nossa Pátria Amada; Bela de Araque; A menina feia; A Fábula das Rãs; Castro Alves e os jovens dos nossos dias; Somos brasileiros livres e cheios de fé no Brasil, Tancredo Neves, um novo presidente; A cabeça; A mulher que se casou dezoito vezes.

A publicação de seus folhetos contava com o apoio de casas comerciais de Salvador e Simões Filho, além das prefeituras de Salvador e Simões Filho. A venda desses folhetos era revertida para a Casa e Creche Comunitária de Santa Luzia.

Desenvolveu um trabalho assistencial junto a crianças carentes de Simões Filho, criando a Casa e Creche Comunitária de Santa Luzia.

Escreveu com Eloy Santos o roteiro de O encontro de tia Policarpa com o seu destino, apresentado pela Rede Globo no Programa Caso Verdade, em 1983.

Valeriano Félix dos Santos - Quadro exposto na galeria dos cordelistas, na Biblioteca Clodomir Silva, contendo a biografia de Valeriano Felix dos Santos. Desenho: Ubira, 2003.

arivaldo silveira fontes

Arivaldo Silveira Fontes nasceu em Riachão do Dantas a 18 de junho de 1923, sendo filho de José Costa Fontes e Marieta Silveira Fontes.

Após concluir o ensino primário, em Riachão, Arivaldo Fontes segue para Aracaju, estudando nos colégios Tobias Barreto e Atheneu Sergipense. Em 1941, ingressou na Escola Preparatória de Cadetes de Porto Alegre; em 1941, entrou na Academia Militar de Agulhas Negras, completando sua formação militar como Oficial do Exército (1946). Em 1951, ingressou no Curso de Matemática da Universidade do Distrito Federal (Rio de Janeiro), concluindo o Bacharelato e Licenciatura em Matemática. Foi professor do Colégio Militar do Rio de Janeiro e do Colégio Pedro II e da Fundação Osório. Seguidor da carreira militar, galgou os postos de Cadete a Coronel.

Na administração pública, Arivaldo Fontes exerceu missões públicas relevantes, sendo Oficial do Gabinete do Ministro da Guerra, Secretário de Segurança Pública do Estado de Sergipe (Governo de Seixas Dória), Assessor do Conselho Estadual de Educação do Estado da Guanabara, Coordenador do Programa Nacional de Restauração das Cidades Históricas do Nordeste, Diretor Nacional do SENAI entre outros.

No Rio de Janeiro foi um dos pais atuantes intelectuais, levantando Fontes sobre a história militar e sobre a educação ministrada nos Colégio Militar e Pedro II.

Faleceu no Rio de Janeiro, em 30 de abril de 2008.

Entre as suas obras, citamos Breve Introdução à História dos Colégios Militares no Brasil (1958), Vultos do Ensino Militar (1991) e Figuras e Fatos de Sergipe (1992). Publicou, também, diversos artigos em revistas e jornais.

Arivaldo Silveira Fontes - Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arivaldo_Silveira_Fontes

Desembargador João Dantas Martins dos Reis

Filho do Coronel João Dantas dos Reis e Joana Francisca de Menezes Dantas, nasceu em Riachão do Dantas (Engenho Fortaleza) no dia 07 de agosto de 1884. Faleceu em Aracaju no dia 11 de janeiro de 1979.

As primeiras letras foram cursadas no Riachão. Depois estudou em Estância, Aracaju e Salvador, onde, em 1903, matriculou-se na Faculdade de Direito dac Bahia, bacharelando-se em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1907.

Ao deixar a Faculdade de Direito da Bahia, foi nomeado promotor público de Estância (1907-09). Daí em diante é nomeado para o Juizado de Maroim (1909-1921), Juiz de Direito de Capela (1925-26) e, finalmente, Juiz de Direito em Aracaju.

Em 12 de maio de 1945, foi promovido, por merecimento, no cargo de Desembargador. Como Desembargador, foi eleito duas vezes Presidente do Tribunal de Justiça e duas outras, Vice-Presidente. Presidiu também o Tribunal Regional Eleitoral.

Ainda em cargos administrativos, dirigiu a Secretaria de Interior e de Segurança Pública.

Entre as suas obras, citamos Comarca de Capela e sua vida judiciária (1926), Gumercindo Bessa (1958), A questão do Acre (1960).

Além disso, colaborou em muitos jornais e revistas sergipanos. A Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe publicou vários artigos de sua autoria sobre a justiça em Sergipe.

Escreveu A cidade do Riachão do Dantas como começou (1949) que tem servido de base a todos os trabalhos referentes ao nosso município.

Franciso José Costa Dantas - Disponível em: http://istoesergipe.blogspot.com/

Osman Hora Fontes

(1916-1992), Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade do Brasil. Foi Procurador da República em Sergipe e professor da Universidade Federal de Sergipe.

Osman Hora Fontes

coronel João Dantas Martins dos Reis

No processo emancipatório de Riachão do Dantas, convém ressaltar a influência e atuação do Coronel João Dantas Martins dos Reis (o da ilustração), que nasceu no engenho Camuciatá, município de Itapicuru, em 18 de maio de 1830. Fez os primeiros estudos em Jeremoabo e em Estância. Em 1851, já casado com D. Mirena da Silveira Carvalho, constitui o engenho Fortaleza. Desde cedo militou na política da Província de Sergipe. Foi o grande batalhador pela autonomia de Riachão. Membro do Partido Conservador, exerceu cargos de representação no Lagarto e no Riachão (Vereador, Presidente da Câmara Municipal, Juiz de Paz, Suplente de Juiz Municipal, delegado de polícia). Foi Deputado Provincial nas legislaturas de 1856-57, 1860-61, nas de 1870 a 79 e finalmente de 1882 a 1887. Ocupou a Presidência da Assembleia Legislativa por várias vezes. Foi Vice-Presidente da Província, nomeado em 1.º de setembro de 1855. Por duas vezes exerceu a Presidência da Província de Sergipe. Pelos serviços prestados por ocasião do cólera morbus (1855-56) foi agraciado pelo Governo Imperial com o Oficialato da Ordem da Rosa (1859). Mais tarde (1871) foi promovido na mesma Ordem ao Grau Comendador. Faleceu no seu engenho Fortaleza a 14 de outubro de 1890

Coronel João Dantas Martins dos Reis

Pe Pedro Alves de Oliveira

Conhecido por “Homem dos passos ligeiros e bondade infinita”, Padre Pedro Alves de Oliveira nasceu em Riachão do Dantas no dia 03 de julho de 1904. Desenvolveu um bonito trabalho de assistência aos carentes em Aracaju, sendo escolhido, em 2000, o Sergipano do Século. Pelas ruas de Aracaju, Pe. Pedro conversava e dava conforto espiritual aos moradores de rua e distribuía alimentos aos necessitados, ele também prestava assistência espiritual aos enfermos dos hospitais da cidade. Ele foi professor de Português, Francês, Latim e Filosofia e vigário de Propriá, Rosário do Catete, Maruim, Santo Amaro das Brotas, Tobias Barreto e Arauá. Em sua homenagem, na Capital, existe um restaurante intitulado de “Restaurante Popular Padre Pedro” e um trecho da BR-235, que liga Aracaju a divisa de Sergipe com a Bahia, denominado “Rodovia Padre Pedro”.

Pe. Pedro Alves de Oliveira

Oziel Almeida Costa

(1913-1988), seguidor da carreira militar chegando ao posto de General-de-Brigada do Exército. No campo administrativo foi Oficial do Gabinete do Ministro Lott, adido das Forças Armadas junto à Embaixada do Brasil no Peru e Presidente do Conselho Nacional do Petróleo (1975-1985).


Oziel Almeida Costa - Disponível em: http://www.cmbh.eb.mil.br

Byron Emanuel de Oliveira Ramos

Filho de Ursino Souza Ramos e Helena de Oliveira Cruz Ramos, Byron Emanuel de Oliveira Ramos, nasceu em Riachão do Dantas, a 23 de abril de 1944.

Em 1969, bacharelou-se em Medicina pela UFS. Especializou-se em Pediatria no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Fez, também, curso de aperfeiçoamento, patrocinado pela Josiah Macy Foundation.

Em 1976, ingressou na UFS como Professor Auxiliar de Ensino da disciplina de Pediatria e Puericultura. Como professor, participou de diversos cursos, estágios e seminários nacionais e internacionais. Foi por duas vezes Presidente da Sociedade Sergipana de Pediatria.

Byron Emanuel de Oliveira Ramos - Disponível em: Assembleia Legislativa de Sergipe

luiz eduardo oliva

É graduado em Direito pela Universidade Federal de Sergipe (1980), Especialista em Políticas de Governo e Empresas Públicas (Fundap-1984) e Mestre em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (1990). Professor de Educação Artística do Colégio Estadual Atheneu Sergipense (1978). Foi Professor do Curso de Direito da Universidade Tiradentes (1999/2007). Advogado, é professor do Curso de Direito da Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe - FANESE atualmente ministrando a disciplina Direitos Humanos. Na Universidade Federal de Sergipe foi Pró-Reitor de Assuntos Estudantis/UFS (1981-1984), Diretor do Centro de Cultura e Arte/UFS (1990-1991)Pró-Reitor de Extensão/UFS(1991-1992). No município de Aracaju foi Subsecretário de Turismo Esporte e Lazer de Aracaju-1993/1994. Foi também Presidente da Escola Superior de Advocacia OAB/SE (1996-2001). No Estado de Sergipe foi Diretor Presidente da Empresa Estadual de Serviços Gráficos de Sergipe (2007-2011) Secretário de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania do Estado de Sergipe (2011-2014), Subsecretário de Estado do Patrimônio Histórico e Cultural de Sergipe (2014/2015), Diretor Técnico da FAPITEC - Fundação de Apoio à Pesquisa e Inovação Tecnológica de Sergipe (2015/2016) e Diretor de Captação de Recursos e Marketing da Fundação Aperipê de Sergipe (2016/2017). Atualmente retornou à atividade da advocacia e mantém atividade intelectual como poeta, conferencista e também é articulista do Jornal da Cidade onde escreve a cada quinze dias. Em dezembro de 2018 foi eleito para ocupar a cadeira nº 17 da Academia Sergipana de Letras Jurídicas.

Luiz Eduardo Oliva - Disponível em: http://jornaldacidade.com/

José do Patrocínio

José do Patrocínio Hora Alves nasceu em Riachão do Dantas a 26 de abril de 1950, sendo filho de José Oliva Alves e Josefa Freire Hora Alves.

Formou-se em Química Industrial pela Universidade Federal de Sergipe (1972). O Mestrado em Química foi feito na Universidade Federal da Bahia, concluindo-o em 1979. Em 1982, concluiu o doutorado em Química Analítica na Universidade Estadual de Campinas (SP).

Leciona na Universidade Federal de Sergipe. Tem participado de seminários, congressos, simpósios, feiras, conferências e encontros nas áreas de Química, Matemática, Física, Computação e Meio Ambiente.

Em co-autoria com outros técnicos, escreveu vinte e três trabalhos e publicou diversos artigos científicos. Desenvolve pesquisa sobre “nutrientes e metais pesados em ecossistemas aquáticos costeiros”.

É o organizador da obra Rio Sergipe: importância, vulnerabilidade e preservação (2006).


José do Patrocínio - Disponível em: https://eventos.abrh.org.br/

Abdias de Oliveira

Abdias de Oliveira nasceu em 29 de janeiro de 1852, no Engenho Coqueiro, Riachão do Dantas. Era filho do capitão José Antônio da Costa e Joaquina Maria de Menezes.

Iniciou seus estudos jurídicos na Faculdade de Direito de São Paulo, terminando-os na Faculdade de Direito de Recife, em 1882. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais.

Em 1883, foi nomeado promotor público da Comarca de Feira de Santana (BA), permanecendo no cargo até 1886, quando foi nomeado juiz municipal de Campos (atual Tobias Barreto). Depois passou pelas comarcas de Bom Conselho, Igaraçu, Gravatá e Nazaré (todas em Pernambuco).

Em 1911, tornou-se Desembargador do Superior Tribunal de Justiça, para o qual foi eleito presidente. Em todas as comarcas por que passou gozou de honroso conceito pela sólida cultura jurídica

Abdias de Oliveira - Foto ilustrativa

Hélio Araújo Oliveira

Filho de Adel Alves de Oliveira e Helena Freire Araújo Oliveira, Hélio Araújo Oliveira nasceu a 29 de maio de 1944, em Riachão do Dantas.

Iniciou os estudos primários nas Escolas Reunidas Comendador Dantas, concluindo-os no Grupo Escolar Lourival Fontes. Em Aracaju, faz o curso Ginasial e Científico.

Realizou o curso de Medicina, de 1964 a 1969, na Faculdade de Medicina de Sergipe, incorporada à Universidade Federal de Sergipe. Enquanto estudante militou no movimento estudantil, sendo Presidente do Diretório Acadêmico.

Em 1970, iniciou no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro o curso de especialização em Neurocirurgia. Retorna a Sergipe, em 1973, com o título de especialista em Neurocirurgia, concedido pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Foi o primeiro neurocirurgião do estado de Sergipe.

Lecionou na Universidade Federal de Sergipe (Departamento de Medicina), tendo diversos trabalhos publicados em revistas nacionais e internacionais.

Hélio Araújo Oliveira - Foto ilustrativa

Joel Fontes Costa

Engenheiro Civil, formado na Escola Politécnica da Universidade da Bahia. Dirigiu o Departamento de Estadas de Rodagem (DER-SE). Foi professor da Escola Técnica de Sergipe e da Universidade Federal de Sergipe.


Joel Fontes Costa - Foto ilustrativa

José Costa Fontes

(1915-1986), militar que seguiu a carreira na Aeronáutica, chegando ao posto de Coronel. Foi professor da Escola de Cadetes (RJ).


José Costa Fontes - Foto ilustrativa

Neemias Araújo de Carvalho

Pastor da Igreja Presbiteriana. Ocupou diversos cargos administrativos como o de Diretor do DETRAN, Secretário Adjunto da Secretaria de Educação e Cultura, membro do Conselho Estadual de Educação.


Neemias Araújo de Oliveira - Foto ilustrativa

Nilton de Araújo Fontes

Engenheiro Agrônomo com diversos trabalhos publicados em co-autoria com outros técnicos e participação em variados congressos, seminários, encontros e conferências.


Nilton de Araújo Fontes - Foto ilustrativa

Erasmo de Lima

Militar, nascido a 2 de junho de 1867, que fez carreira no Exército chegando a General de Divisão.


Erasmo de Lima - Foto ilustrativa