Cada ser humano recebe-se ao nascer com uma herança amorosa, genética, biológica e cultural que surpreende pela originalidade e que confirma o maior bem do amor, ou seja, a vida.
O que é a sexualidade? Quando começa e termina?
A sexualidade é uma energia que nos motiva a procurar amor, contato, ternura, intimidade. Manifesta-se no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser-se sensual e ao mesmo tempo sexual. Ela influencia os nossos sentimentos, ações e interações e contribui para a nossa saúde física e mental.
In Organização Mundial de Saúde
O ser humano nasce sexuado: é um ser masculino ou feminino predisposto a estabelecer relação com um outro ser que se lhe apresenta como complementar. Cada pessoa estabelece relação com os outros através do seu próprio ser: a atracão dos sexos é um apelo que surge na interioridade de cada um; é um poderoso dinamismo que leva a comprometer-se com o outro. Esta força biológica, psicológica e espiritual tem o alcance de uma entrega e generosidade que torna o ser humano um «ser com».
A sexualidade é uma componente fundamental da personalidade, é um modo de ser, de sentir e de comunicar com os outros; é a nossa maneira de sermos homens ou mulheres. Permite-nos estabelecer laços, dar e receber afetos; manifesta-se em todas as relações: na camaradagem, na amizade, no namoro, no matrimónio, no celibato. As relações interpessoais não são necessariamente sexuais, mas são, inevitavelmente, sexuadas.
Sexualidade e genitalidade não são sinónimos; a genitalidade é apenas um dos muitos aspetos da sexualidade: a sua dimensão física. A sexualidade é espaço aberto para o amor e nele encontra o seu sentido; pressupõe a vivência da beleza e da exigência de uma relação de amor onde cada um é dom para o outro e ambos são dom para a realização de um projeto aberto à vida.
A relação sexual é corpórea. Se entendermos o corpo como um objeto que se possui, então a dimensão sexual do ser humano é apenas a obtenção de prazer em que cada pessoa se reduz a um eu egoísta que tudo faz para obter vantagens. Mas a relação de dois corpos, assim vivida, não constitui um encontro e não origina uma experiência criativa, em função da realização do ser humano. Quando reduzimos o ser amado a um ser de respostas previamente definidas, não há um encontro de pessoas livres orientadas para a interação, para a fecundação e para a abertura ao dom maravilhoso da vida.
Desafio da aula de hoje...