Simpósios de comunicações
(Duração - 1h30)
(Duração - 1h30)
Moderador: Ricardo Portugal
CO1 - Algumas potencialidades do Geogebra no 1.º Ciclo
Cristina Ortins e Orlanda Ponte, Direção Regional da Educação dos Açores – Programa de Formação e Acompanhamento Pedagógico de Docentes da Educação Básica
Com esta comunicação, pretendemos divulgar um trabalho desenvolvido com o recurso Geogebra, em contextos formativos em plenário, ou seja com grupos de docentes, e em sala de aula. Este trabalho foi efetuado no âmbito do Programa de Formação e Acompanhamento de Docentes da Educação Básica dos Açores. A nível formativo, foram abrangidas as dez Unidades Orgânicas da nossa área de intervenção, isto é, nas ilhas Terceira, Graciosa, São Jorge e Santa Maria, num total de 309 professores. A experiência em sala de aula envolveu cinco Unidades Orgânicas, nove escolas do 1.º Ciclo e quinze turmas do 4.º ano das ilhas Terceira, Graciosa e Santa Maria.
Tendo como suporte o programa Geogebra, construíram-se recursos pedagógicos que, inicialmente, foram apresentados nos contextos formativos em plenário e, posteriormente, utilizados em sala de aula, no acompanhamento direto aos alunos. Esta experiência permitiu termos uma visão mais profunda sobre as potencialidades do programa Geogebra. Por um lado, como sabemos, é uma ferramenta útil na construção de recursos pedagógicos para os alunos. Por outro lado, constitui-se como instrumento de aprendizagem de diferentes conceitos matemáticos. No contexto do trabalho desenvolvido, ele foi utilizado não só como um apoio dinâmico, para o professor, durante as atividades letivas, mas também, em algumas salas de aula, os alunos foram construindo processualmente as suas aprendizagens diretamente no programa.
Propomo-nos apresentar os referidos recursos, discutir e refletir sobre a sua aplicabilidade noutros contextos educativos.
CO2 - Educação, Matemática e Cultura: desafios integrados no Projeto EduPARK para alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico
Márcia Carvalho, Ana Rita Rodrigues, Teresa Neto e Lúcia Pombo, Universidade de Aveiro
Nesta comunicação apresenta-se um trabalho na Unidade Curricular Prática Pedagógica Supervisionada em simultâneo com o Seminário de Orientação Educacional, com vista à obtenção do Mestrado em Ensino do 1.º CEB e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º CEB. Este estudo teve como objetivo analisar as dificuldades, o interesse e a motivação dos alunos de uma turma do 4.º ano nas tarefas realizadas em sala de aula e em contexto outdoor, no âmbito do Projeto EduPARK. Este estudo teve como finalidade dar resposta às seguintes questões de investigação: i) Qual a relação estabelecida por alunos do 4.º ano do 1.º CEB entre a resolução de tarefas em sala de aula e no Parque Infante D. Pedro?, ii) De que forma as atividades propostas no Projeto contribuíram para minimizar as dificuldades dos alunos na resolução de tarefas nas áreas de Matemática e de Estudo do Meio? e iii) Em que medida é que estas atividades promoveram a motivação dos alunos?. Para dar resposta às questões procedeu-se ao desenho e implementação do guião didático e das tarefas em sala de aula. Neste sentido, o presente estudo é sustentado pelos indicadores do conceito de adequação didática de Godino (2011), pela vertente da Etnomatemática e da vertente da Educação Matemática Realista. O estudo abordado possui uma natureza qualitativa, investigação-ação, tendo os dados sido recolhidos através de documentos realizados pelos alunos, observação direta por parte das investigadoras, de um caderno de apoio ao guião didático, do inquérito por questionário e dos registos audiovisuais. Os resultados obtidos demonstram que as tarefas desenvolvidas num contexto de educação formal outdoor promovem motivação e o interesse, contudo, não combateram as dificuldades dos alunos na totalidade.
CO3 -Do brasão à Álgebra
Carla Brito, Mariana Sousa, Teresa Peixoto e Dárida Maria Fernandes, Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico do Porto
No âmbito da UC Álgebra e Conexões Matemáticas, do Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do EB e Matemática e Ciências Naturais no 2.º Ciclo do EB, desenvolvemos um trabalho de cariz teórico-exploratório, tendo por base o brasão da freguesia de Rio Mau, Penafiel. O principal objetivo do trabalho é ligar a matemática ao quotidiano da criança para que esta adquira e mobilize saberes de modo significativo e contextualizado, desenvolvendo a criatividade na exploração de diferentes materiais, para assim adquirir os conhecimentos algébricos pretendidos bem como desenvolver a sua competência matemática. Surgem como objetivos secundários a criação de atividades lúdicas que captem o interesse da criança, através de tarefas diversificadas, tendo em vista o melhoramento do seu desempenho. Outro objetivo secundário passa pela articulação entre áreas do saber, como por exemplo através do reconhecimento do símbolo da freguesia, podemos abordar o estudo do meio. A estrutura do trabalho organiza-se da seguinte forma: partimos de uma resenha histórica da freguesia, bem como da atividade de eleição do meio local, sendo esta a apicultura; avançando para uma contextualização da matemática e de como esta está ligada à realidade; seguindo-se um enquadramento teórico, que faz referência a aspetos mais específicos do programa da matemática e, por fim, está a parte prática do nosso trabalho, que engloba diversas tarefas relacionadas com o tema do mesmo, as quais não foram implementadas.
CO4 - Projeto Erasmus+: "STEM4Math"
Ana Margarida Lopes, Agrupamento de Escolas e Viseu Norte
Maria Cristina Loureiro, Agrupamento de Escolas de Castro Daire
Sandra Magalhães, Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital
Maria Teresa Santos, Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Vagos
STEM4Math é um projeto europeu no âmbito do STEM e com enfoque na Matemática, no qual a APM é parceira da Bélgica, Espanha, Finlândia e Suécia. Este projeto visa selecionar, adaptar e partilhar tarefas que permitam desenvolver nos alunos as 4 grandes áreas do STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática), de acordo com o modelo didático desenhado para o efeito. Após a discussão das tarefas, a construção dos questionários e dos guiões, para professores e alunos, cada país envolvido terá de implementar, numa primeira fase, 3 tarefas em turmas piloto e perceber o impacto destas junto dos alunos e dos professores envolvidos. De forma a incentivar os professores a mudarem as suas práticas e a implementarem mais tarefas no âmbito do STEM4Math, desenvolveremos cursos de formação onde se explicará o que se pretende ao desenvolver uma educação com enfoque no STEM, partilhar todos os materiais construídos no âmbito do projeto, bem como construir novos.