Simpósios de comunicações

(Duração - 1h30)

Sábado, 4 de novembro de 2017

Simpósio de comunicações C - 1.º e 2.º CEB

Moderador: Irene Segurado

CO1 - Humor, Matemática e Educação

Luís Menezes, Escola Superior de Educação de Viseu

O humor, a Matemática e a Educação podem estar sentados à mesma mesa? Esta é uma pergunta à qual procuro responder nesta comunicação, discutindo brevemente a ideia de humor, a sua função social, a sua relação com a Matemática e o seu valor educativo. Para além disso, apresento situações humorísticas utilizadas, ou com potencial para serem utilizadas, para ensinar Matemática aos primeiros anos de escolaridade.


CO2 - O número do dia

Helena Amaral, EB1 Parque Silva Porto, Agrupamento Quinta de Marrocos

O número do dia consiste numa rotina diária que ocupa dez a quinze minutos do início da aula. A palavra rotina remete para um significado aborrecido, conservador e algo que ao ser feito sempre do mesmo modo se torna o oposto de inovação e desafio.

A comunicação irá centrar-se na reflexão realizada sobre uma experiência com uma turma de 1º ano de escolaridade e tentará revelar a forma como organizou o início da aula e se constituiu um desafio para o envolvimento dos alunos na aquisição de sentido de número e um tempo de comunicação matemática significativo. A proposta diária transforma-se em desafio, pesquisa, envolvimento de outros e atividade com significado matemático e contributos interessantes para as aprendizagens a realizar.


CO3 - A construção de um canteiro e o cultivo de plantas na sala de aula como contexto para o desenvolvimento do sentido de número racional e de integração disciplinar

Célia Dias, Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos

Graciosa Veloso, Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Lisboa

As atuais recomendações didáticas relativas à aprendizagem e ao ensino da Matemática enfatizam a importância de uma cultura de sala de aula que valoriza a atribuição de significado a conceitos, processos e procedimentos, através da exploração, discussão e reflexão de tarefas de natureza exploratória e/ou problemática, assumindo as crianças um papel ativo sob a orientação, observação e interpretação sistemáticas do/a professor/a .(NCTM, 2007; Goos, Galbraith e Renshaw, 1999).

Diversos estudos e projetos têm evidenciado diversos obstáculos às aprendizagens compreensivas dos conceitos envolvidos no sentido de número racional. A antecipação da representação em fração de termos inteiros deste tipo de número e de procedimentos formais de cálculo no ensino, nomeadamente os algoritmos mais usuais, constituem exemplos dos obstáculos, acima referidos, como contributos para uma relação negativa com a matemática. (Behr, M. J., Lesh, R., Post, T. R. & Silver, E. A., 1983; Bruce, C., Chang, D., e Flynn, T., 2013). Um dos consensos já existentes na comunidade internacional é o da necessidade de “se chegar à fluência procedimental a partir da compreensão conceptual” (NCTM e APM, 2017, p. 10).

Nos vinte minutos dedicados à comunicação vamos apresentar parte do trabalho realizado, na turma de 3º ano titulada por uma de nós. Partilharemos e discutiremos o percurso de aprendizagem desenvolvido em torno do projeto, que deu título a esta comunicação. Daremos particular importância à sequência de tarefas que concebemos, bem como a episódios, retirados maioritariamente, de registos vídeo de raciocínios de alunos em momentos de discussão coletiva explicitando relações entre áreas e na medição de áreas usando diversas unidades de medida.


CO4 - O zero e os primeiros anos

Ana Luisa Pires Monteiro, Agrupamento de Escolas Gomes Monteiro, Boticas

O zero é o número mais abstrato da matemática para os alunos. Contraria muito e impõe as suas próprias regras, mesmo estando associado muitas vezes ao conceito de nada. Mas é um nada que existe e que pode perturbar caso seja desprezado. Proibido e rejeitado durante tantos anos, o zero soube também impor-se, sendo reconhecida a sua importância na matemática. Toda esta abstração à volta deste número nos primeiros anos de escolaridade é de valorizar e trabalhar, para este número ser verdadeiramente entendido e aceite pelos nossos alunos.