Gastronomia

Ameijoas à Bulhão Pato

Raimundo António de Bulhão Pato (1828-1912) foi um homem polivalente: escritor, poeta e político. Mas, por ironia do destino, ficou mais conhecido como gastrónomo e pelas receitas que criou: a mais famosa é a receita de Amêijoas à Bulhão Pato, mas também criou pratos de lebre, perdiz e cherne. Aprenda a cozinhar um dos mais apetecíveis pratos de marisco portugueses

Bife à Marrare

António Marrare, cidadão napolitano, fixou-se em Lisboa no final do século XVIII, onde foi dono de vários cafés. O primeiro situava-se junto ao Teatro de S. Carlos, os outros abriram no Cais do Sodré, no Chiado e na Rua dos Sapateiros, todos foram pontos de reunião da melhor sociedade lisboeta.

Foi no Café da Rua dos Sapateiros, também chamado “Marrare das Sete Portas”, fundado em 1804, que nasceu o célebre bife. Uma variação do Bife à Marrare é o Bife à Café, em que o molho é feito não com natas mas com leite, e leva um pouco de mostarda e limão. Esta receita não leva café, a sua designação deve-se ao local onde era tradicionalmente servido.

Sobremesas

Pastel de Nata

Tínhamos de começar pelo bolo de pastelaria português mais conhecido do mundo: o pastel de nata. Comido frio ou quente, com ou sem canela, os pastéis de nata são absolutamente deliciosos.

Recheados com um creme de ovo macio e sedoso, envolto em massa folhada caramelizada, fazem nascer água na boca de quem se atreve a conhecê-los. Uma mordida e estamos viciados – assim como os monges do Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa estavam no século XIX.

Reza a história, quando a dissolução dos mosteiros entrou em vigor em 1834, que os monges recorreram ao açúcar e à panificação para sobreviver, remexendo numa receita secreta de pastéis de Belém que permanece inalterada até hoje. E é também por isso que este incrível pastel é conhecido por Pastel de Belém.


Pudim Abade de Priscos

O pudim abade de Priscos é um pudim típico de Braga, Portugal sendo uma das poucas receitas que o abade de Priscos transmitiu para o público. O Abade de Priscos, para além de outras virtudes foi, sem dúvida, um dos maiores cozinheiros portugueses do século XIX e dessa justa e merecida fama gozou não só na região como em todo o País.

Durante a sua longa existência preparou grandes e sumptuosos banquetes para homenagear reis, príncipes, prelados, ministros, núncios apostólicos e figuras iminentes da aristocracia, da política, das artes e das letras. É considerado uma iguaria fina e poucos restaurantes o incluem na sua ementa. Actualmente, é confeccionado apenas nalgumas casas onde é respeitada a receita original, sendo muito apreciado como sobremesa. Aprenda a fazer pudim Abade de Priscos!