Gastronomia

Migas de tomate

As migas são um daqueles pratos que fazem já parte do ADN da nossa culinária, e que a cada geração conquistam fãs. A sua versatilidade (uma vez que pode fazer migas com diversos ingredientes), a facilidade do preparo, a possibilidade de aproveitamento de alimentos e, principalmente, o seu sabor único, tornam este um dos pratos mais amados do nosso país.

Pastel de Molho da Covilhã

Ao contrário da sopa, estes pastéis podiam ser guardados e consumidos várias semanas depois de feitos, o que era mais uma vantagem para os operários.Pastel de Molho era e continua a ser servido tradicionalmente com molho de açafrão embora alguns prefiram come-lo seco, com caldo de carne ou até com chá preto.

Sobremesas

Garganta de Freira

A Garganta de Freira é hoje considerado um doce regional da Covilhã, cujo nome nos remete para a doçaria conventual.

A venda deste doce teve origem na antiga confeitaria “A Lisbonense”, fundada num recanto do Largo do Pelourinho em 1912 por Francisco Muñoz Gomes (Paco), um espanhol, que tendo vindo de Lisboa para aí foi viver.

Foi nesta reputada confeitaria covilhanense que o pasteleiro Joaquim Duarte de Oliveira divulgou toda a excelência da sua doçaria, que tão apreciada era na cidade.

Quando faleceu o ”espanhol”, como era conhecido o Paco, a propriedade da confeitaria passou para Artur Campos, dono do Montalto e de outras unidades hoteleiras. Ao balcão esteve sempre o Sr. José Correia que, em 1969, passou a fazer parte da nova sociedade juntamente com o pasteleiro já referido.

Entretanto, hoje a Pastelaria “A Lisbonense” encontra-se encerrada, e são raros os pasteleiros que produzem as afamadas “gargantas de freira” que é um doce em forma de canudo, feito com massa de hóstia e recheado com fios de ovos.

Doces de Trancoso

Com um recheio de amêndoa, ovos e açúcar, envolto numa espécie de massa tenra que depois é frita e coberta com chocolate, a sardinha doce continua a fazer furor e ninguém passa por terras de Bandarra sem comprar este doce conventual. O êxito deve-se em grande parte à divulgação feita pela Confraria das Sardinhas Doces de Trancoso, criada em 2011. Estima-se que a receita tenha tido origem no séc. XVII, no antigo Convento de Freiras de Santa Clara (extinto em 1864), tendo-se tornado hoje num dos “ex-libris” da gastronomia local. O seu nome terá sido um tributo à sardinha, devido à sua escassez na região naquela altura, mas também deriva da sua configuração – o seu formato é retangular com uma das extremidades pontiaguda e a outra em forma de rabo de peixe –, com dez a 15 centímetros de comprimento.